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Quatro shows

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 Jonathan Richman, no Sesc Pompéia

Difícil escrever algo desse show. Ou seria um anti-show? Fiquei longos minutos caraminholando uma teoria sobre vibe, que versa mais ou menos sobre a pessoa que está assistindo ao show estar na mesma vibe do artista. Quem estava na vibe de Jonathan Richman se divertiu horrores no Sesc Pompéia. O tempo que fiquei em frente ao palco foi bem cool, mas bastou sair pra comprar uma cerveja, e a vibe se foi. Fiquei de longe, com dois amigos, conversando enquanto Jonathan Richman divertia (ou enganava, escolha sua alternativa) o público lá na frente, já que o violão, não microfonado, parava nas primeiras fileiras. Jonathan Richman iria ganhar um dinheirão se fizesse shows em lual de beira de praia. No Sesc Pompéia, meia casa, ficou parecendo esforçado. E meio tolo, desculpa dizer.

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Guizado, no CB

Gostei pacas do álbum “Punx”, mas ao vivo acho um desperdício Guizado deixar o trompete como coadjuvante. No palco, as músicas do “Punx” ficam punks, pesadas e o trompete fica ali escondidinho debaixo de bases eletrônicas. Vez em quando aparece, dá um olá, encanta a alma, e se recolhe. Porém, o show não foi só de “Punx”. Guizado abriu a caixinha de novidades e apresentou várias canções novas, inéditas, que trazem como diferencial sua voz. Isso mesmo: Guizado vai cantar no próximo disco. Ao vivo as novas canções pareceram bem legais, e prometem um bom álbum. Resta esperar que entre encaixar voz, guitarras e programações, Guizado não se esqueça do trompete.

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Sapatos Bicolores, na Casa Dissenso

Não esperava muito desse show, mas o trio surpreendeu. “Quando o Tesão Bater”, disco novo dos caras, está lacradinho aqui em casa, muito pelo fato de que “Clube Quente dos Sapatos Bicolores”, o disco anterior, me soou certinho demais, jovem guarda demais para quem parece gostar do inferno. O show na Casa Dissenso, festa dos amigos do Urbanaque, porém, foi altos. Bons riffs de guitarra, bateria e baixo na medida certa e um tesão danado pelo rock and roll. Vou ouvir o disco novo para tirar a prova, mas os Sapatos Bicolores parecem o tipo de banda cujo palco é seu principal tradutor. Showzão.

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Karina Burh, no CB

Não é toda artista que consegue colocar no mesmo palco dois ícones da guitarra brasileira: Edgard Scandurra e Fernando Catatau. Eles dão um temperinho perfeito ao som da moça, que ainda ganha reforço com o trompete e as programações os efeitos de Guizado. As canções ficam mais pesadas ao vivo, e só fui perceber ali no CB entre cervejas a quantidade de baladas e canções lentas que compõe “Eu Menti Pra Você”, disco de estréia da ex-Comadre Fulozinha. A faixa título foi um dos destaques da noite acompanhada da divertidíssima “Plástico Bolha” e também de “Ciranda do Incentivo”, que eu filmei e coloquei aqui. Não sei se dá para perceber pelo vídeo, mas alguma produtora de moda podia ajudar a Karina na hora de se vestir, hein. Roupa terrível, mas show bom.

Fotos 1, 2 e 4: Marcelo Costa / Foto 3: Liliane Callegari

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