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Category — Prata da Casa

Prata da Casa #23: Gisele De Santi

A segunda data do mês feminino da programação 2014 do Prata da Casa foi ocupada com delicadeza pela gaúcha Gisele De Santi, que trouxe para o palco da choperia do Sesc Pompeia um excelente quarteto de jazz (Alexandre Viana no piano, Luque Barros no baixo, Rodrigo Panassolo na guitarra e Kabé Pinheiro na bateria) que só fez valorizar a voz absolutamente encantadora e afinada da compositora, que ainda convidou a amiga Verônica Ferriani para participar da noite, em um dos grandes momentos do show.

No repertório, Gisele pinçou canções de seus dois álbuns solo (baixe aqui) e surpreendeu o público com uma bela versão de “Someone to Watch Over Me”, de George Gershwin (com letra de Ira Gershwin), já gravada por Judy Garland, Frank Sinatra e Amy Winehouse (entre muitos). O público, se sentindo na sala da casa da cantora, sentou-se no chão da choperia para assistir a uma das apresentações mais intimistas e delicadas desta temporada do Prata da Casa numa noite de música emocional. Lindo.

As fotos são de Liliane Callegari (mais aqui). Abaixo, dois vídeos.

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novembro 17, 2014   No Comments

Prata da Casa #22: Paula Tesser

Abrindo o mês feminino do Prata da Casa 2014, com uma programação focada em quatro cantoras que respeito muito, Paula Tesser trouxe um quarteto de cordas para o palco da choperia do Sesc Pompeia, além de Dustan Gallas (produtor de “Valha”, o belo disco de Paula) se alternando entre guitarra e teclado, e Rafael Castro na guitarra. Com base no repertório de “Valha”, Paula Tesser fez um show elegante, caprichado e repleto de vários momentos bonitos.

O bom público que marcou presença na choperia aprovou a faixa que abre o disco, “Cobra”, que voltou no bis, e também “Luz Interior”, que recebeu apoio vocal da cantora e produtora Soledad, e ganhou coro da audiência. Outra que funcionou muito bem na noite foi “Pode Me Torturar”, com bela interpretação de Paula. Canções como “Monamu” e “Você Tem Medo de Gostar de Mim” aproximaram os casais com sua mistura de Jovem Guarda e chameguinho nordestino. Uma delícia.

As fotos são de Liliane Callegari (mais aqui). Abaixo, dois vídeos.

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novembro 12, 2014   No Comments

Prata da Casa #21: Mexidinho

Eles são do Recife e têm apenas um EP, mas o show que fizeram no Prata da Casa, encerrando a programação de outubro, no dia 28, foi de gente grande, com experiência, controle de palco e domínio completo sobre a plateia, que no melhor momento da noite (e em um dos momentos inesquecíveis do projeto em 2014) atendeu ao pedido do grupo e caiu na ciranda, chegando a fazer três rodas, uma dentro da outra, com o povo de mãos dadas celebrando o repertório autoral de uma grandes promessas da nova cena pernambucana.

Eu esperava algo mais voltado para o samba, porém, dois dos melhores momentos da noite vieram ancorados no blues, que num crescendo magnifico contagiou a plateia, que mesmo diante de canções ainda não oficialmente registradas (o primeiro álbum cheio do Mexidinho deve ser lançado no segundo semestre de 2015), se empolgou e deixou-se levar. Com todos os músicos de saia (exceção do baterista Heudes) e um senso estético definido, o Mexidinho fez um dos grandes shows do Prata da Casa 2014.

As fotos são de Liliane Callegari (mais aqui). Abaixo, dois vídeos.

