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SWU – Dia 2

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Texto: Marcelo Costa
Fotos: Liliane Callegari

Programação reduzida para o segundo dia do Festival SWU. Após o drama da volta na madrugada do primeiro dia, que terminou com o sol nascendo na estrada para Cabreúva, deixamos de lado shows que gostaríamos muito de ter visto (Tulipa Ruiz e Rubinho Jacobina) e nos concentramos nas apresentações que realmente valeriam a pena todo o esforço de chegar ao festival: Regina Spektor e Otto.

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Regina, como muita gente tinha previsto, pareceu pequena depois para o palco principal. O show foi bom, ela tem uma grande voz, mas na área premium ninguém estava entendendoo que estava acontecendo no palco. Pareciam estar assistindo a um DVD, e não a um show pop. Uma pena, pois Regina Spektor merecia mais. Se fizesse o show no Palco Oi, por exemplo, poderia sair consagrada.

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Otto, por sua vez, tocou no Palco Oi e lotou a tenda mostrando a excelente fase de seu trabalho solo ancorado no excelente disco “Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos”. Mais de duas mil pessoas cantando, urrando e dançando canções como “Filha”, “Janaina”, “Dias de Janeiro”, “Tente Entender”, “Ciranda de Maluco” e uma inspirada versão de “Saudade”, parceria do cantor com Fernando Catatau e Julieta Venegas.

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A Jambroband, banda que acompanha Otto, vive sua fase mais inspirada no palco. A sequência de shows harmonizou o quinteto instrumental e os percussionistas e a mistura de sons está simplesmente chapante. Fernando Catatau e Junio Boca estão cada vez mais bem entrosados na guitarra, Ryan segura tudo no baixo, Bactéria coloca o molho nos teclados e Pupillo é um monstro na cadência e nas inflexões da bateria.

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Os dois cavalos de batalha (temático e musical) do último disco, “Crua” e “Seis Minutos”, surgiram em versões sublimes, eternas, consagrando Otto que, mais uma vez, entregou-se a discursos nonsense, elogiou o festival, a sua banda e perguntou ao público: “Vocês estão gostando do show?” Ante a resposta positiva, cravou: “Então contem para os amigos. É assim que funciona”. No boca a boca, Otto fez outra vez o show do ano.

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 Ainda teve a “aparição” de Joss Stone no palco principal (um amigo jornalista definiu: “Até as axilas dela são bonitas”), mas o dia já estava ganho. Para fugir do trauma do dia anterior, deixamos a Fazenda Maeda antes de Kings of Leon pisar no palco (vimos parte do show em um carrinho de lanches em Itu. Fracote, você estava avisado – risos) e a saída foi tranquilíssima, sem nenhum problema. Até abriu o apetite rock and roll para hoje: Pixies e QOTSA, nos aguardem.

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outubro 11, 2010   No Comments