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News: MGMT, UMO e The Fratellis

“Little Dark Age”, o quarto álbum do MGMT, chegou nesta sexta às plataformas de streaming e download. Para marcar a data, a banda lançou o vídeo do single “Me and Michael”, dirigido por Joey Frank e Randy Lee Maitland, e que retrata o MGMT encontrando um sucesso sem precedente após roubar uma música escrita pela banda filipina True Faith.

Quem também está com vídeo novo na área é o Unknown Mortal Orchestra! “American Guilt” é o primeiro single do álbum “Sex and Food”, que chega ao mercado no dia 06 de abril.  “American Guilt” é uma tentativa de capturar alguns dos sentimentos que flutuam hoje em dia. De forma perversa, eu queria abraçar esse gênero abandonado do rock que eu continuo lendo sobre estar “morto” e convido as pessoas a ouvir o que esse gênero morto-vivo soa no universo da UMO. Foi gravado em Hanói, no Vietnã, durante a temporada de monções em um estúdio construído para a música tradicional vietnamita. A gravação adicional foi feita na Cidade do México, mas nossas sessões foram interrompidas por um dos devastadores terremotos ocorridos no ano passado. Enquanto dormíamos no Parque do México, incapaz de voltarmos para o nosso Airbnb, ouvimos um homem gritar “viva la Mexico!” E coloco isso na música por respeito”, avisa Ruban Nielson.

Outra novidade é a volta do Fratellis! “In Your Own Sweet Time”, seu quinto álbum, será lançado no dia 16 de março pela Cooking Vinil. O primeiro single (acima) se chama “Starcrossed Losers” e transporta a história de Romeu e Julieta de Verona para a periferia da Escócia, onde o romance adolescente de um casal pobre transforma o melodrama e a tragédia do texto original de Shakespeare em uma forma muito britânica de auto-depreciação. “É uma canção levemente mais grudenta do que o resto do álbum. Mas às vezes você tem que servir a música, e é isso que a música precisava”, contou o vocalista e guitarrista Jon Fratelli.

fevereiro 9, 2018   No Comments

Egon Schiele, pornografia e moralismo

No bacana El País, uma reportagem conta sobre a censura que as pinturas de Egon Schiele estão sofrendo na Alemanha e na Inglaterra: “Não é arte, é pornografia“, diz a chamada da matéria. Quer dizer que estamos vivendo em um mundo em que Schiele virou pornografia…

Fui ao Belvedere, o famoso palácio museu em Viena que um dia foi a “casa” de Franz Ferdinand (o arquiduque), atrás de “O Beijo”, do Klimt, e sai virado do avesso com Schiele. Escrevi na época (quando tirei a foto que abre o post, um enorme outdoor no MuseumsQuartier, em Viena): “Gostei mais das paisagens do Schiele (“Crescent”, “House II”) do que de seus retratos nervosos”, esses que a galera tá tampando genitais como se estivéssemos em corredores do Vaticano durante o Concílio de Trento. Mais uma vitória do moralismo. Infelizmente.

Uma das definições de pornografia diz que ela “é definida como qualquer material que desperta pensamentos sexuais de forma vulgar e explícita. A raiz etimológica da palavra vem do grego pórne, “prostituta”.” Nesse contexto, sim, algumas pinturas de Schiele podem ser consideradas pornográficas, ainda que não vulgares (como está abaixo), mas a grande maioria de seus nus são nervosos, fortes, nem um pouco sedutores e muito menos vulgares. Em um tempo de falso moralismo, pornografia a um toque do mouse e perda constante de direitos, a censura a Schiele é mais um golpe no coração da liberdade.

Ps. No embalo da censura a Schiele chega a notícia de que tramita na Câmara em Brasília um “projeto que criminaliza exibição de órgão genital para fins artísticos“. Vem mais censura ai.

 

fevereiro 9, 2018   No Comments