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novembro 8, 2014   No Comments

Prata da Casa: Novembro de 2014

O penúltimo mês do Prata da Casa 2014 é o mês feminino do projeto: quatro jovens cantoras deste Brasil imenso mostram seus repertórios na choperia do Sesc Pompeia nas terças-feiras de novembro. Acredito ser importante fazer esse recorte, pois pelo Prata da Casa já passaram nomes como a Céu, Tulipa, Fabiana Cozza, Karina Buhr e Fernanda Porto, entre outras, e eu procurei por cantoras (e havia tantas outras tão boas quanto) que pudessem dar uma continuidade a essa tradição do projeto. Será uma mês bastante especial. Confira a programação.

PAULA TESSER (CE) – 04/11
Paula é filha de brasileiros, mas nasceu na França. Passou os primeiros 10 anos de vida em Paris, mudou-se com a família para Fortaleza, concluiu a faculdade e voltou para a capital francesa alguns anos depois. Lá gravou um disco ao vivo (”Retrato do Vento”, 2004), participou de outras tantas gravações e fez um doutorado em Sociologia sobre o Mangue Beat e Chico Science na Sorbonne. De volta a Fortaleza em 2007, não se distanciou da música, e o resultado dessa paixão é “Valha” (ouça aqui), belo disco produzido por Dustan Gallas (Cidadão Instigado) e lançado em 2014, que namora a Jovem Guarda, pisca o olho para o rock nacional e encanta.

GISELE DE SANTI (RS) – 11/11
Gisele é gaúcha e escreveu sua primeira música quando tinha apenas 14 anos. Hoje, aos 29, ela já conta com dois álbuns na carreira: “Gisele de Santi”, o primeiro, foi lançado em 2010 e reunia canções que a compositora havia escrito desde a adolescência; mais melancólico e reflexivo, o belo segundo disco, “Vermelhos e Demais Matizes” (baixe aqui), de 2013, foi produzido com auxilio de financiamento coletivo, conta com a participação de Vitor Ramil e foi reconhecido pelo Prêmio Açorianos, que concedeu à Gisele o título de Melhor Intérprete MPB de 2013 (ela já havia sido premiada nas categorias Intérprete e Revelação na edição de 2010).

NATÁLIA MATOS (PA) – 18/11
Natália é paraense, mas passou oito anos em São Paulo dividindo-se entre estudos em Canto Popular na EMESP, Arquitetura no Mackenzie e rodas de choro em bares interpretando Aracy de Almeida, Adoniran e cantoras da Era do Rádio. De volta a Belém, integrou o premiado projeto Terruá Pará e começou a preparar o repertório de seu álbum de estreia, lançado em 2014. Com produção de Guilherme Kastrup e participações de Zeca Baleiro, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci e Felipe Cordeiro, o disco “Natália Matos” (ouça aqui) traz canções inéditas de Dona Onete e Romulo Fróes unindo a estranheza pop de São Paulo com o suingue irresistível do Pará.

CAMILA GARÓFALO (SP) – 25/11
Camila nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e mudou-se para a capital paulista quando tinha 17 anos. Na selva de concreto e pedra encontrou um cenário musical efervescente representado por artistas como CéU, Karina Buhr, Tulipa Ruiz, Gui Amabis e Siba, entre outros, o que a inspirou a buscar seu próprio espaço. Em 2014, aos 25 anos, na companhia de Dustan Gallas (Cidadão Instigado), Thiago França (Metá Metá), Bruno Buarque (CéU) e Danilo Prates, ela lança seu disco de estreia, “Sombras e Sobras”, mostrando oito composições próprias, um timbre de voz forte e uma personalidade madura, que merece atenção.

