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Category — Arte

Três desenhos do Porno Per Bambini

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Boo

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Only Luv Can Break Your Heart

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Get Up, Stand Up

Veja mais -> http://instagram.com/pornoperbambini

julho 30, 2014   No Comments

William Kentridge na Pinacoteca SP

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Está imperdível a exposição “William Kentridge: fortuna”, a primeira grande exposição monográfica sobre Kentridge na América do Sul, que inclui 38 desenhos, 35 filmes e animações (todos muito bons), 184 gravuras, 31 esculturas e duas vídeo instalações, produzidas pelo renomado artista sul-africano entre 1989 e 2012, incluindo séries inéditas de trabalhos.

Kentridge alcançou visibilidade internacional com a série de curtas-metragens “Drawings for Projection”, iniciada em 1989 (o filme mais recente, “Other Faces”, foi finalizado ano passado). Todos os dez filmes estão presentes na mostra acompanhados por 23 desenhos que o artista executou ao preparar os filmes, criando uma oportunidade única para examinar o diálogo entre desenho e filme.

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Os filmes têm uma aparência diferente das animações convencionais, devido a uma técnica caseira, inventada por Kentridge, que o artista descreve como “cinema da idade da pedra”. Kentridge filma, quadro por quadro, alterações que faz sobre um único desenho, realizado em carvão ou pastel. Apaga, adiciona, subtrai, acumula, redesenha. O método é interessantíssimo.

Entre os destaques da mostra estão a impactante obra “A Recusa do Tempo no Octógono”, uma grande instalação com 5 canais de vídeos incluindo um complexo panorama de som. A obra inclui 4 megafones de aço e o que o artista chama de ‘elefante’, uma máquina-objeto concebido pelo artista que parece respirar. A duração do ciclo é de 28 minutos. Impressiona.

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Entre as obras que mais gostei da exposição estão os “Telephone Lady”, “Stereoscope” e, principalmente, “What Will Come”, em que um projetor preso ao teto projeta em uma mesa um filme, que é refletido em um cilindro de metal. Uma obra lírica é belíssima – há ainda outra, estática, também impressionante, chamada “Tide Table”.

“William Kentridge: fortuna” fica em cartaz até 10 de novembro na Pinacoteca do Estado de São Paulo. A Pinacoteca abre de terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até as 18h. Ás quintas até às 22h com entrada franca das 17h às 22h. O ingresso para os demais dias custa R$ 6 (R$ 3 a meia entrada). Crianças com até 10 anos e idosos maiores de 60 anos não pagam. Vale muito ver.

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outubro 13, 2013   No Comments

Uma resposta à Edward Hopper

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Hopper Meditations é uma série de fotos de Richard Tuschman que busca recriar a atmosfera dos quadros do grande pintor Edward Hopper. No IdeiaFixa você vê outras imagens. Vale a pena.

agosto 23, 2013   No Comments

Mestres do Renascimento em São Paulo

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Calhou de estarmos na rua no dia mais frio dos últimos 52 anos em São Paulo. Quarta-feira é dia de diarista em casa, e a sensação eterna é de que ficar em casa atrapalha o serviço. Então, pernas na rua. Havia um plano de ver duas mostras, mas só a primeira nos tomou duas horas de fila no frio – numa manhã de quarta-feira. Mas valeu a pena. O CCBB-SP caprichou na montagem da Mostra Mestres Renascentistas (que toma os quatro andares do prédio), e a exposição, que resgata quadros de várias pequenas cidades italianas, compensa, e muito.

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E olha que tenho pânico de quadros da Virgem e a Anunciação. Na pouco organizada Galeria Dei Uffizi, em Florença, devem existir 437 quadros de pintores diferentes sobre a celebração cristã do anúncio do Arcanjo Gabriel para a Virgem Maria que ela seria mãe de Jesus Cristo. Crucificação vem logo depois, uns 216. Basta unir os temas repetidos com a péssima montagem da Dei Uffizi para criar pânico no pobre rapaz latino-americano (sem dinheiro no banco nem amigos importantes). Daí ele chega ao Louvre e da-lhe mais 15 anunciações…

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Porém, a exposição que chegou a São Paulo no dia 13 de julho (e fica até 23 de setembro) com 57 obras é muito bem curada. Claro, tem Anunciação (três até onde contei) e umas três dezenas de Virgens, mas, ainda assim, compensa por uma série de belíssimas obras. Entre as minhas preferidas estão “Madalena Penitente” (1565), de Tiziano (não a versão seminua, mas a versão vestida), “São Jerônimo” (1563), de Bassano, “Rosto da Virgem” (1518/1520), de Rafael, “Retrato do Rapaz com Flauta” (1540), de Savolfo, e “Santo Agostinho” (1480), de Botticelli.

