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Posts from — julho 2019

Lou Reed sobre “Almoço Nu”, de Burroughs

“A primeira vez que li foi na faculdade. Com os temas de Burroughs, seu senso de humor e a justaposição de imagens, uma imensa porta se abriu na escrita americana. Isso soou uma selvageria para a turma da direita, certinha, os americanos comuns. Não acho que alguém possa ler e levar isso a sério novamente.

Não é para heterossexuais. Ele segue entre planetas inteiros sem lhe dizer. É um mundo de sonhos. “Nenhuma regra se aplica aqui”, essa é a senha. Ele utiliza certo tipo de escrita como disfarce, e essa é a resposta. Ele está lidando com muitas coisas que são perigosas e ele não está brincando. Ou, na verdade, ele está brincando sim, o que só piora as coisas. É uma grande má influência.

Já conheci pessoas que imitam as coisas que Burroughs fazia em sua vida real, e elas dizem, “bem – Burroughs, sabe?”. Ler “Almoço Nu” pode tornar as pessoas mais fortes, mais brilhantes, mais tolerantes, mais engraçadas. Também pode torná-las mais furiosas e mais preconceituosas. Não vejo como alguém que escreva não possa ser influenciado por este livro. Dito isto, ninguém mais pode chegar neste mesmo nível. Se você ler e gostar, não haverá outro lugar para ir além de Burroughs.

Certamente me apropriei de algumas de suas ideias, como a técnica de recorte. E, claro, a temática. É por isso que foi fácil escrever “Walk on The Wild Side” e “Heroin”. Ele podia escrever sobre tudo e, de certa forma, seu mundo surrealista era muito mais real do que o das outras pessoas, e foi isso que atraiu os punks de Nova York, junto a todos os riscos que ele correu para fazer tudo que fez. Tipo assim, como esse cara se transformou da pessoa que era em El Hombre? Como diabos ele vai do ponto A até o X?

Deveriam construir uma estátua para ele”

julho 13, 2019   No Comments

Top 10: Junho de 2019 no Scream & Yell

TOP 10 TEXTOS MAIS LIDOS – JUNHO DE 2019
01) Entrevista: Vladimir Safatle e Fabiana Lian, por Renan Guerra (aqui)
02) Entrevista: Dead Fish, por Bruno Lisboa (aqui)
03) Entrevista: Pin Ups, por Richard Cruz (aqui)
04) Três Livros: Nick Hornby, Sylvia Plath, Lizzy Goodman, por Bruno Capelas (aqui)
05) Re-Mastered, Música e Jornalismo no Netflix, por Karina Lacerda (aqui)
06) Cinema: “Dor e Glória”, de Almodóvar, por Renan Guerra (aqui)
07) Entrevista: O Terno, por Pedro Salgado (aqui)
08) Ao vivo: Premê, por Renan Guerra (aqui)
09) Faixa a faixa: “Macumbas e Catimbós”, por Alessandra Leão (aqui)
10) Três Discos: Zeca Baleiro, Dario Julio & os Franciscanos, Odair José, por Mac (aqui)

DOWNLOAD
01) Selo Scream & Yell: “Dois Lados”, tributo ao Skank -> 13º link (aqui)
02) Selo Scream & Yell: “Sem Palavras II” -> 18º link (aqui)
03) Selo Scream & Yell: Tributo a Belchior -> 20º link (aqui)

VIA GOOGLE
01) Três filmes: “Extraordinário”, “Assassinato no Expresso do Oriente” e “Os Meyerowitz”, por Mac (aqui)
02) Liam Gallagher x Noel Gallagher, por Herbert Moura (aqui)
03) Discografia comentada: Bob Dylan (aqui)

O EDITOR RECOMENDA
01) Primavera Porto 2019, por Thiago Pereira (aqui)
02) Faixa a faixa: O terceiro disco da Jorge Cabeleira (aqui)
03) Ao vivo: Jorge Drexler em SP, por Bruno Capelas (aqui)

TOP 10 2019 – (Cinco meses)
01) Foda-se o Fascismo, diz Jello Biafra  (aqui)
02) Melhores de 2018: Top 7 Scream & Yell  (aqui)
03) Entrevista: Duda Beat, por Renan Guerra (aqui)
04) Selo Scream & Yell: “Dois Lados”, tributo ao Skank (aqui)
05) Como foi o Psicodália 2019, por Rafael Donadio (aqui)
06) Lollapalooza Brasil 2019, por Renan Guerra (aqui)
07) A ironia preguiçosa do Weezer, por Leo Vinhas (aqui)
08) Entrevista: Bernardo Vilhena, por Bruno Capelas (aqui)
09) Discografia comentada: Paul McCartney, por Wilsera (aqui)
10) 11 points de cerveja artesanal em Buenos Aires, por Mac (aqui)

Confira os textos mais lidos no Scream & Yell nos meses anteriores

julho 1, 2019   No Comments