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outubro 31, 2014   No Comments

Prata da Casa #20: Rapadura

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“Ontem um fato inesquecível aconteceu… corações bateram mais forte que a zuada da zabumba, pés saltaram mais alto que o teto, nós fizemos do dia 21/10/2014 um dia histórico em São Paulo no #SescPompeia, cantei, sorri, dançei, chorei, era disso que minha alma tava precisando, me senti 2 vezes mais vivo, o palco é um lugar sagrado e nele quero sempre me derramar e quando tiver que deixa-lo vcs farão festa dentro do meu coração”
Rapadura Xique-Chico

No Rock In Press: “Outro fato evidenciado em muitos momentos do show foi o valor dado à cultura nordestina. Em músicas como “Norte e Nordeste Me Veste”, as rimas trazem mensagens como “Não vejo cabra da peste, só carioca e paulista, só freestyleiro em nordeste, não querem ser repentistas, rejeitam xilogravura, o cordel que é literatura, quem não tem cultura, jamais vai saber o que é RAPadura!” (continue lendo)

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outubro 25, 2014   No Comments

Prata da Casa #19: Tião Duá

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Após um mês dedicado ao rock and roll, o Prata da Casa abriu outubro propondo um olhar sobre a brasilidade musical de três grupos, e nada melhor do que inaugurar a programação do mês com o trio mineiro TiãoDuá, ode ao começo tropicalista dos anos 70, com muito suingue, ginga e boas ideias. Um ótimo público bateu ponto na Choperia do Sesc Pompeia para conferir Luiz Gabriel Lopes (violão e baixo), Gustavito Amaral (violão e baixo) e Juninho Ibitiruna (bateria) e dançar descalço num clima contagiante.

O trio mostrou boa parte das canções de “Tião Experiença”, primeiro álbum do grupo, lançado em 2012, e algumas faixas inéditas que irão compor “Rádio Mandinga”, segundo álbum em fase de finalização. Entre os bons momentos da noite estiveram “Na Quebrada” (com boa parte do público cantando o trecho em holandês: “Ruychaverstraat”), “Rui Macacada” e a empolgante “Mint Sun Drops”, que contou com a participação de Juliana Perdigão (ex-parceira de Luiz Gabriel no Graveola). Para encerrar uma grande noite, dois bis.

As fotos são de Liliane Callegari (mais aqui). Abaixo, dois vídeos.

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outubro 20, 2014   No Comments

Prata da Casa: Outubro de 2014

Se o mês de setembro foi o mês do rock and roll, o mês de outubro será o mês da brasilidade no Prata da Casa, com três artistas que aproximam a sua sonoridade de uma identidade brasileira. Vale a pena conhecer o trabalho de TiãoDuá, Rapadura e Mexidinho:

TIÃO DUÁ (MG) – 14/10
No início, o trio TiãoDuá era uma espécie de “banda autoral de buteco”, conta Luiz Gabriel Lopes, um dos compositores e também integrante do Graveola, nome de destaque da nova cena mineira. A ideia ao formar o TiãoDuá com Juninho Ibituruna (bateria) e Gustavito Amaral (baixo, violão e elogiado artista solo) era recriar a atmosfera da MPB dos anos 60/70, uma MPB mais roqueira simbolizada por discos como “Transa”, de Caetano, e “Expresso 2222”, de Gil. O resultado foi “Tião Experiença” (2012), primeiro álbum do trio e retrato de uma turma de músicos que adora a estrada, tanto que está retornando ao Brasil após a segunda turnê independente pela Europa, tocando em livrarias, hotéis de luxo, boteco punks e squats. Prepare-se para dançar muito.

RAPADURA (CE) – 21/10
O rap e o repente são (sem saber) linguagens praticamente irmãs, e o trabalho de Francisco Igor Almeida do Santos, o RAPadura, se notabiliza em unir esses cantos a ponto do MC defender que não faz rap, mas rapente, um gênero bastante particular que une as batidas do hip hop com coco, maracatu, forró, baião e cantigas de roda. Nas oito canções de “Fita Embolada do Engenho” (2010), RAPadura une a voz e a sanfona de Luiz Gonzaga com batidas dançantes falando de arrasta-pé e corações incendiados na canção “Amor Popular” enquanto o poeta Zé Bezerra e seu “O Nordeste é Poesia” é citado em “Norte Nordeste Me Veste”, uma carta de intenções que provoca: “Nordestino agarra a cultura que te veste”. Para dançar e pensar, como todo bom rap.

