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Posts from — abril 2015

Dez links

– Renascimento do vinil: fábricas entre majors e indies (aqui)
– Uma passeio por dentro do estúdio Abbey Road (aqui)
– “A estúpida coleção de discos do meu marido” (aqui)
– Os índices de audiência da Netflix (aqui)
– Uma playlist: o espírito de 1985, por Dado Villa-Lobos (aqui)
– Um podcast: Contém Spoilers 3 -?Man Seeking Woman (aqui)
– Um Tumblr: Alckmin nega -> http://alckminnega.tumblr.com
– Um livro: Stuart David e a história do Belle & Sebastian (aqui)
– Ed Motta: “Sou um mestre, mas não sou um nojo” (aqui)
– Pedro Almodóvar elege seus filmes favoritos (aqui)

abril 30, 2015   No Comments

Sobre o fim do Festival Casarão

Uma das coisas mais legais de se ir a festivais de música não é apenas ter a oportunidade de ver esta ou aquela banda, ainda que muita gente reduza um evento de música a isso. Para mim, estar em um ambiente musical é estar em meio a uma porção de pessoas que também escolheu viver aquela experiência, e a música, apesar de ser a grande atração, é apenas uma das peças de um todo que busca entreter e aproximar as pessoas (ainda que o capitalismo dos grandes festivais brasileiros esteja mais preocupado com os cifrões do que com seu bem estar). No sábado passado, o amigo Vinicius Lemos anunciou o fim do Festival Casarão, em Porto Velho, o que é uma grande perda para quem luta pela música independente no país. Tive o grande prazer de acompanhar três edições do festival (2012/2013/2014), e ainda que não tenha pegado a fase áurea do evento, no antigo Casarão que o batizou, sempre fiquei interessado em voltar porque era especial demais acompanhar a batalha de um grupo de pessoas para produzir algo relevante, marcante. Vi muitos shows excelentes nas três edições do Casarão em que estive, mas um festival não são só shows, e o Casarão era um bom exemplo disso: a vibe era das melhores, a turma envolvida era dedicada e, no fim das contas, fui assistir a um festival em Porto Velho, e fiz umas duas dezenas de amigos, gente que estava ali pelo mesmo motivo que eu: paixão pela música, ainda que em alguns dos momentos mais divertidos, não tivesse nenhuma banda tocando. Grande Vinicius, parabéns pelas 15 edições do Casarão! Obrigado por me apresentar um monte de gente bacana e um monte de bandas bacanas. Tenho certeza que alguma semente foi plantada, que alguém, no pique de seus 19 anos, vai olhar e falar: “se o Vinicius conseguiu, eu também consigo! Vou fazer um festival”. A vida segue! Um abraço imenso!

abril 29, 2015   No Comments

Prata da Casa 2015, curadoria do Miranda

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Um dos principais divulgadores de novos talentos na cidade de São Paulo e um dos mais tradicionais projetos da área de música do Sesc Pompeia, o Prata da Casa chega a sua 16ª edição em 2015. Iniciativa que abre espaço para trabalhos de novos grupos e artistas tem início no dia 5 de maio, com apresentação de Felix Robatto, na Choperia, às 21h.

Neste ano, a curadoria do Prata da Casa fica por conta da equipe de programação do Sesc Pompeia e do produtor musical Carlos Eduardo Miranda, que entre os trabalhos desenvolvidos foi responsável pela produção do Skank, O Rappa, entre outros; criou e dirigiu o Trama Virtual e colaborou com textos para a revista Bizz.

Confira a programação de maio do Prata da Casa 2015:

– Félix Robatto (PA) – 05/05, terça-feira, às 21h.
– Adriano Cintra (SP) – 12/05, terça-feira, às 21h.
– Guri (RS) – 19/05, terça-feira, às 21h.
– Zé Manoel (PE) – 26/05, terça-feira, às 21h.

Félix Robatto foi integrante do La Pupuña e é um pesquisador da música latino-amazônica. Seu trabalho mostra uma música contemporânea paraense construída a partir de elementos da guitarrada, surf music, música latina e pop. Félix irá lançar no Prata da Casa seu primeiro disco solo, “Equatorial, Quente e Úmido” (2015)

Adriano Cintra já fez parte dos grupos Caxabaxa e Ultrassom, além do maior fenômeno da musica brasileira no início da década passada: Cansei de Ser Sexy – ou CSS, como é internacionalmente conhecido. Adriano estreou solo em 2014 com “Animal”, lançado pela DeckDisc.