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Vale destacar ainda “Cristo Abençoando” (1540), de Rafael (um estranho Cristo bonitão, de barriga tanquinho e bigodinho cafajeste), e o histórico “Leda e o Cisne” (1504 / 1508), que na exposição consta como sendo de Leonardo Da Vinci, mas, na verdade, é de um dos alunos do mestre, provavelmente Cesare da Sesto (nem disso há certeza). O original de “Leda e o Cisne”, de Da Vinci, foi bastante comentado e visto na época, mas acabou se perdendo. Vários pintores, no entanto, o recriaram (as melhores versões são esta exposta no CCBB, uma em Salisbury e outra na degli Uffizi).

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O erro no crédito não desmerece, de maneira alguma, a excelente “Mostra Mestres do Renascimento: Obras-Primas Italianas”, do CCBB-SP, que pode ser visitada gratuitamente de segundas, quartas e quintas das 10h às 22h, às sextas, das 10h às 23h, aos sábados, das 8h às 23h, e aos domingos, das 8h às 22. O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo fica na Rua Álvares Penteado, 112, Centro – São Paulo, São Paulo. Leve um livro para ler, e não desista diante da enorme fila. Vale a pena.

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Leia também:
– Uma lista pessoal: Top 20 Museus, por Marcelo Costa (aqui)
– Uma foto de viagem e outras lembranças (aqui)
– Obras primas de Michelangelo em Florença (aqui)
– L’Orangerie, o museu mais fofo e especial de Paris (aqui)
– Monalisa, Venus de Milo e… Coldplay no Louvre (aqui)
– Plaza Mayor, Palacio Real e Museu do Prado em Madri (aqui)
– Um jarro de sangria e as pinturas negras de Goya (aqui)
– Arte sacra, Bernini, Caravaggio e tiramisu em Roma (aqui)
– São João Del Rey e o inesquecível Inhotim, em Minas (aqui)
– Voll-Damm, Reina Sofia e Thyssen-Bornemisza em Madri (aqui)

julho 24, 2013   No Comments

Última semana de Ai Weiwei no MIS-SP

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Consegui conferir na penúltima semana de exibição a mostra “Ai Weiwei – Interlacing”, que reúne fotos e vídeos do chinês Ai Weiwei, arquiteto, artista conceitual, escultor, fotógrafo, blogueiro, tuiteiro e crítico social que, atualmente, vive sob vigilância do governo chinês. A exposição aberta em fevereiro no MIS-SP se encerra no próximo dia 14/04, e vale muito conferir o trabalho do cara. Os ingressos custam R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia).

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Com curadoria do suiço Urs Stahel, que em entrevista a Livia Deodato, da Veja São Paulo, definiu Ai Weiwei como “um artista que luta pela liberdade de expressão.. A mostra é dividida em onze grupos: Paisagens Provisórias, Aeroporto de Pequim, Terminal 3, Ninho de Pássaro, Estudo de Perspectiva, Retratos de Contos de Fadas, Terremoto, Estúdio de Xangai, Fotos de Celular, Fotos de Blog, Fotos de Nova York e Fotos de Pequim.

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Gostei muito da série Estudo de Perspectiva, em que Weiwei aponta o dedo médio para diversos cânones mundiais, gesto que pode soar infantil em primeiro plano, mas que ganha profundidade em um universo de pessoas cada vez mais interessadas em dizer que viu algo, sem parar para pensar e entender o objeto em questão. Como se dissesse: “Estive no Louvre. Check. Vi a Monalisa. Check. Vi a Torre Eiffel. Check”. Dedo médio, check.

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A série de fotos que registra as pessoas que participaram da instalação “1001 Chineses em Kassel”, na Alemanha, para o Documenta 12, em 2007, também são muito interessantes (Ai fotografou cada uma das pessoas em frente aos órgãos de imigração, após cada uma delas pedir ao governo liberação para sair do país). “Em cinco anos, o público e a crítica vão olhar novamente para a arte dele e ter provavelmente outra percepção”, diz Urs Stahel.

