CALMANTES COM CHAMPAGNE
Imitação Tosca de Um Blog - Página Principal 
Marcelo Costa

29/06/2005 - 14h59
Imagine a cena: o cara pede o almoço, e enquanto espera o prato, abre o livro que carrega consigo. A comida chega, e fica uns dois minutos em segundo plano. O cara percebe, fica na dúvida entre ler e comer. Lê mais um parágrafo, pára, e decidi alternar umas garfadas com umas olhadas no livro. Por fim, o bife de alcatra vence. Acontece só comigo ou eu sou completamente maluco? Pior. Eu já li o livro que estou lendo. Depois que reli (pela quinta ou sexta vez, não me lembro) O Clube dos Corações Solitários, do Takeda, no começo da semana, na hora de devolver o livro a estante, me deu vontade de reler Ua Brari, do Marcelo Rubens Paiva, um dos meus livros preferidos (e que já li mais de dez vezes e sei trechos inteiros). Preciso terminar o do Paul Auster, o novo do Jô Soares está na fila ao lado do Avenida Dropsie do Will Eisner, do 31 Canções do Nick Hornby e do Contra o Consenso do Reinaldo Azevedo. E tem livro do Salman Rushdie chegando. E eu relendo coisas...

Pensando bem, também está acontecendo o mesmo com DVDs. Tenho ao menos uns dez filmes para assistir em casa, mas desde sexta passada que estou fragmentando Casablanca. Agora já estou nos extras, com direito a documentários e cenas deletadas, mas garanto que, nos últimos quinze anos, vi Casablanca ao menos uma vez por ano. "Nós sempre vamos ter Paris", diz Humphrey Bogart para Ingrid Bergman em certo momento. E como ela é linda. E como esse filme pode ser tão maravilhoso?

Por que será que perdemos tempo com coisas que já conhecemos?

Em música não acontece tanto. Estou viciado no novo do Pato Fu, alterno com o novo do Terminal Guadalupe e hoje entra na briga o Take Fountain, do Wedding Present. Das antigas, neste momento, só Brick By Brick do Iggy Pop. Acordei dia desses com muita vontade de ouvir Pussy Power...

Bem, pensamentos, pensamentos, mas assumo: adoro reler livros. Várias vezes. Shakespeare que o diga...

29/06/2005 - 02h55
Não consegui acordar para ver O Quarteto Fantástico. Mancada. Não sei o que acontece. Sempre me enrolo com o rádio relógio. Tinha certeza que iria despertar...

Entrevista com Mauricio Takara publicada. A do Lobão entra aos pingos no Terra a partir desta manhã. Depois coloco link. São duas nesta quarta e uma outra que guardei pra quinta-feira. Na segunda publico a integra aqui, já que ficou muuuuuuuuuita coisa de fora (deu quase dez páginas de word).

Aliás, qualquer dia desses vou pedir para o pessoal da revista Zero me deixar publicar a integra da entrevista com Nahim, que saiu no número 1 da revista em duas páginas. Se não me engano, quando decupei a fita, eram 14. Preciso achar o arquivo nos meus back-ups pois a entrevista vale. É daquelas antológicas.

No mais, a calmaria volta a aportar por estes lados. Não que esteja sobrando tempo, ao contrário. Mas o coração está mais calmo, e como diria Walter Franco, "tudo é uma questão de manter a mente aberta, a espinha ereta e o coração tranqüilo". :) Aliás, o Pato Fu tem uma versão boa dessa música na trilha sonora do filme Houve Uma Vez Dois Verões, que por sinal é um trilha sensacional...

Já que falamos em Pato Fu, Toda Cura Para Todo Mal já é um dos CDs que mais ouvi neste ano. E se na semana passada, tomado pela melancolia, tive a linda Agridoce como trilha, nesta semana mais calma duas canções brigam pelo posto de número 1: Amendoim e Aeroporto. Vou ficar com a primeira, hoje, que versa sobre a teoria dos setênios que eu falo lá embaixo e é totalmente patofuniana, com um teclado delicioso dando o clima, ótimos riffs de guitarra, e um vocal docinho da Fernanda:

Acho que sou um cachorro sim
Acho que sou um cachorrim
Minha vida vai, um ano contam sete
Rumo ao fim
Acho que ninguém tem dó de mim

Quase não me sobra tempo algum
Não conheço bem lugar nenhum
Fora do trabalho, eu acho essa cidade
Tão ruim
Acho que ninguém tem dó de mim

Todo dia nasce um bebê
Pra dividir a vida com você
Todos os dias vão nascer
Bebês com meia vida pra viver
Todos os dias vão nascer
Ié ié ié!