Além de dividir o palco com nomes como Otto, China e Junio Barreto, Guri Assis Brasil ousa com projetos próprios e lança um apanhado de belíssimas canções rock com viés indie pop.”Quando Calou-se a Multidão”, seu disco de estreia, pode ser baixado gratuitamente no www.guriassisbrasil.com.br

Zé Manoel é um jovem pianista de Petrolina (PE), que chega meio que de surpresa no cenário da nova música popular brasileira. Ele está lançando seu segundo disco, “Canção e Silêncio” (2015). Ouça “Quem Não Tem Canoa Cai N’Agua” aqui.

Local: Choperia do Sesc Pompeia
Grátis – Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência.
Não recomendado para menores de 18 anos.

Mais sobre o Prata da Casa

abril 29, 2015   No Comments

Para evitar a doença do rock naftalina

“Eu, por mim, recomendo a qualquer um – de 16, 21, 30, 45, 55 anos – que, ao menos uma vez por semana, escute algo que jamais pensaria escutar. E, certamente, algo que fuja dos padrões daquilo que as gravadoras determinaram ser “apropriado” para sua faixa etária – um ouvinte de 16 anos tem tanto a se beneficiar com uma audição de A Nod Is as Good as a Wink, dos Faces, quanto um de 55 do disco do Kula Shaker. É um santo remédio, o equivalente a uma corrida no calçadão, uma hora de malhação, uma partida de basquete: o suficiente para manter os ouvidos flexíveis, o cérebro desentupido, o coração palpitante e prevenir a instalação – muitas vezes precoce – do reumatismo estupidificante do classic rock.” Ana Maria Bahiana, em 1996 (leia aqui)

abril 29, 2015   No Comments

Três vídeos: Edu Schmidt acústico

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Edu Schmidt era vocalista da grande banda argentina Árbol, e em 2007, em entrevista ao Scream & Yell, contou que gostava “muito de Arnaldo Antunes, Caetano, e os mais clássicos… Agora ando escutando casualmente muito Lenine”. O Árbol encerrou as atividades em 2010, e Edu partiu para a carreira solo, lançando “El Silencio Es Salud” (2009) e, mais recentemente, liberando para download gratuito o álbum “Chocho” (baixe aqui!), em 2013. Esse set abaixo também é de 2013 e traz duas canções do álbum “Chocho” (a magnífica “Un Rio” e também “Hoy”) além de um clássico do Árbol, “El Fantasma”, que ganhou uma versão de André Mendes no tributo “Somos Todos Latinos”, lançado pelo Scream & Yell.

Saiba mais sobre a coletânea “Somos Todos Latinos” aqui  

abril 25, 2015   No Comments

Dez links

01) Wikileaks revela planos de Bruce Springsteen (aqui)
02) “A caça ao clique é a morte anunciada do jornalismo” (aqui)
03) “O homem que quebrou a indústria da música” (aqui)
04) Natália Matos: “Hoje nós fazemos música para o mundo” (aqui)
05) André Midani: “Hoje jovens não compram música, eles fazem” (aqui)
06) Um pequeno guia de cervejarias californianas (aqui)
07) “Artesanais põem Ribeirão de volta na rota cervejeira” (aqui)
08) Chancha: “Em 10 anos, todos tocarão música latina nas pistas (aqui)
09) As 12 melhores bandas novas do Equador (aqui)
10) Três coletâneas para conhecer novas bandas mexicanas (aqui)

abril 23, 2015   No Comments

Cinco drinks com Berliner Weiße

Uma cerveja mítica (e, para muitos, difícil) produzida apenas em Berlim, a Berliner Weiße já foi a bebida alcoólica mais popular da Alemanha, entre os séculos 16 e 19, com cerca de 700 fábricas a produzindo para abastecer o mercado. Após duas grandes guerras, que devastaram a cidade, e a chegada de cervejas concorrentes (menos agressivas) da Baviera, a produção da Berliner Weiße caiu vertiginosamente a ponto de, hoje em dia, apenas duas fábricas em Berlim a produzirem seguindo as receitas tradicionais. Porém, basta chegar o verão para que a Berliner Weiße retorne aos supermercados e a mesa dos bares berlinenses. Quando estive em Berlim em 2013 decidido a prova-la, fui solenemente criticado por um garçom sérvio fã de cervejas belgas num bar em Potsdamer Platz: “É horrível”, ele disse, mas me serviu, primeiro na forma tradicional, depois com xaropes de frutas.