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“Ai Weiwei – Interlacing” não é obrigatória apenas para observar as relações de um governo com um cidadão comum, artista e crítico, mas também para aprofundar o olhar sobre uma nação importante e repleta de singularidades. Neste ponto, as obras de Ai Weiwei em seu período nova-iorquino soam menores perante a força de ações como a instalação feita com mochilas de crianças mortas em uma escola que desabou durante o terremoto de Sichuan, em 2008.

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Em 2011, Ai Weiwei foi preso pelas autoridades chinesas quando embarcava para Hong Kong. Poucas horas após sua detenção, seu estúdio em Pequim foi invadido por mais de 40 policiais. Dezenas de itens foram confiscados e funcionários foram interrogados. Ele passou três meses detido num local secreto e atualmente vive sob vigilância. A exposição “Ai Weiwei – Interlacing” estará aberta até 14 de abril no MIS, Avenida Europa, 158, São Paulo, podendo ser visitada de terças a sextas, das 12 às 21h; sábados, domingos e feriados, das 11 às 20h.

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abril 7, 2013   No Comments

Las Majas, Goya e Erwitt

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La maja vestida, 1800 – 1807

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La maja desnuda, 1795 – 1800

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Elliott Erwitt, 1995

Leia também:
– Um jarro de sangria e as pinturas negras, por Mac (aqui)
– Plaza Mayor, Palacio Real e Museu do Prado, por Mac (aqui)
– Top 15 Museus, por Marcelo Costa (aqui)

setembro 20, 2012   No Comments

O que aconteceu com o surrealismo?

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Buñuel por Dali

“Volta e meia me perguntam o que aconteceu com o surrealismo. Não sei muito bem o que responder. Às vezes digo que o surrealismo triunfou no supérfluo e fracassou no essencial. André Breton, Éluard, Aragon estão entre os melhores escritores franceses do século XX, ocupando seu espaço em todas as bibliotecas. Max Ernst, Magritte, Dalí estão entre os pintores mais caros, reconhecidos, ocupando seu lugar em todos os museus. Reconhecimento artístico e sucesso cultural, justamente aquilo a que a maioria de nós não dava a mínima importância. A preocupação maior do movimento surrealista não era entrar gloriosamente na história da literatura e da pintura. O que ele deseja acima de tudo, desejo imperioso e irrealizável, era transformar o mundo e mudar a vida. Nesse aspecto – essencial –, um breve olhar ao redor mostra claramente o nosso fracasso.

Claro, não podia ser de outra forma. Hoje medimos o espaço intimo que o surrealismo ocupava no mundo em relação às forças incalculáveis e sempre renovadas da realidade histórica. Devorados por sonhos do tamanho da terra, não éramos nada – apenas um grupo de intelectuais insolentes que confabulavam num café e publicavam uma revista. Um punhado de idealistas instantaneamente divididos quando se tratava de participar de forma direta e violenta da ação.

Entretanto, conservei a minha vida inteira algo da minha passagem – pouco mais de três anos – pelas fileiras exaltadas e desorganizadas do surrealismo. Em primeiro lugar, esse livre acesso às profundezas do ser, reconhecido e almejado, esse apelo ao irracional, à obscuridade. Apelo que reverberava pela primeira vez com aquela força, aquela coragem, e que se aureolava de uma rara insolência, de um gosto pelo jogo, de uma perseverança tenaz no combate contra tudo o que nos parecia nefasto. Não reneguei nada disso”.

Luis Buñuel em “Meu Último Suspiro” (Cosac Naify)

Leia também
– “O bar é um exercício de solidão”, por Luis Buñuel (aqui)
– Uma estranha reunião de fantasmas, por Luis Buñuel (aqui)
– De Stanley Kubrick para Luis Buñuel, por Marcelo Costa (aqui)

fevereiro 25, 2011   No Comments

Uma noite de vinho e de sangria ibérica

Duas jarras de sangria / Foto: Marcelo Costa

A festa do vinho: no total, 19 pessoas, 14 garrafas de vinho Concha Y Toro (eu devia ter pedido patrocínio para os chilenos) de uvas variadas (Carmenere, Merlot e Cabernet Sauvignon Tinto e Branco). Cinco litros de sangria com receita portuguesa (a gente chega lá) mais seis pacotes de amendoim sem pele, quatro de bolinhas de amendoim, nove pacotinhos de Pingo D’oro e oito pacotes de torradinhas com diversos patês. Deu tudo certo. Ufa.

