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Prata da Casa: Outubro de 2014

Se o mês de setembro foi o mês do rock and roll, o mês de outubro será o mês da brasilidade no Prata da Casa, com três artistas que aproximam a sua sonoridade de uma identidade brasileira. Vale a pena conhecer o trabalho de TiãoDuá, Rapadura e Mexidinho:

TIÃO DUÁ (MG) – 14/10
No início, o trio TiãoDuá era uma espécie de “banda autoral de buteco”, conta Luiz Gabriel Lopes, um dos compositores e também integrante do Graveola, nome de destaque da nova cena mineira. A ideia ao formar o TiãoDuá com Juninho Ibituruna (bateria) e Gustavito Amaral (baixo, violão e elogiado artista solo) era recriar a atmosfera da MPB dos anos 60/70, uma MPB mais roqueira simbolizada por discos como “Transa”, de Caetano, e “Expresso 2222”, de Gil. O resultado foi “Tião Experiença” (2012), primeiro álbum do trio e retrato de uma turma de músicos que adora a estrada, tanto que está retornando ao Brasil após a segunda turnê independente pela Europa, tocando em livrarias, hotéis de luxo, boteco punks e squats. Prepare-se para dançar muito.

RAPADURA (CE) – 21/10
O rap e o repente são (sem saber) linguagens praticamente irmãs, e o trabalho de Francisco Igor Almeida do Santos, o RAPadura, se notabiliza em unir esses cantos a ponto do MC defender que não faz rap, mas rapente, um gênero bastante particular que une as batidas do hip hop com coco, maracatu, forró, baião e cantigas de roda. Nas oito canções de “Fita Embolada do Engenho” (2010), RAPadura une a voz e a sanfona de Luiz Gonzaga com batidas dançantes falando de arrasta-pé e corações incendiados na canção “Amor Popular” enquanto o poeta Zé Bezerra e seu “O Nordeste é Poesia” é citado em “Norte Nordeste Me Veste”, uma carta de intenções que provoca: “Nordestino agarra a cultura que te veste”. Para dançar e pensar, como todo bom rap.

MEXIDINHO (PE) – 28/10
Eis uma terça-feira para mostrar samba no pé: sexteto que vem se destacando no cenário efervescente de Recife, o Mexidinho defende a Música Brasileira Contemporânea, gingando nas batidas da percussão de Rodrigo Gondão e Heudes Regis, nas melodias do violão de Maneco Baccarelli e de Forllan, que se divide tocando banjo, gaita e berimbau, na levada do contrabaixo de Emanuel Epaminondas e na deliciosa voz de Olivia Fancello, um conjunto de influências que respira os ares de grupos de samba moderno como Metá Metá e Passo Torto. O suingue do Mexidinho, que acaba de completar três anos de estrada, pode ser conferido no EP homônimo lançado em 2013, disponível no soundcloud oficial da banda, com cinco faixas que convidam à dança.

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