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FIB 2011, Dia 4

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Se a escalação dos palcos secundários não ajudava nada no quarto e último dia do FIB 2011, o palco principal tornaria-se responsável por dois shows sensacionais. Respeitando o desgaste dos dias anteriores e dedicando-se a dobradinha de destaque do palco principal, a noite do último dia do badalado Festival de Benicassim começou de verdade apenas às 23h do domingo quando Betty Gibbons adentrou o palco com o Portishead.

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A primeira coisa ouvida do palco foi a frase em português que abre “Silence”, primeiro tema do terceiro disco do Portishead. O blues eletrônico sofrido do grupo de Bristol comandando pela voz inacreditável de Beth Gibbons ninou a alma de milhares de espectadores. Os hits foram vindo, um a um, gelando a espinha. “Mysterons”, “Over”, “Sour Times”, “Cowboys” e o hino “Glory Box” mostraram um contraponto depressivo para a alegria do Primal Scream na terceira noite.

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Se a voz e a postura tímida de Beth Gibbons são o destaque óbvio do show (ela agora até brinca com a persona ameaçando pegar o microfone nos intervalos para falar algo ao público, mas sempre se esquivando – no fim do show, surpresa: ela desceu até o fosso para ser tocada pela audiência), o instrumental é dilacerante com Geoff Barrow arrasando nos scratchs e Adrian Utley perfeito nas guitarras e teclados. Vale destacar também o belíssimo trabalho de imagens via telão, que consegue deixar ainda melhor um show perfeito.

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Para fechar a tampa de um dos melhores festivais de 2011, a melhor banda da atualidade sobre um palco. E o Arcade Fire não decepcionou e fez aquele show caótico que parece melhorar ainda mais a cada apresentação (e esta, segundo Win Butler, foi a última da tour “The Suburbs” na Europa). Seja em Chicago, seja no Coachella, seja em Benicassim, a entrega e a felicidade expressa no rosto de cada integrante do grupo impressionam.

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No FIB, a banda mudou ligeiramente a ordem do set list deixando a esporrenta “Month of May” para o meio e abrindo com cinco canções para deixar fã sem respirar: “Ready to Start”, “Keep the Car Running”, “Neighborhood 2 (Laika)”, “No Cars Go” e “Haïti”. Aparentemente, Régine assumiu a bateria principal em um grupo maior de canções, mas o destaque da noite foi o normalmente ensandecido William, que escalou a estrutura do palco durante “Rebellion (Lies)” para tocar seu bumbo metros acima da banda. “Wake Up”, no bis, novamente lembrou uma missa com todos os fãs fiéis erguendo as mãos ao alto e gritando como se isso fosse a última coisa a fazer. Que show.

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O FIB 2011 encerrou sua 17ª edição com a impressionante marca de 200 mil pessoas (média de 50 mil por dia). Os britânicos invadiram a estância turística, mas mesmo com o grande número de pessoas foi possível assistir a todas as apresentações com sossego, comer e beber o que quisesse sem enfrentar longas filas e entrar e sair do festival (inclusive deixando o carro em um estacionamento) sem maiores problemas. Um exemplo de como ganhar dinheiro respeitando os direitos do público. Os ingressos para o ano que vem já estão à venda, mas primeiro é melhor cuidar dos joelhos…

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  – Fotos: Marcelo Costa http://www.flickr.com/photos/maccosta
– Destaques dos quatro dias do FIB 2011, por Marcelo Costa (aqui)

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