A segunda festinha do projeto Inverse My Fridge (a primeira foi essa aqui) visava festejar a chegada da geladeira antiga, que virou um quadro com espaço para fotos. Ou seja, a nossa pequena geladeira branca agora está pendurada na parede da sala (ok, ok, apenas uma parte dela). Lili colocou diversas fotos da viagem a Europa que fizemos em julho e improvisei um local para o quadro da Fernanda Guedes ficar até eu conseguir colocá-lo na parede.

Quadro de Fernanda Guedes / Foto: Marcelo Costa

Já a festinha, bem… levamos a sério o conceito de vernissage, afinal, a idéia era reunir os amigos e apresentar a arte feita pela Fernanda. Então resisti bravamente e não coloquei cerveja na geladeira (e bebi as que eu tinha durante a semana – fiz esse esforço). A noite seria de vinho, e decidimos aproveitar o excelente preço dos Concha Y Toro para fazer uma noitada especial. E, pelo jeito, os amigos aprovaram.

Aproveitando o dia quente, e pensando ainda nas pessoas que não são tão simpáticas ao vinho, como eu, que até bebo mas preferiria outra coisa, decidimos arriscar uma receita de sangria, a original, inspirados na lembrança daquela que bebemos na Plaza Mayor, em Madri, e que eu bebi no calçadão de Málaga, que além de ser (aparentemente) mais leve serviria para dar uma refrescada no calorão.

A alegria da Liliane / Foto: Jeanne Callegari

No fim das contas acabei chocando duas receitas. Uma descritiva do JC, um aventureiro português na cozinha, que conta a história da sangria no começo de seu post e passa excelentes recomendações. Tipo usar a massa da receita (as suas frutas eleitas – no nosso caso, abacaxi, maça, limão e laranja – curtidas na cachaça e no açúcar mascavo) Para o JC não se deve colocar nem água nem soda ou o quer que seja na sangria pura.

“A sangria deve servir-se em copos grandes, só com gelo, para os mais aventureiros e afoitos e “cortada” com refrigerantes, na quantidade que se desejar, para as crianças, os condutores e os que têm outras coisas – que não dormir – para fazer depois do repasto. Para as crianças costumo “tingir” o copo com um pouco de sangria e atestar com 7UP ou outro tipo de gasosa.” Leia o post todo (vale, vale, vale) aqui.

Alegria, alegria / Foto: Jeanne Callegari

O post do JC tem várias dicas ótimas, mas não tem quantidades de doses nem de frutas, por isso decidimos juntar a receita dele com uma que encontramos no Panelinha (aqui), que tem pouco a ver com a sangria original, mas serviu como base dos ingredientes. Assim, da junção das duas criamos a nossa sangria, a Sangria Scream & Yell (vou registrar a marca), que me lembrou muito a sangria deliciosa que bebi em Málaga (essa aqui).

Primeiramente fizemos duas receitas, que renderam quase quatro litros de sangria. E após terminada a primeira leva, aprovada por todos os presentes (que, sinal de acerto, queriam mais), aproveitamos para juntar a massa curtida das duas primeiras receitas em uma mesma jarra, e misturar novamente vinho, cachaça e açúcar mascavo para mais uma jarra de sangria. Se eu não tivesse bêbado cravaria que ficou melhor.

Sangria / Foto: Marcelo Costa

Abaixo a receita:

750 ml de vinho tinto seco
3 laranjas
2 limões
1/2 abacaxi
2 colheres (sopa) de açúcar (se for mascavo, melhor)
1 dose de cachaça
1 dose / 60 ml de contreau (ou conhaque)
1 dose / 60 ml de gim
Hortelã

Modo de Preparo

1. Prepare as frutas: descasque o abacaxi e a maçã e os corte em cubinhos pequenos. Jogue os cubos no fundo de uma jarra. Pegue uma laranja e um limão e os corte em rodelas. Jogue-as na jarra também.

2. Pegue as duas laranjas e um limão e esprema o caldo na jarra.

3. Coloque as 2 colheres (sopa) de açúcar sobre a mistura, e acrescente a dose de cachaça.

4. Com uma colher de pau, um rolo da massa ou outro instrumento, amasse todo o conteúdo até formar uma papa indistinta (ou até você cansar).