Isso mesmo, xaropes de frutas. A produção da Berliner Weiße inclui a adição de bactérias (Lactobacillus) na segunda fermentação com o intuito de deixa-la ácida e efervescente (como um champanhe), e o resultado é uma cerveja de trigo de ataque violentamente seco e amargo, mas com um final levemente frutado. Bastante arisca e agressiva para o bebedor não acostumado, popularizou-se em Berlim misturar xaropes de frutas e/ou ervas para abrandar seu ataque, criando uma espécie de drink, que pode tanto ser feito na hora como vendido pronto em supermercados (como nestas versões vendidas no Brasil). Além destes drinks, a Berliner Weiße também caí bem com outras bebidas, e foi nessa toada que a turma da distribuidora Bier & Wien, que traz as Berliner para o Brasil, me convidou a testar algumas receitas. Fui além e criei outras duas receitas minhas.

O primeiro drink que preparei se chama Spectrall 555 e é uma receita chef Onur K?ksal, do Harry’s New York Bar, de Berlim, que junta suco de maçã, vodka (abri uma Absolut novinha pra mistura), pepino, gelo e pimenta do reino. A mistura amacia o ataque da Berliner Weiße sem apaga-lo completamente enquanto pepino e pimenta do reino criam um interessante contraponto de sabor, que encontra maciez do suco de maçã, formando um conjunto bastante agradável, que passou no teste, com louvor. Modéstia às favas, minha replicação da receita do chef Onur ficou muito boa e é bem fácil de preparar em casa. Vale a pena.

SPECTRALL 555, por Onur Köksal
01 MIXcup de Maçã Verde (ou 14 ml de suco concentrado e adoçado de maçã verde)
40 ml de Vodka
01 Pepino fresco pequeno
01 Berliner Kindl Weisse Original
Gelo
Fatias fina de pepino fresco
Pimenta do reino

Bata o pepino com o gelo, a vodka e o MIXcup. Sirva coado, complete com a Berliner Kindl Weisse Original e finalize com as fatias de pepino e um pouco de pimenta.

O segundo drink, este com receita minha, chamarei de Petróleo do Futuro e é extremamente simples, resultado da junção de 150 ml de Berliner Original (azeda, acética e salgada), 150 ml de Petroleum (alcoólica, torrada e caramelada), duas doses de suco de tangerina e raspas de chocolate. Minha ideia era amaciar duas cervejas extremas, e o conjunto ficou supimpa, descendo de forma refrescante (com destaque para o cítrico). A ideia da tangerina foi inspirada num blend do Monks Cafe, de Estocolmo, que colocou cerejas numa Russian Imperial Stout, alcançando um belíssimo resultado.

PETRÓLEO DO FUTURO, por Marcelo Costa
80 ml de suco concentrado de tangerina
150 ml de Berliner Original
150 ml de Petroleum (Wäls ou Dum)
Raspas de chocolate

Colocar as duas doses de tangerina e misturar em doses iguais (de 150 ml) as cervejas Berliner Original e Petroleum. Pincelar com raspas de chocolate.

O terceiro drink, outro assinado por mim, é o Carimbó Berlinense: duas doses de tequila (usei a José Cuervo Black para acrescentar cor e calor), uma doses de licor de Cupuaçu (para textura e doçura) e uma dose de suco de maçã (leve acidez frutada) mais uma pitada de pimenta do reino e semente de cravo (para destacar o salgado da Berliner) e duas folhas de manjericão. Completar com 150 ml de Berliner, e ir abastecendo a taça com a garrafa conforme for bebendo. Ficou… caliente. A tequila se sobrepõe, mas o licor tenta amacia-la. O paladar vai mudando conforne vai se adicionando Berliner na taça.

CARIMBÓ BERLINENSE, por Marcelo Costa
40 ml de suco de maçã
80 ml de tequila
40 ml de licor de cupuaçu
Manjerição
Semente de cravo moída
Pimenta do Reino
Uma garrafa de Berliner Original
Gelo

Colocar três pedras de gelo triturado no fundo da taça e, sobre ela, o suco de maçã, a tequila, o licor de cupuaçu e 150 ml de Berliner Original. Acrescentar duas folhas de manjericão e uma leve pitada de semente de cravo e pimenta do reino. Conforme for bebendo, acrescentar a Berliner Original que ainda está na garrafa, até finaliza-la.

Além destes três drinks acima há outros dois feitos pelo chef Onur:

HIMALAYAN HIGHWAY, por Onur Köksal
01 MIXcup de Ruibarbo (ou 14 ml de suco concentrado e adoçado de Ruibarbo)
40 ml de licor de Ruibarbo Azedo
40 ml de purê de morango
01 Berliner Kindl Weisse Original
Gelo triturado

Bata o licor, o purê de morango e o MIXcup. Em seguida, sirva sobre o gelo triturado e complete com a Berliner Kindl Weisse Original. Mexa delicadamente e decore.

