Random header image... Refresh for more!

Download: Scream & Yell 6.5 (Maio 2000)

Eis a última edição impressa do Scream & Yell no formato fanzine! Para o nosso terceiro informativo em A4, inspirei-me em dois informativos bacanas que havia recebido  via correio (e que tenho até hoje): o Bola Gato, do Wener Marq, de Vitória; e o Freak Informativo, versão pocket do grande Freak Out, do Byra Dornelles, parceiração do Rio. O formato era muito bacana, um A4 dividido em quatro partes (frente e verso) com duas dobraduras. Cool (risos). Nesta edição derradeira distribuída em maio de 2000 falamos sobre a Mostra Independência ou Sorte?, que iria acontecer em outubro do mesmo ano (eu ainda não sabia, mas estaria morando em São Paulo a partir de agosto, e participaria ativamente da mostra declamando poemas) e seria sensacional. Falamos também de vários zines e revistas (eu era fã do Velotrol, do Coizine, do Imaginary Friends, do Phriqui, do Informação e do Velvet Zine), do disco de covers do Inocentes, do maravilhoso “Spanish Dance Troupe”, discaço dos galeses do Gorky’s Zygotic Mynci e da coletânea de bandas punk “The Gig Tomorrow Is Too Far”. Não lembro qual foi a tiragem desse informativo, mas foi enorme, afinal o formato facilitava a reprodução e o envio. Como padrão, no arquivo que você irá baixar há duas versões: uma em PDF para ser lida em desktop, celular e tablet, com o formato das páginas sequencial; e outra em JPG formatada para impressão (ou seja, com as páginas combinadas para serem montadas no formato revista. É simples: você imprime a  6.5.1 na frente e a 6.5.2 no verso do A4 e capricha na dobra, primeiro no meio, depois você saberá para onde ir. E terá um zine antigo em suas mãos). Divirta-se.

BAIXE AQUI O SCREAM & YELL – FANZINE 6.5

Baixe os fanzines anteriores também!

abril 18, 2018   No Comments

Dylan com café, dia 46: Reggae Tribute

Bob Dylan com café, dia 46: Num episódio famoso da cultura pop, em 1979, Serge Gainsbourg baixou em Kingston para gravar um disco de inéditas reggae com os ainda desconhecidos Sly Dunbar (bateria) e Robbie Shakespeare (baixo). O resultado foi “Aux Armes Et Cætera” (1979), um dos maiores sucessos da carreira de Gainsbourg, disco de platina triplo na França ancorado numa versão rastafári de “A Marselhesa” que fez com que a extrema direita francesa o ameaçasse de morte. O sucesso foi tanto que Serge levou Sly & Robbie para a turnê na França, e os colocou no mercado. Serge gravaria outro álbum com a dupla (“Mauvaises Nouvelles des Étoiles”, 1981), mas quem cruzaria Sly & Robbie em 1983 seria Dylan, que contrataria a cozinha jamaicana para o belo álbum “Infidels”, que ainda teria Mark Knopfler e Mick Taylor. Os Wailers já haviam gravado “Like a Rolling Stone” em 1966, mas a ilha jamaicana ainda não tinha mergulhado profundamente na música de Dylan até que o produtor Doctor Dread, fundador da RAS Records, montou uma super banda base (com Sly na bateria, mas sem Robbie no baixo, substituído por Glen Brownie, que acompanhou de Jimmy Cliff a Ziggy Marley, mais Dwight Pinkney na guitarra, entre outros) e convidou um time de estrelas para recriar o repertório de Bob.

Lançado em 2004, “Is It Rolling Bob? A Reggae Tribute To Bob Dylan” traz a capa de “Bringing Back All Home” numa divertida versão Jamaica, com Bob bolando um baseado, uma dreadlocker ao fundo, capa de discos de reggae no chão, um foto de Bob Marley sobre a lareira e até uma cerveja Red Stripe. Gravando em Kingston no padrão Jamaica (um CD reggae, o outro dub), o primeiro disco traz 13 versões e um excelente remix de “I and I” (uma das grandes faixas de “Infidels”) enquanto o segundo toasteia oito versões (“I and I” inclusa). Destacam-se Toots Hibbert (líder da mítica Toots & the Maytals) numa versão poderosa que transforma “Maggie’s Farm” em um grito de guerra escravo; Gregory Isaacs brilha numa pungente “Mr. Tambourine Man”; Nasio Fontaine surge acompanhado por Drummie Zeb & The Razor Posse na religiosa e ótima “Gotta Serve Somedbody” enquanto Sizzla banca o MC agitando “Subterranean Homesick Blues” e Michael Rose (do Black Uhuru) em “The Lonesome Death of Hattie Carroll” (“Uma canção particularmente forte para a história de escravidão na Jamaica, esmagada entre pobreza e violência”, observou a resenha do Guardian) num disco curioso, divertido, reflexivo e descompromissado, como um bom baseado.

Especial Bob Dylan com Café

abril 18, 2018   No Comments