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Humberto Gessinger fala sobre o tributo aos Engenheiros do Hawaii

Bah: amanhã, 11h11min, através do site www.screamyell.com.br/site vai ao ar o ESPELHO RETROVISOR, um tributo trilegal aos EngHaw capitaneado pelo Anderson Fonseca e com esta galera bacana:

Por enquanto, fica um emocionado agradecimento a todos que participaram. Em breve falo mais a respeito. Mais detalhes, amanhã no jornal Zero Hora, com quem bati o seguinte papo:

Você teve algum tipo de participação no disco, tipo opinando sobre os arranjos ou a escolha das música?
Não. Fiz questão de não me meter. Este tipo de projeto é mais legal quanto menos reverente for. Aqueles discos de dueto, clássicos da indústria fonogáfica… melhor deixar para um futuro longínquo, né? Quero mais é que minhas músicas se defendam sozinhas do que vier pela frente. Pouca coisa me deixa mais feliz do que andar por alguma cidade do nordeste e ouvir aleatoriamente uma música minha transformada em forró, em algum bar ou na beira da praia. Samba também é legal. Mas forró me deixa particularmente emocionado. Ou ouvir um mineiro enchendo de sutilezas a harmonia do violão para uma música que escrevi só com um baixo no colo e uma ideia na cabeça.

Você chegou a ouvir as músicas do tributo? Algum arranjo que gostaria de destacar?
Sim, me emocionei muito! Mais do que algum arranjo especial, meu destaque vai para a diversidade geográfica e estilística das releituras. E para o fato de serem todos artistas que certamente terão uma longa estrada pela frente. Também achei legal a escolha livre dos caras abranger as 3 décadas de carreira.

O que achou do tributo? É algo que você esperava? De repente dá para esperar uma espécie de redescoberta dos Engenheiros nessa data redonda de 30 anos e tal?
Não esperava. Acho que meu trabalho nunca foi daqueles que emprestam prestígio automático a quem se aproxima dele, tipo a meia dúzia de compositores insensados que abrem portas para quem os regrava. Talvez por ser muito pessoal, não muito fácil de enquadrar. Quando a onda era rock, me achavam muito MPB. Quando a onda virou POP eletrônico, passaram a me achar muito rock. Quando era pra ser nacional, eu era muito gaúcho e quando inventaram o rótulo rock gaúcho, eu não tava mais aqui. Agora, que a onda é revival, dei um tempo na grife e sai solo. Não tô me vangloriando nem me queixando disso, mas é um fato. Por isso me surpreendeu o tributo. Quanto a redescobrimento, é uma noção que já não faz mais sentido. Cada ouvinte/artista tá fazendo sua própria agenda. Tudo esta vivo, suspenso… no éter online.

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