5. Despeje uma garrafa de vinho tinto seco na jarra. Aqui, vale a lembrança: vinho ruim, sangria ruim. Vinho bom, sangria boa.

6. Junte à mistura uma dose de contreau e uma dose de gim. Mexa bem. Prove a sangria ainda quente, sem gelo. Se estiver muito doce acrescente limão, se estiver muito forte, acrescente vinho. Quando estiver perfeitamente equilibrada, tapa-se com um pano limpo e vai para a geladeira durante – pelo menos – 24 horas acrescida de pequenas folhas de hortelã.

7. No dia seguinte, acrescente folhas de hortelã como rodelas inteiras de maçã e laranja, para enfeitar. Sua sangria está pronta.

Ainda não acabou, ou melhor, quando acabar, a “massa” que fica no  fundo da jarra rende novas sangria durante cinco dias bastando adicionando-se metade dos ingredientes, mais açúcar e vinho. Uma delícia.

*******

Ps. Queria agradecer ao pessoal da Live AD pelo convite para participar do projeto Inverse My Fridge, à queridíssima Fernanda Guedes pelo lindo quadro, e a presença de todos os amigos queridos que, com sua alegria e histórias, transformaram esse apartamento da rua Bela Cintra em um dos lugares mais legais do mundo por algumas horas. Todas as fotos aqui.

Ps2. Não acordei de ressaca. \o/

Concha Y Toro, rola uma parceria? / Foto: Liliane Callegari

dezembro 23, 2009   No Comments

Mostra Virada Russa gratuita no CCBB de SP

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Não é todo dia que três Kandinski, um Chagall e alguns Lariónov e outros Maliévitch baixam no país em uma exposição gratuita, então “Virada Russa, A Vanguarda na Coleção do Museu Estatal Russo de São Petesburgo”, em cartaz até 12 de novembro no CCBB de São Paulo, ganha status de obrigatória. A mostra traz 125 peças que marcaram o movimento artístico e cultural ocorrido durante a primeira fase da Revolução Russa, entre 1890 e 1930.

Como esqueci minha caneta, comecei a anotar meus quadros prediletos no corpo de mensagem do celular, porém, ao contrário de Brasília, em que era permitido fotografar dentro da sala de exposição, em São Paulo era vetado o uso de qualquer objeto eletrônico dentro das salas. E não dá para discutir com pessoas que não sabem entender o objetivo das restrições. Por esse motivo, não anotei o nome de meus quadros prediletos, mas me lembro de alguns.

O chamariz da sala do terceiro andar, assim que a pessoa entra, é “Promenade”, um belíssimo Chagall de 1917 que mostra sua amada Bella sobrevoando a cidade de Vitebsk enquanto segura a mão do pintor. Não consegue derrubar a paixão pelo meu Chagall predileto, “La Casa Gris” (exposto no Thyssen-Bornemisza, em Madri), mas é lindo e repleto de lirismo. Na mesma sala, dois Mikhail Larionov me impressionaram, e gostei mais de “Árvore” do que de “O Barbeiro”.

Os três Kandisnki estão no segundo andar, e também brilham assim que você entra na sala. “Igreja Vermelha”, “O Pente Azul Escuro” e “São Jorge II” são de chorar (veja alguns deles aqui). A mesma sala ainda abriga outros dois quadros que adorei: “Fórmula da Primavera” e “Duas Meninas”, ambas de Pavel Filonov. A mostra ainda destaca obras de Maliévitch, consideradas as mais importantes da exposição, Matiúchin e Ródtchenko. O cartaz que fecha o post é o da peça futurista “Vitória Sobre o Sol”, de Maiakovisky, que ainda tem exibidos os figurinos desenhados por Maliévitch (fotografei um aqui).

Há, ainda, uma terceira sala para ser visitada, no antigo cofre do banco, no subterrâneo, com vários cartazes do período socialista da antiga república soviética. “Virada Russa, A Vanguarda na Coleção do Museu Estatal Russo de São Petesburgo” fica em cartaz até 15 de novembro no Centro Cultural Banco do Brasil, na rua Álvares Penteado, 112, centro, de São Paulo de terça a domingo (incluindo feriados) das 10h às 20h. Informações via telefone (11) 3113-3651. Vale, e vale muito, a sua visita.

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outubro 13, 2009   No Comments