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Ouvindo: “Deserter’s Song”, Mercury Rev

Um disco antigo: 20 anos. Faz tempo, bastante tempo. Na virada de 1998 para 1999, “Deserter’s Songs”, o quarto disco do Mercury Rev caiu em minhas mãos e durante meses ouvi praticamente só ele. No embalo, rascunhei um faixa a faixa para a edição número 5 do fanzine Scream & Yell (ainda em papel), que saiu em agosto de 1999 (leia aqui). A primeira vez que os vi ao vivo, no Curitiba Rock Festival 2005, foi tão linda e é até hoje meu show favorito deles (resenha na integra): “O Mercury Rev fez uma apresentação adulta, com momentos instrumentais impecáveis e citações no telão que iam do filósofo prussiano Schopenhauer ao piloto norte-americano Michael Andretti; do cineasta Stanley Kubrick, passando por Nabukov e Yuri Gagarin até chegar em E.T. e no Mestre Yoda. Inspiradíssimo, o vocalista Jonathan Donahue deixou sua performance estática de outrora para reger a banda como se fosse um maestro em uma orquestra”). Porém, em 2011, fui brindado com duas apresentações mágicas deste show que, neste domingo, pousa no Balaclava Festival, e traz a integra deste disco mágico. As duas foram no Primavera Sound (a primeira num dia que também teve Warpaint, veja só), uma seguida da outra (resenhas na integra): no sábado, eles se apresentaram no auditório e, ainda que tenha sido bonito, faltou algo que elevasse a alma aos céus. No domingo, porém, a apresentação ao ar livre no Poble Espanyol (antecedida por um show fofo da BMX Bandits) foi irrepreensível: “Encarnando um maestro meio mágico, meio bruxo, Donahue sorria, arremessava energia para a plateia e aplaudia a entrega da banda e a cumplicidade do público enquanto as luzes no palco flutuavam sobre a densa nuvem de gelo seco. ‘Delta Sun Bottleneck Stomp’ fechou o show de forma dançante, mas a banda ainda voltaria para tocar ‘Dark is Rising’, a música que resume o Mercury Rev a perfeição, com versos que dizem que “tudo é sonho” (título do álbum pós ‘Desert’s Song’) para concluir ‘nos sonhos eu sou forte’. Não só nos sonhos, Jonathan. No palco também. Impecável”. Para quem acha que Nick Cave já fez o show do ano no Brasil, espere só para ver o que é “Opus 40” e “Goddess on a Hiway” ao vivo. Te adianto: são muuuito fodas.

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