Sou tão dedicado a ser comum
Anos vão passando um a um
E o tempo pela frente
Comigo é diferente
Conto assim:
Sete, catorze, vinte e um

Todo dia nasce um bebê
Pra dividir a vida com você
Todos os dias vão nascer
Bebês com meia vida pra viver
Todos os dias vão nascer
Ié ié ié!


Eu ia falar alguma coisa, mas esqueci. Deixa pra lá. Bem, na pauta, entrevista com Terminal Guadalupe, a criação do Clube DVD S&Y com um filme do Sergio Bianchi (Cronicamente Inviável), resenhas de Nicotina e vááááários CDs que estou namorando em casa, mas vou ver se escrevo. Ufa. Aliás, não sei se comentei, mas a nova Pipoca Moderna já está nas bancas, com textos meus sobre Closer - Perto Demais e Sonhadores. Na boa, reeditei os dois textos para a revista, tirei uns 2000 toques de cada, e eles ficaram melhores do que os que estão publicados aqui. Isso os textos que mandei, pois, na verdade, o editor precisava de 2 mil toques de Os Sonhadores. O texto que está aqui tem 6 mil. Consegui deixar com 4 mil, e ficou perfeito, melhor que o de 6 mil (risos). Já o Closer nem contei com quantos toques ficou o texto novo...o publicado aqui era grande... fui ali comprar pizza... já volto.

28/06/2005 - 01h01
Já são 1 da manhã, e eu tenho um mundo de coisas pra fazer. E estou enjoado. E a barba está me incomodando. E acabaram os brownies. E o mate gelado. E amanhã de manhã tem cabine de O Quarteto Fantástico. E não acordei para ver Guerra dos Mundos na segunda. E eu preciso de um pouquinho mais de tempo para fazer tudo aquilo que eu quero fazer. Qualquer dia desses enlouqueço. Qualquer dia.

Bem, vou terminar de decupar a entrevista com o M. Takara que já está no final, e ver se consigo publicar ainda esta madrugada no site. Conversei com Lobão por fone nesta tarde, o que quer dizer que tenho mais uma fita para decupar. O grande lobo vai fazer um pocket show "festeiro" (segundo ele) no Ampgalaxy, na madruga de quarta-feira. E adiantou coisas bem bacanas no papo.

E estou enjoado pacas. Sou daqueles que não pode ler dentro de ônibus. Ao sair parece que o estômago quer pular pela boca, e tudo gira. Tudo está girando agora. Eu tinha emprestado O Clube dos Corações Solitários para um amigo, ele devolveu e eu voltei lendo. Não resisti. Agora estou assim, me lembrando dos meus 17 anos, época em que eu fazia isso sempre. Eu comprava os vinis no centro de Taubaté e voltava de ônibus lendo o encarte. Aconteceu com todos os Legião e Engenheiros entre 86 e 92. Eu chegava tão enjoado em casa que não conseguia nem ouvir o disco, mas eu já tinha lido as letras. :) A gente definitivamente não aprende.

Então é isso. Vou lá para a correria. Já volto. Alguém tem um Estomazil por ai?

27/06/2005 - 12h08
Nada como acordar de uma bebedeira sem ressaca e com um banho quente...

Ultramen e Bidê ou Balde se apresentaram no Projeto 2em1 ontem. A Ultramen eu só conhecia dos CDs, e assumo que simpatizo um pouco, mas não ouço. Eles melhoram bastante ao vivo, mas mesmo assim não é a minha praia. Já a Bidê fez a típica apresentação fodaça de sempre. Com um novo batera, convidado, descendo a mão e acelerando as canções, o show foi tremendamente rock'n'roll. A Bidê ao vivo é uma grande dúvida. Nunca se sabe o que pode ocorrer com a banda. No palco, o vocalista Carlinhos e o baixista André se esbarram, caem, pulam, cantam e tocam. Os guitarristas Sá e Pilla e a vocalista Vivi ficam mais na deles. Microfones caem, pedestais quebram, o Carlinhos canta no meio da galera, uma zona altamente rock. Tocaram todos os hits, as canções mais pesadas do repertório e fecharam com K7, que geralmente é a mais pesada do show, mas ficou obscurecida por É Preciso Dar Vazão Aos Sentimentos, Mais Um Dia Sem Ninguém, Buddy Holly, Microondas e, principalmente, E Por Que Não?. Não ia ter bis, mas o público pediu tanto que a banda voltou e tocou uma versão improvisada (com André na bateria) de Devils Haircut, do Beck. Um dos grandes shiws que vi no ano até agora.

Vi Nina em DVD no domingo. Fraquinho, hein.

