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Banho nas Cataratas do Iguaçu

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A quarta-feira terminou fudidamente quente em Foz do Iguaçu e a quinta-feira não quis deixar por menos, e (felizmente) caprichou no calor: solzão lindo na cabeça, óculos escuros na cara e muito protetor solar na pele que o dia prometia. E foi muito além de nossas expectativas.

Como primeira tarefa de um casal estreante na Tríplice Fronteira, partimos em direção ao obrigatório Parque Nacional do Iguaçu, grande atração turística que se estende por 250 mil hectares de floresta subtropical divididas entre Brasil (Foz do Iguaçu) e Argentina (Missiones).

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O Parque Nacional argentino foi criado em 1934 e o Parque Nacional brasileiro em 1939, na administração do presidente Getúlio Vargas. Os parques tanto brasileiro como argentino passaram a ser considerados Patrimônio da Humanidade em 1984 e 1986, respectivamente. E merecem tal honraria.

A principal vedete do conjunto ecológico são as 275 belíssimas quedas de água que formam as Cataratas do Iguaçu, mas o parque (principalmente de alguns anos para cá) aprendeu a diversificar os passeios, de forma que o visitante pode experimentar a visita de diversas formas.

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A primeira dica especial é simples: compre o ingresso no site oficial (aqui), pois economizará uns 40 minutos de fila na porta do parque (a fila da internet estava absolutamente vazia). O preço varia de acordo com a nacionalidade (estrangeiro, mercosul, brasileiro e moradores da região) e possuidores de cartões Itaú conseguem 50% de desconto (veja aqui).

O ticket lhe dá acesso ao parque com direito a ver a grande estrela: as Cataratas (olhe o mapa do parque). Um ônibus lhe deixa na beira de uma trilha de cerca de 1 quilometro (asfaltada) que vai ambientando o fregues com a experiência: as quedas começam “pequenas” e impressionantes, e até chegar a Garganta do Diabo, a maior das quedas, o queixo do espectador irá cair umas cinco ou seis vezes.

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É meio inexplicável em palavras, e você ainda pode refutar a diversão dizendo “é só água caindo”, mas ainda assim impressiona. Segundo consta, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Eleanor Roosevelt, teria exclamado “Pobre Niágara!” ao se deparar com as Cataratas do Iguaçu. Ainda quero visitar o Niágara (e também as Cataratas Vitória, na África Austral), mas o dia de hoje já valeu essa viagem.

A estrutura do lado brasileiro é exemplar (do lado argentino, na palavra de amigos e de alguns blogs, é mais roots, mas não menos sensacional – leia aqui) e a sensação é bastante especial. Porém, o passeio ainda se divide em diversas atividades que incluem rafting, arborismo, passeios de bike em trilhas e um de barco até dentro de uma das quedas (combos podem ser comprados aqui – e divididos em até seis vezes).

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Neste primeiro dia optamos por este último passeio, o Macuco Safari, de custo elevado (R$ 140 por 1h45 de passeio), mas plenamente satisfatório (a versão argentina, Gran Aventura, custa metade do preço, e é, dizem, mais radical): nada mais é do que subir o leito do rio até próximo das quedas d’água, chegar bem perto de algumas delas, e sair do barco de alma e roupas lavadas. Literalmente tomar banho de cataratas. Inesquecível.

A equipe do parque recomenda não levar câmeras no passeio, mas até rola, desde que você a proteja bem, pois acredite: molha e muito (eles avisam o momento em que o bicho vai pegar). Ainda assim eles fazem algumas fotos que, após o percurso, se interessar, você pode comprar e pedir para enviar por e-mail ou gravar em CD ali mesmo (R$ 12 cada foto, R$ 65 um vídeo de 25 minutos do seu passeio gravado em DVD e entregue no seu hotel/hostel).

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Todos os amigos indicaram o passeio de helicóptero (R$ 180 por 10 minutos), e até planejamos fazer os dois, mas saímos tão felizes e desgastados do Macuco Safari que deixamos o helicóptero para uma outra vez. No entanto, pretendemos voltar até o domingo para fazer a Trilha do Poço Preto (essa aqui). Tomara que sobre tempo.

Todo o desenrolar do dia foi sossegado. Ônibus do centro de Foz de Iguaçu até a porta do parque e vice-versa. Tiramos um cochilo no fim da tarde com o plano de jantarmos em Puerto Iguazu, a cidadezinha argentina de fronteira. Daqui pra lá, ônibus de linha internacional (R$ 4), mas a volta nos pregou uma peça: os ônibus funcionam até aproximadamente às 19h. Voltar só de taxi (R$ 50).

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Ainda assim a visita valeu muito a pena. Compramos seis garrafas de vinho (todos indicados pelo brasileiro de alma portenha Tiago Trigo) por R$ 80, duas cervejas Patagonia por R$ 20 e jantamos no Acva, que o Leonardo tinha indicado (e que um blog também rendia elogios). Ficamos com uma vontade enorme de ficar em um hotel no lado argentino (apesar do inconveniente de mostrar os documentos na Aduana toda vez que ultrapassar a fronteira).

Lili foi de Tempura de Camarão com Perfume de Coco, Guacamole e Molho de Fungui na entrada enquanto optei por Palmito acompanhado de três molhos. Para o prato principal não tive dúvidas: um enorme e inesquecível Oyo de Bife Gratinado com Papa Rustica Rellenos (Batata recheada de queijo e amendoas) enquanto Lili arriscou (e se satisfez) em um peixe Surubi sobre Pure Cremoso de Mandioca, Coco e Gengibre. Noite especial de comidas (compensando o McDonalds de ontem).

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A sexta-feira promete muito: nos planos uma visita rápida ao Paraguai na parte da manhã combinada com um tour na Itaipu Binacional no fim da tarde (esse passeio aqui). Estamos pensando em voltar até Puerto Iguazu para jantarmos (novamente) e visitarmos a feirinha, mas precisamos ver se vamos ter pique. Ainda queremos fazer o passeio do Parque das Aves, no sábado de manhã, e visitar as cataratas argentinas no domingo. Tomara que a gente consiga.

Fotos por Marcelo Costa: http://www.flickr.com/photos/maccosta/

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