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Festival Rock Werchter, Bélgica, Day 4

O sábado demorou a terminar. Na quinta e na sexta, eu e o Carlos “matamos” os shows de Chemical Brothers e Moby (respectivamente) e saímos antes de todo mundo para pegar o ônibus que nos leva até a estação de trem de Leuven (o festival fica 12 km fora da cidade). No sábado, com o Radiohead, não teve jeito: saímos quando todo mundo saiu (no palco secundário, o show de Roisin Murphy acabou antes do Radiohead) e até que foi tudo organizado, mas fomos chegar “em casa” quase às três e pouco da manha para pensar no último dia do festival.

O Carlos, que tem que trabalhar na segunda e estava detonado, decidiu pular fora. A comitiva recifense também. Me agendei para ir ao festival apenas ver o Grinderman e voltar, mas esbarrei nas Duvel, cerveja com 8,5% de teor alcoólico. Vou te dizer: bate que é uma beleza. É tão forte que estou sentindo as cinco que bebi até agora. No ônibus para ir ao festival, sozinho, conheci três brasileiros que vivem na Europa (dois em Bruxelas, uma em Londres), e fiquei de colar neles e acompanhar o último dia. Quem disse que consegui.

Passamos pelo palco principal – onde o Kooks usava seus hits para entreter o público – em direção ao palco secundário, já que o trio brasileiro queria ver Mark Ronson, e fui junto. Me perdi deles na entrada da tenda, e fiquei vendo o show sozinho – e bêbado. E nem assim consegui gostar. Na boa, até eu faço uma tenda inteira pular acompanhado de uma banda de 14 componentes que toca “Just” (Radiohead), “Toxic” (Britney), “Oh My God” (Kaiser Chiefs), “Valerie” (Zutons, mas em versão Amy) e “Stop Me If You Think That You’ve Heard This One Before” (Smiths). Picaretagem, sabe, mas todo se divertiu.

Uma vantagem ao menos eu tive: assim que o show acabou, e o público do Mark Ronson saiu da tenda, fiquei na grade de frente para o microfone do sr. Nick Cave, que iria apresentar no festival o seu projeto paralelo garageiro Grinderman no mesmo horário que o palco principal iria receber Jack White e Brendan Benson com o Raconteurs. Fiquei com Nick Cave, por razões óbvias: ainda vou esbarrar no Raconteurs em outros dois festivais e ver Nick Cave com o Grinderman não acontece todo dia não.

O show começou com duas porradas – “Depth Charge Ethel” e “Get It On” – que serviram para introduzir a banda com Nick Cave assumindo a guitarra em diversos momentos e Warren Ellis completamente tomado tocando tudo que aparecer na frente. A cada riff de guitarra, o braço do instrumento arremessava o microfone para longe. Rolou música inédita (“Dream”) e uma versão arrasadora de “No Pussy Blues” com Cave exibindo uma disposição juvenil para o barulho que impressiona. Uma puta show de rock and roll.

Antes de ir embora ainda deu para assistir um pedaco do show do Kaiser Chiefs. Hits como “Everyday I Love Less and Less”, “Modern Way”, “Ruby” (que todo mundo cantou), “Na Na Na Na Na”, “Oh My God” e “I Predict a Riot” fizeram bonito no palco grande, mas nada que impressionasse tanto a ponto de me fazer ter vontade para esperar pelo bis – e pelo Beck, que viria na sequência, mas minhas pernas já não podiam aguentar. No final das contas, o meu top 10 do Werchter 2008 ficou assim:

1- Sigur Rós
2- Neil Young
3- Radiohead
4- The National
5- R.E.M.
6- Grinderman
7- Vampire Weekend
8- The Hives
9- The Verve
10- Ben Folds / Gossip

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