25/06/2005 - 22h51
"Ser jovem não é desculpa".

Estou organizando as idéias, e enquanto tento juntar meus cacos espalhados por diversos lugares, vou despejando neste post um calhamaço de coisas que estou com vontade de falar. Ou escrever. O que é mais fácil fazer: falar ou escrever? Bem, é mais cinema, mas tem música também, e muuuita melancolia... uma hora passa.

A frase entre aspas que abre o post fica lá pra baixo, ok.

Tive um sonho bonito nesta manhã. Eu entrava na cozinha da minha casa e lá estavam os copos sujos (de leite, sorvete e chá) na pia, a bagunça de caixas de um lado e pedaços azuis do meu coração perto da geladeira. Não entendo nada de sonhos, e nem sei o que significa um coração azul (ou pedaços dele), mas a imagem foi tão surpreendentemente bonita que chorei. Entre lágrimas, e com uma vassoura, recolhi os pedaços com a pá de catar lixo (tão literal) e os joguei dentro de um copo. Acordei com um gosto amargo na boca, e o rosto molhado.

Bem, na madrugada de quinta-feira decidi me render a Clint Eastwood assistindo Os Imperdoáveis, um western que faturou quatro Oscars. Eastwood é foda. Ele consegue pegar um gênero batido e fazer um puta filme sensacional. Nada de finais felizes. Nada de politicamente correto. Simplesmente o amor, a vingança e a dor do jeito que eles são: crus e cruéis. Fui dormir com o dia amanhecendo e querendo ver As Pontes de Madison, mas não sei se resisto.

Estava de folga na sexta. Maldita hora que eu decidi pedir uma folga nesta semana. Desde que a melancolia e a tristeza aportaram por aqui, tenho tentado ao máximo me distrair todo o tempo. É claro que não conseguimos, e por várias vezes me pego parado, sem saber o que fazer, para que lado olhar, por onde guiar meu corpo. A cama é ótima conselheira nestes momentos, porém, chega uma hora que a gente precisa enfrentar o sol, ou no caso de São Paulo nesta semana, o frio. Decidi me esconder dentro de um cinema. Estava dizendo a uma amiga nesta semana que o melhor lugar para se esconder do mundo é um cinema. Uma sala escura, uma tela enorme, tudo pedindo a sua atenção. Passei o dia no cinema, escondido.

Às 14h vi Nicotina, uma produção latina que me lembrou muito um filmezinho indie bonitinho chamado Vamos Nessa. Na verdade, não dá para levar nenhum dos dois a sério. Eles adorariam estar na mesma linha imaginária que um Pulp Fiction, mas ficam uns degraus abaixo. Mesmo assim, vale muito ver Nicotina. Principalmente se você fuma, afinal, fumar é prejudicial à saúde, mas tem coisas que podem ser muito mais prejudiciais do que um cigarro. No fim da tarde fui rever As Mil e Uma Noites do Pasolini. Quem diria que logo Pasolini iria me dar esperanças no amor. As Mil e Uma Noites encerra a Trilogia da Vida do cineasta italiano com muito erotismo, paixão e romance. E sexo, além de uma ou outra cena bizarra. Ali pelas 23h fui ver Sin City numa balada chamada Odisséia de Cinema.

Para que não é de São Paulo, a Odisséia de Cinema é mais ou menos o seguinte: você paga R$ 13 (R$ 6,5 a meia) para ver três filmes durante a madrugada. No saguão do cinema fica rolando uma discotecagem. Tem cerveja, tem vodka, pipoca e coca-cola. E tem os filmes, sendo que um dos três é um filme surpresa escolhido pelos organizadores. Sin City tava na sala 1 com a comédia romântica Em Boa Companhia na sala 2, ambos ainda inéditos no Brasil. Porém, a sala 1 esgotou com tanta rapidez no começo da tarde que os organizadores decidiram colocar Sin City também na sala 2, e jogarem o Em Boa Companhia para a sala 3. Eu e mais um amigo assistimos ao filme na sala 2. Quer saber: sensacional. E totalmente diferente de Batman Begins. Se o mérito do diretor Christopher Nolan foi transformar o personagem Batman em uma pessoa real, o diretor Robert Rodriguez (com uma mãozinha do amigo Tarantino e outra do próprio Frank Miller) foi por um caminho totalmente inverso: ele simplesmente fez do cinema uma página de quadrinhos. E ficou matador. Rodriguez conseguiu os caras mais broncos do cinema para o filme: Michael Madsen, Bruce Willis, Benicio Del Toro, Mickey Rourke, Clive Owen, Rutge Hauer. Escorre ironia do texto sublime de Miller. Assista. Eu vou ver de novo.

