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Sobre o fim do Festival Casarão

Uma das coisas mais legais de se ir a festivais de música não é apenas ter a oportunidade de ver esta ou aquela banda, ainda que muita gente reduza um evento de música a isso. Para mim, estar em um ambiente musical é estar em meio a uma porção de pessoas que também escolheu viver aquela experiência, e a música, apesar de ser a grande atração, é apenas uma das peças de um todo que busca entreter e aproximar as pessoas (ainda que o capitalismo dos grandes festivais brasileiros esteja mais preocupado com os cifrões do que com seu bem estar). No sábado passado, o amigo Vinicius Lemos anunciou o fim do Festival Casarão, em Porto Velho, o que é uma grande perda para quem luta pela música independente no país. Tive o grande prazer de acompanhar três edições do festival (2012/2013/2014), e ainda que não tenha pegado a fase áurea do evento, no antigo Casarão que o batizou, sempre fiquei interessado em voltar porque era especial demais acompanhar a batalha de um grupo de pessoas para produzir algo relevante, marcante. Vi muitos shows excelentes nas três edições do Casarão em que estive, mas um festival não são só shows, e o Casarão era um bom exemplo disso: a vibe era das melhores, a turma envolvida era dedicada e, no fim das contas, fui assistir a um festival em Porto Velho, e fiz umas duas dezenas de amigos, gente que estava ali pelo mesmo motivo que eu: paixão pela música, ainda que em alguns dos momentos mais divertidos, não tivesse nenhuma banda tocando. Grande Vinicius, parabéns pelas 15 edições do Casarão! Obrigado por me apresentar um monte de gente bacana e um monte de bandas bacanas. Tenho certeza que alguma semente foi plantada, que alguém, no pique de seus 19 anos, vai olhar e falar: “se o Vinicius conseguiu, eu também consigo! Vou fazer um festival”. A vida segue! Um abraço imenso!

abril 29, 2015   No Comments

Prata da Casa 2015, curadoria do Miranda

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Um dos principais divulgadores de novos talentos na cidade de São Paulo e um dos mais tradicionais projetos da área de música do Sesc Pompeia, o Prata da Casa chega a sua 16ª edição em 2015. Iniciativa que abre espaço para trabalhos de novos grupos e artistas tem início no dia 5 de maio, com apresentação de Felix Robatto, na Choperia, às 21h.

Neste ano, a curadoria do Prata da Casa fica por conta da equipe de programação do Sesc Pompeia e do produtor musical Carlos Eduardo Miranda, que entre os trabalhos desenvolvidos foi responsável pela produção do Skank, O Rappa, entre outros; criou e dirigiu o Trama Virtual e colaborou com textos para a revista Bizz.

Confira a programação de maio do Prata da Casa 2015:

– Félix Robatto (PA) – 05/05, terça-feira, às 21h.
– Adriano Cintra (SP) – 12/05, terça-feira, às 21h.
– Guri (RS) – 19/05, terça-feira, às 21h.
– Zé Manoel (PE) – 26/05, terça-feira, às 21h.

Félix Robatto foi integrante do La Pupuña e é um pesquisador da música latino-amazônica. Seu trabalho mostra uma música contemporânea paraense construída a partir de elementos da guitarrada, surf music, música latina e pop. Félix irá lançar no Prata da Casa seu primeiro disco solo, “Equatorial, Quente e Úmido” (2015)

Adriano Cintra já fez parte dos grupos Caxabaxa e Ultrassom, além do maior fenômeno da musica brasileira no início da década passada: Cansei de Ser Sexy – ou CSS, como é internacionalmente conhecido. Adriano estreou solo em 2014 com “Animal”, lançado pela DeckDisc.

Além de dividir o palco com nomes como Otto, China e Junio Barreto, Guri Assis Brasil ousa com projetos próprios e lança um apanhado de belíssimas canções rock com viés indie pop.”Quando Calou-se a Multidão”, seu disco de estreia, pode ser baixado gratuitamente no www.guriassisbrasil.com.br

Zé Manoel é um jovem pianista de Petrolina (PE), que chega meio que de surpresa no cenário da nova música popular brasileira. Ele está lançando seu segundo disco, “Canção e Silêncio” (2015). Ouça “Quem Não Tem Canoa Cai N’Agua” aqui.

Local: Choperia do Sesc Pompeia
Grátis – Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência.
Não recomendado para menores de 18 anos.

Mais sobre o Prata da Casa

abril 29, 2015   No Comments

Para evitar a doença do rock naftalina

“Eu, por mim, recomendo a qualquer um – de 16, 21, 30, 45, 55 anos – que, ao menos uma vez por semana, escute algo que jamais pensaria escutar. E, certamente, algo que fuja dos padrões daquilo que as gravadoras determinaram ser “apropriado” para sua faixa etária – um ouvinte de 16 anos tem tanto a se beneficiar com uma audição de A Nod Is as Good as a Wink, dos Faces, quanto um de 55 do disco do Kula Shaker. É um santo remédio, o equivalente a uma corrida no calçadão, uma hora de malhação, uma partida de basquete: o suficiente para manter os ouvidos flexíveis, o cérebro desentupido, o coração palpitante e prevenir a instalação – muitas vezes precoce – do reumatismo estupidificante do classic rock.” Ana Maria Bahiana, em 1996 (leia aqui)

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