MEXIDINHO (PE) – 28/10
Eis uma terça-feira para mostrar samba no pé: sexteto que vem se destacando no cenário efervescente de Recife, o Mexidinho defende a Música Brasileira Contemporânea, gingando nas batidas da percussão de Rodrigo Gondão e Heudes Regis, nas melodias do violão de Maneco Baccarelli e de Forllan, que se divide tocando banjo, gaita e berimbau, na levada do contrabaixo de Emanuel Epaminondas e na deliciosa voz de Olivia Fancello, um conjunto de influências que respira os ares de grupos de samba moderno como Metá Metá e Passo Torto. O suingue do Mexidinho, que acaba de completar três anos de estrada, pode ser conferido no EP homônimo lançado em 2013, disponível no soundcloud oficial da banda, com cinco faixas que convidam à dança.

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outubro 13, 2014   No Comments

Prata da Casa #18: Loomer

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No Flogase: “Durante a uma hora cravada que tocaram, os quatro transformaram as músicas de sua curta discografia (um disco cheio e dois EPs) em algo que não se ouve ali. Talvez sejam os estúdios e técnicos que não foram capazes de captar o que a banda pode produzir. Talvez a qualidade de som e equipamentos do SESC propiciem aflorar tais qualidades na Loomer. Não é possível afirmar. Mas canções como “Slow Dream”, “Dark Star”, “Not So Wrong”, “Enough” e “Road To Japan” se tornam tão pesadas e doces e potentes ao vivo, que fica aquela impressão de que é preciso ver a Loomer ao vivo mais do que ouvir em casa” (continue lendo).

No Midsummer Madness: “Quarta, 23 de setembro. O Loomer participou do projeto Prata da Casa, organizado há 15 anos pelo SESC Pompéia. Várias bandas e artistas interessantes já passaram por lá como Silva, Apanhador Só, Romulo Fróes, Vanguart, Cícero. Na vez do Loomer, a casa teve mais uma vez boa presença de público. Esta edição mais recente do projeto, com os artistas selecionados por Marcelo Costa (Scream & Yell) tem tido bom público, o que mostra sintonia entre curadoria e o que o público quer ver.“  (continue lendo)

As fotos são de Marcelo Costa (mais aqui). Abaixo, dois vídeos.

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outubro 8, 2014   No Comments

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setembro 28, 2014   No Comments

Prata da Casa #17: Jonnata Doll

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A terceira atração do mês rock do Prata da Casa veio de Fortaleza para mostrar as canções de seu empolgante disco de estreia, que leva o nome da própria banda, “Jonnata Doll e os Garotos Solventes”, e enquanto o quinteto instrumental praticava um rock and roll de altíssima qualidade, o frontman Jonnata avisava: “Nunca se esqueça que o mundo está contra nós, porra”. A deixa para a canção potente que abre o disco dos caras foi arrematada com Jonnata pulando para a pista, traçando uma linha imaginaria no chão e intimando os presentes: “Duvido vocês passarem dessa linha!”. A galera colou no palco e dali não saiu mais, seduzida pela postura agitada do vocalista.

O primeiro convidado da noite foi Lirinha, que, lembrando os velhos tempos do Cordel do Fogo Encantado, pisou no palco declamando poesia e, depois, encorpou o vocal da canção “Esqueleto”. Já o guitarrista Fernando Catatau, do Cidadão Instigado, bateu ponto na inédita “Crocodilo” e em “Esperando Por Você”. Jonnata não parou um segundo: rolou no palco, se rastejou aos pés da galera no melhor estilo Iggy Pop dos anos setenta, fez promessas de amor, caminhou sobre as mesas da choperia do Sesc Pompeia. O ótimo público, que já havia sido conquistado nas duas primeiras músicas, se entregou a banda em um dos shows mais quentes desta edição do Prata da Casa.

As fotos são de Liliane Callegari (mais aqui). Abaixo, dois vídeos.

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setembro 23, 2014   No Comments