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O dia em que deu tudo errado… em Paris

Coisas que preciso lembrar para a proxima vez que eu vier a Paris: nunca mais agendar um voo para as cinco horas da manha; nunca mais reservar albergue nessa cidade; e nunca mais vir pra ca pra ficar soh tres dias. O dia hoje foi um caos, mas nao se preocupa nao que estou bem feliz: por mais que as coisas deem errado; Paris compensa em dobro. Vamos de flashback.

Arrumei as malas em Madri e ainda tinha umas duas horas livres antes de ir para o aeroporto. Apesar de ter andado em museus o dia todo, nao resisti a mais uma caminhada na capital espanhola, e vou te contar que bateu aquela pontinha de saudade antes mesmo de ir. O check-in no Barajas estava marcado pra comecar as 3h40, e depois de bater cabeca no aeroporto, cheguei na Ryanair pouco mais da 1 da manha, eu e mais umas trezentas pessoas.

Nao preguei o olho a noite toda, e nao consegui dormir nem no voo nem no translado/viagem de Beauvais para Paris. Cheguei no albergue pensando em banho gelado e cama macia, mas quebrei a cara: os quartos ficam fechados de 10h as 16h. Subi puto para arrumar a mala, e um japones de New Jersey salvou meu dia: “Voce tem um mapa? Faz o seguinte: nos estamos aqui. Pega a Rua do Commercio que voce vai sair na Torre Eiffel. Depois atravessa, vai no Arco do Triunfo e desce a Champs Elysees”.

O conselho valeu muito, mas inicialmente parei na Torre. Sao quatro filas para subir nela, duas de escada, duas de elevador (esta mais lenta, ja que sobe menos gente por vez). Fiquei uns dez minutos, sol forte, eu nao tinha durmido, tinha andado os dias anteriores inteiros e subir 700 degraus nao ia ser facil. Deixei de lado por um passeio de balsa no Rio Sena (lembra do “Antes do Por-do-Sol”?).

A primeira meia-hora foi de embasbacar. Se eu ficasse um mes aqui, nao conheceria todas as atracoes da cidade, isso que eu soh vi as que estao nas margens do rio: Torre Eiffel, Port de la Conference, Musee d’Orsay, Musee du Louvre, Jardin du Carrusel, Placa de La Concorde, Palais de Justice, Igreja de Notre Dame, todas as pontes (cada uma com uma historia); fora tudo que eu perdi na segunda meia-hora, em que dormi (hehe).

Voltei pro albergue feliz, quase quatro da tarde, pra tentar tomar um banho. Problema 1: minha toalha sumiu; problema 2: o chuveiro esta mais quente que o sol. Desisto e saio a caca de um hotel, e encontro um umas duas quadras mais perto da Torre: Faco a reserva para os proximos tres dias (em que vou perder os tres dias pagos do albergue :/) e volto a caminhar feliz tomando sorvete de chocolate com creme.

Subo na Torre Eiffel, como a baguete mais cara da minha vida (6,50 euros, mais de 15 reais em pao, queijo e presunto) no segundo piso, mas esqueco de pegar o ticket que dah acesso ao terceiro (e mais alto). Nao me abalo. Desco, vou para o Arco do Triunfo e caminho na Champs Elysees. A cidade esta voltando ao normal apos a Tour de France. Pego a direcao pro albergue (ainda durmo la hoje) e dou sorte de ver a Torre com as luzinhas piscando.

Assim, de boa, tudo deu errado hoje, mas talvez essa seja umas das poucas cidades no mundo que compensa as furadas em que a gente se mete (e precisa lembrar de nao repetir). Estou fedendo (nem tanto, mas sou daqueles que precisa de dois a tres banhos diarios para se sentir bem), mas vou beber um pint de cerveja red e torcer pra que a noite passe rapido. Quem sabe, nesta segunda, vou ao Louvre. Ou entao ao Pere Lachaise, para um papo com Oscar Wilde e Jim Morrison. Me aguarda.

Ps: assim como na Belgica, as letras do teclado sao todas trocadas. Perdoe qualquer erro, a falta de acento e a falta de foco no texto. Estou escrevendo cada palavra duas vezes, e haja paciencia e concentracao. Era pra ser um texto melhorzinho, mas mais alguns dias e eu acostumo…

Diário de Viagem: Europa 2008

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