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Da Austria, Edelweiss

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 Um dos carros chefes da cervejaria Hofbräu Kaltenhausen, a Edelweiss Weissbier é a cerveja de trigo número 1 da Áustria e a terceira (e melhor) cerveja austríaca a integrar este espaço (a saber, as outras são a densa double bock Eggenberg e a ótima scoth ale Mac Queens Nessie – links no final). A Hofbräu foi fundada em 1475 em Kaltenhausen, uma pequena vila perto de Salzburgo, e a Edelweiss Weissbier começou a ser fabricada em 1986.

Seu nome foi inspirado na flor Edelweiss, que cresce no alto dos Alpes, cuja coleta é proibida por lei. Assim, dizem os austríacos, ao invés de dar uma flor, você pode presentear sua amada com uma taça de Edelweiss (boa, vai). A cerveja é feita com água de um reservatório próprio nos Alpes, e, dizem, entre as especiarias que integram o rótulo está a tal flor proibida. O processo todo pode ser conferido no site oficial da cervejaria (aqui).

De cara, é uma das melhores cervejas de trigo que já experimentei. Não tirou a apaixonante Hoegaarden do topo da lista, mas está ali. A comparação não é à toa: a Edelweiss lembra muito as witbier belgas (que acrescentam especiarias na fórmula). O aroma doce característico de banana que marca uma boa Weiss está presente. O sabor é marcante, refrescante, uma delicia. Tem um pouco de banana, especiarias, malte de trigo. A long neck pode ser encontrada por ai em torno de R$ 8 enquanto a garrafa de 500 ml sai por R$ 13. Belo investimento.

Teste de Qualidade: Edelweiss Weissbier
– Produto: Weiss
– Nacionalidade: Austríaca
– Graduação alcoólica: 5,5%
– Nota: 3,87/5

Leia também:
– Eggenberg, “a cerveja mais forte do mundo” (aqui)
– Mac Queens Nessie, feita com malte de uísque escocês (aqui)

maio 5, 2010   No Comments

Quatro shows

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 Jonathan Richman, no Sesc Pompéia

Difícil escrever algo desse show. Ou seria um anti-show? Fiquei longos minutos caraminholando uma teoria sobre vibe, que versa mais ou menos sobre a pessoa que está assistindo ao show estar na mesma vibe do artista. Quem estava na vibe de Jonathan Richman se divertiu horrores no Sesc Pompéia. O tempo que fiquei em frente ao palco foi bem cool, mas bastou sair pra comprar uma cerveja, e a vibe se foi. Fiquei de longe, com dois amigos, conversando enquanto Jonathan Richman divertia (ou enganava, escolha sua alternativa) o público lá na frente, já que o violão, não microfonado, parava nas primeiras fileiras. Jonathan Richman iria ganhar um dinheirão se fizesse shows em lual de beira de praia. No Sesc Pompéia, meia casa, ficou parecendo esforçado. E meio tolo, desculpa dizer.

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Guizado, no CB

Gostei pacas do álbum “Punx”, mas ao vivo acho um desperdício Guizado deixar o trompete como coadjuvante. No palco, as músicas do “Punx” ficam punks, pesadas e o trompete fica ali escondidinho debaixo de bases eletrônicas. Vez em quando aparece, dá um olá, encanta a alma, e se recolhe. Porém, o show não foi só de “Punx”. Guizado abriu a caixinha de novidades e apresentou várias canções novas, inéditas, que trazem como diferencial sua voz. Isso mesmo: Guizado vai cantar no próximo disco. Ao vivo as novas canções pareceram bem legais, e prometem um bom álbum. Resta esperar que entre encaixar voz, guitarras e programações, Guizado não se esqueça do trompete.

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Sapatos Bicolores, na Casa Dissenso

Não esperava muito desse show, mas o trio surpreendeu. “Quando o Tesão Bater”, disco novo dos caras, está lacradinho aqui em casa, muito pelo fato de que “Clube Quente dos Sapatos Bicolores”, o disco anterior, me soou certinho demais, jovem guarda demais para quem parece gostar do inferno. O show na Casa Dissenso, festa dos amigos do Urbanaque, porém, foi altos. Bons riffs de guitarra, bateria e baixo na medida certa e um tesão danado pelo rock and roll. Vou ouvir o disco novo para tirar a prova, mas os Sapatos Bicolores parecem o tipo de banda cujo palco é seu principal tradutor. Showzão.

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Karina Burh, no CB

Não é toda artista que consegue colocar no mesmo palco dois ícones da guitarra brasileira: Edgard Scandurra e Fernando Catatau. Eles dão um temperinho perfeito ao som da moça, que ainda ganha reforço com o trompete e as programações os efeitos de Guizado. As canções ficam mais pesadas ao vivo, e só fui perceber ali no CB entre cervejas a quantidade de baladas e canções lentas que compõe “Eu Menti Pra Você”, disco de estréia da ex-Comadre Fulozinha. A faixa título foi um dos destaques da noite acompanhada da divertidíssima “Plástico Bolha” e também de “Ciranda do Incentivo”, que eu filmei e coloquei aqui. Não sei se dá para perceber pelo vídeo, mas alguma produtora de moda podia ajudar a Karina na hora de se vestir, hein. Roupa terrível, mas show bom.

Fotos 1, 2 e 4: Marcelo Costa / Foto 3: Liliane Callegari

maio 5, 2010   No Comments