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Uma casinha branca lá no pé da serra

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Pé da serra? Passado. Veja onde está essa casinha branca com quintal e janela na imensa rocha do final da Praia de Perissa, em Santorini, nesta foto aqui.

Fotos da viagem:
http://www.flickr.com/photos/maccosta/
http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari/

junho 6, 2010   No Comments

Dia de vulcão, mar e donkey parade

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Aconteceu de tudo neste sábado. Visitamos a cratera de um vulcão que, segundo o folder do parque geológico que o abriga, está em “estado de tranqüilidade”. Almoçamos em uma pequena ilha cuja população não passa de 200 habitantes. Mergulhei no Mar Egeu em busca de uma piscina termal (que não estava tão quente assim). E subimos do porto para o alto da cidade cavalgando em um burro. Esse tem tudo para ser o dia imbatível da viagem.

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Do começo. Como tínhamos apenas três dias inteiros em Santorini e pouca noção do que fazer para aproveitar o tempo da melhor maneira, acabamos comprando um tour na nossa pousada, que prometia um dia bem bacana. Sou totalmente a favor de quebrar a cara, ir atrás dos pontos turísticos, descobrir coisas sozinho e desbravar uma cidade, mas de vez em quando um tour não faz mal a ninguém.

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Nosso tour começou às 11h no barco Odisseia, que nos levou para a ilha do vulcão, para uma pequena aula de geologia (viagem também é cultura). A ilha de Santa Irene (ou Thira, seu nome verdadeiro) é remanescente de um vulcão, que após uma imensa explosão perdeu sua parte superior. Ou seja: nos primórdios, toda a ilha era apenas um vulcão. Hoje em dia ela continua sendo território de um vulcão, mas a caldeira é uma ilhota separada e desabitada (com blocos negros de lava endurecida por todos os lados).

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A última grande erupção, acompanhada de um terremoto, aconteceu em 1956, e devastou grande parte das casas da ilha, o que quer dizer que a cidade bela que todos admiram tem pouco mais de 50 anos. As casas foram reconstruídas no topo dos morros, e parecem cavalgar as montanhas de rocha vulcânica como se fizessem parte da paisagem, uma sucessão de telhadinhos brancos, amarelos e azuis (estes últimos, igrejas) que encantam o olhar.

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Do Vulcano (como eles chamam) fomos para a ilha de Palea Kameni, visitar um poço de água termal que, segundo os guias, podia chegar a 60 graus positivos, então melhor tomar cuidado. O barco ficou parado a uns cem metros do poço, e lá foram os aventureiros mergulhar no gelado Mar Egeu. Vou te contar: estou completamente fora de forma. Nadei no mar razoavelmente para chegar ao poço (que nem estava tão quente assim) e sofri horrores para voltar. Cheguei com os braços dormentes e a cabeça doendo. Preciso voltar às piscinas urgentemente (mas valeu a experiência).

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Dali fomos para Thirassia, a tal ilhota de 200 habitantes. Almoçamos na beira do mar (como do mar só gosto de sereia, fui de espetinho de frango com fritas e salada enquanto Lili não rogou-se e aproveitou um espeto com camarão e lagosta). A parada final do barco, às 18h, era em um pequeno porto embaixo das casas do povoado de Oia, e uma alternativa para subir os cincoenta e sete mil degraus era… o burro.

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Burro aqui é um animal especial (cachorros também, sendo que estes passam o dia todo dormindo deliciosamente esparramados – como esse aqui). Se São Paulo tem a Cow Parade, Santorni tem a Donkey Parade com vários desses aqui espalhados pela cidade. Os burros sempre foram usados na ilha para levar mantimentos e materiais variados para o topo da cidade. O aeroporto diminuiu a função do animal, mas ainda há lugares (como Thirassia e Pyrgo) que só mesmo o burro pode ajudar no serviço.

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A priori, eu iria deixar Lili subir, e iria à pé acompanhando, mas o burro dela (e de mais umas cinco pessoas) saiu em disparada morro acima que não pestanejei e a segui trotando a um palmo do despenhadeiro, mas a Caterina (essa) foi bastante calma e prestativa comigo, não fazendo nenhum grande movimento maluco que me fizesse cair morro abaixo. E eu e Lili, que nunca sequer tínhamos andado à cavalo, passamos no teste da subida até Oia de burro (Lili chegou sorrindo e tremendo de alegria e desespero).

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E o por-do-sol em Oia, no segundo dia, ficou devendo novamente. Ele foi mais bonito que no dia anterior, pintando o mar de amarelo, dourado e laranja, mas Atacama abre 2 a 0 no marcador. Talvez no verão, sem as nuvens no horizonte, Santorini vença, mas neste momento a lembrança que temos é a do Vale da Lua, sem conversa, o que não diminui a beleza desse lugar que já foi (e continua sendo) um vulcão, e hoje é um aglomerado de vilas, praias e ruazinhas que conseguem transformam um dia qualquer em algo extremamente especial.

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O sábado foi tão completo que desistimos de fazer planos para o domingo. A primeira ideia era ir para Ios, uma interessante ilha próxima (uma hora de barco de Santorini), mas chegamos tão felizes (e meio bêbados) em casa que extinguimos planos. Amanhã acordamos, tomamos café da manhã aqui na pousada, e decidimos na hora o que fazer: se vamos nadar em Perissa, descobrir qualé a da Light House ou encarar o barco até Ios em nosso último dia na ilha de Santa Irene. Segunda-feira, Istambul…

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Fotos da viagem:
http://www.flickr.com/photos/maccosta/
http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari/

junho 6, 2010   No Comments