THE SHADDOCK, por Onur Köksal
01 MIXcup de Grapefruit (ou 14 ml suco concentrado e adoçado de Grapefruit)
Gengibre fresco ralado
20 ml de Aperol
20 ml de Suco de Limão
01 Berliner Kindl Weisse Original
Gelo

Bata todos os ingredientes exceto a cerveja e sirva numa taça sobre algumas pedras de gelo. Complete com a Berliner Kindl Weisse Original, misture e decore com cascas de Grapefruit.

Leia também
– Top 1001 Cervejas, por Marcelo Costa (aqui)
– Leia sobre outras cervejas (aqui)

abril 20, 2015   No Comments

Um Top 5 do Record Store Day 2015

Neste sábado, a partir das 12h, o Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, irá comemorar o Record Store Day com uma grande feira de LPs nacionais e importados! São mais de 70 estandes, discotecagem de Kid Vinil e pockets shows de Bruno Souto e Rômulo Fróes durante o evento (infos aqui).

No embalo da festa, a turma do MIS me pediu uma listinha com cinco discos do Record Store Day 2015. Me enganei e enviei uma lista com cinco discos do ano quando, na verdade, eram cinco discos da lista oficial do evento (essa aqui). Abaixo, então, 10 discos: o meu Top 5 do ano e um Top 5 do RSD.

Top 5 2015
“Echolocations: Canyon”, Andrew Bird
Aqui Andrew não só toca, mas ouve (e incorpora) os ecos devolvidos pelo ambiente, no caso o canion Coyote Gulch, em Utah. É só violino, assovio e natureza. E é bonito demais.

“Carrie & Lowell”, Sufjvan Stevens
O retorno de Sufjan ao folk soa como tentar juntar as peças de um velho quebra-cabeça incompleto. Ele está sangrando e você tem um grande disco para ouvir.

“Existe Alguém Ai”, Wander Wildner
Eis a trilha sonora tristonha para os dias esquisitos que estamos vivendo num Brasil movido a indignação seletiva. “Saudade” já é um clássico do cancioneiro de Wander.

“What a Terrible World, What a Beautiful World”, The Decemberists
Se “The King Is Dead” era notadamente urgente, “Terrible/Beautiful” soa distanciado e menos direto, e deve ser ouvido com a atenção de quem lê um livro.

“Carousel One”, Ron Sexsmith
Em seu décimo quarto álbum, este compositor canadense apaixonado pela melancolia para ter descoberto a felicidade num disco que confortar corações e almas perdidas.

Top 5 RSD 2015
Bob Dylan: “Basement Tapes”

Esse vinilzinho já devia sair do Record Store Day para um museu. Se você tiver aqueles quadros que emolduram capas de disco em casa, esse álbum já tem lugar garantido.

The Decemberists: “Picaresque”
Edição comemorativa de 10 anos em vinil vermelho do disco que ampliou o séquito de admiradores da turma de Colin Meloy – eu incluso.

The Replacements: Replacements EP
Uma obra prima no formato de canção pop (“Alex Chilton”, em homenagem ao gênio líder do Big Star), um b-side blueseiro (“Election Day”) e um cover de “Route 66”… Essencial.

Suede: “Dog Man Star. Live. Royal Albert Hall”
Meu disco preferido da turma de Brett Anderson na integra ao vivo no mítico Royal Albert Hall. São só 350 cópias…

Gram Parsons/Lemonheads: “Brass Buttons”
Gram Parsons é um herói aqui em casa. E Evan Dando me diverte com as versões surreais que o Lemonheads já fez de Metallica, Whitney Houston e Oasis. Bela dobradinha em vinil rosa.

 

abril 17, 2015   No Comments

Obrigatório: Trabalho Interno, 2010

“Trabalho Interno” (“Inside Job”, 2010)
por Marcelo Costa
“Se existe um único filme obrigatório de 2010 a ser visto imediatamente, o filme é este. “Inside Job” vasculha a podridão de Wall Street que resultou na crise financeira mundial de 2008. Narrado por Matt Damon, “Trabalho Interno” começa de forma didática analisando a quebra de três bancos islandeses, e depois mira a câmera para grandes corporações norte-americanas, desde empresas de crédito, de capital de risco, agências de avaliação, universidades famosas (com professores de economia compactuados em não mudar a lei para não perderem dinheiro) e, claro, o governo norte-americano (começando com Reagan, piorando com Clinton e encontrando o inferno na gestão Bush), local que (ainda) abriga a maioria dos envolvidos no escândalo que ferrou a vida de milhões de pessoas (enquanto integrantes do grupo ganhavam bônus milionários de suas empresas). Cinema político de altíssima qualidade. Assista legendado abaixo ou baixe aqui.

abril 9, 2015   No Comments

Bate papo sobre Nick Hornby

abril 8, 2015   No Comments