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Três filmes que não pretendo ver de novo

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“A Árvore da Vida” (“The Tree of Life”, 2011)
Avaliação dos críticos do Guia da Folha: Amir Labaki deu 1 estrela e atacou: “Majestosa presepada”. Pedro Butcher deu 3 estrelas e cravou: “Belo e ambicioso”. As opiniões de Suzana Amaral e Marina Person também são totalmente contrárias e a única certeza que fica é: preciso ver para ter a minha própria opinião. Eu vi e… odiei. Amigos elogiam a beleza do filme, algo que não me comoveu – e olha que sou assíduo espectador da National Geografic (sério, me desculpe, mas “Soy Cuba” é muito mais bonito, e mais cinema, com menos recursos – 47 anos antes). Outros falam em religiosidade (e ando, cada vez mais, caminhando para o ateísmo, graças a Deus). Fazia tempo que eu não via um filme tão chato. Porém, entendo o Festival de Cannes. A Palma de Ouro é uma carta de intenções e o prêmio precisa representar algo. Desta forma, a vitória de “A Àrvore da Vida” ampara jovens cineastas mostrando-lhes que é possível fazer cinema sem se vender para Hollywood – e ainda assim ter sucesso e respeito. Se tivesse no júri, eu também teria votado em Terrence Mallick (a concorrência não ajudava – que fase, amigo). Mas continuaria achando o filme um grande embuste. Eternamente.

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“Planeta dos Macacos: A Origem” (“Rise of the Planet of the Apes”)
Christopher Nolan é o culpado por toda essa onda de refilmagens que tomou Hollywood nos últimos anos. Após o brilhante “Batman Begins” (2005), uma torneira (que goteja ouro) foi aberta e a Indústria – de olho em modismos – não perdeu tempo. “Planeta dos Macacos: A Origem” é a nova investida e a receita continua dando certo: em quatro semanas em cartaz nos EUA, o filme já faturou 150 milhões de dólares (contra 93 milhões de orçamento), mas o resultado deixou a desejar. Ok, a parte de efeitos visuais é estupenda: os chimpanzés, orangotangos e gorilas criados via computação gráfica parecem absolutamente reais (e, barbada, já devem ter garantido o Oscar da categoria ao filme). Porém, a história moralista e piegas não está à altura dos efeitos seguindo a risca a cartilha de estereótipos: há um cientista bom que busca uma cura para o câncer e o Mal de Alzheimer; e há um cientista mal que irá arruinar tudo por pensar unicamente no dinheiro. Por mais que existam paralelos reais (aids e ebola surgiram de estudos científicos), “Planeta dos Macacos: A Origem” tropeça feio no moralismo de botequim de esquina. Logo tu, Hollywood, quer criticar a ganância? Bocejo.

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“Onde Está a Felicidade” (2011)
Terceira parceria de Bruna Lombardi com o maridão Carlos Alberto Riccelli (ela atua e escreve o roteiro, ele dirige), “Onde Está a Felicidade” é bem intencionado, mas tropeça em erros bobos: 1) o filme é uma comédia (que quer ser romântica beirando o pastelão), mas faltam piadas na história. A trama segue serpenteando pra lá e pra cá, mas pouco se ri. 2) Bruna alonga demais a primeira parte, que deveria servir de ponto de partida para a mudança espiritual de seu personagem. Ela tem um programa de TV, foi demitida e descobriu que o marido a estava traindo virtualmente. Não precisava gastar mais de meia hora nisso. 3) Ao invés de causar empatia no espectador, o roteiro faz dos personagens malandros otários, que, claro, são pegos no final. Apesar da cena magnífica da chegada dos peregrinos em Santiago de Compostela, local em que se passa a segunda parte da história, a opção não funciona porque falta profundidade aos personagens. 4) Não é porque um anunciante investiu uma grana no filme, que você vai colocar a perder toda a parte final da história para satisfazê-lo – como eles fizeram fechando o filme no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí (cujo governo patrocinou a película). Quem sabe o próximo…

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