Não ficamos para saber qual seria o filme surpresa. Eu estava precisando de uma cerveja. Na verdade, estabeleci que de segunda a quinta me afundo no leite e no mate, que vão acalmar o estômago e prepará-lo para a cerveja de quinta a domingo. Não acordei de ressaca no sábado, mas foi um belo entorpecente. Cheguei em casa e desabei na cama para dormir o melhor sono da semana.

Já deu para perceber que filmes movimentaram a semana por aqui, né. A música ficou em segundo plano, porém o casal John e Fernanda merece menção especial. Toda Cura Para Todo Mal, sétimo disco de inéditas do Pato Fu, traz o mesmo Pato Fu de sempre, poético e irônico sem ser piegas e piadista. Já disse em outras oportunidades, mas se tivesse uma banda eu queria que fosse como o Pato Fu. John e Fernanda (e claro: Ricardo, Xande e agora Lulu Camargo) conseguem mexer com sentimentos sem soarem melosos assim como fazem tosquices sem parecerem exagerados. Não há o que dizer de versos tão simples e tão fortes quanto "As brigas que ganhei, nem um troféu como lembrança eu levei / As brigas que eu perdi, essas sim, eu nunca esqueci, eu nunca esqueci". Toda Cura Para Todo Mal traz estes dois lados da banda de modo exemplar. Porém, com a tristeza e a melancolia habitando esta casa por tempo indeterminado, a canção que ficou nas primeiras audições (e me fez programar o repeat no aparelho) foi Agridoce. A guitarra abre a música e, depois de umas duas audições, parece que vai partir o coração. A voz de Fernanda vem em seguida, trazendo baixo e bateria consigo:

Por que você às vezes
Se faz de ruim?
Tenta me convencer
Que não mereço viver
Que não presto, enfim

Saio em segredo
Você nem vai notar
E assim sem despedida
Saio de sua vida
Tão espetacular

E ao chegar lá fora
Direi que fui embora
E que o mundo já pode se acabar
Pois tudo mais que existe
Só faz lembrar que o triste
Está em todo lugar

E quando acordo cedo
De uma noite sem sal
Sinto o gosto azedo
De uma vida doce
E amarga no final

Saio sem alarde
Sei que já vou tarde
Não tenho pressa
Nada a me esperar
Nenhuma novidade
As ruas da cidade
O mesmo velho mar

E ao chegar lá fora
Direi que fui embora
E que o mundo já pode se acabar
Pois tudo mais que existe
Só faz lembrar que o triste
Está em todo lugar

Respiro fundo, o peito dói, pacas. E é sempre assim...

Porém, enquanto lamentava a minha tristeza olhando pro céu e esperando respostas, tentando acreditar em tudo aquilo que eu acredito, entrei mais uma vez em uma sala de cinema. Filme: A Queda: As Últimas Horas de Hitler. Talvez eu consiga dizer tudo que senti em um texto maior, e mais calmo, depois. Neste momento só lembro que há tempos não vejo um filme que considero obrigatório. A Queda: As Últimas Horas de Hitler deveria ser exibido em colégios e faculdades de todo o mundo. Quando a verdadeira Traudi Junge, a secretária de Hitler, já idosa, surge na tela e diz que foi trabalhar para as nazistas sem saber de tudo o que estava acontecendo (as milhões de mortes) para, logo em seguida, justificar sua culpa com a frase que abre esse post, é impossível não se sentir arrepiado. E culpado. Todos somos culpados pelo mundo que vivemos. Ser jovem não é desculpa. Trabalhar demais não é desculpa. Ter que ganhar dinheiro para sobreviver não é desculpa. Nada é desculpa.

Somos todos culpados.

E eu ainda quero voltar a sorrir... e queria ver o show do Kid Abelha hoje em SP...

Quem precisa de uma cerveja?

22/06/2005 - 01h18

Outro copo de leite abre este post. Na verdade era para abrir a madrugada, e me inspirar a escrever o texto que estou devendo sobre o novo disco do Lobão, mas inspiração é algo que anda em falta por aqui. Está frio e eu queria me enrolar no edredom, fechar a porta do quarto e ficar dias ali. Mais ou menos o que fiz ontem. :)

Bem, nem tudo é cultura pop, muito embora Jack White tenha conseguido me arrancar sorrisos com Little Ghost, faixa cinco de Get Behind Me Satan, um country animado. "Little ghost, little ghost / One I'm scared of the most / Can you scare me up a little bit of love?", canta Jack White. Era mais ou menos 00h40, estava ventando pacas na Faria Lima, em São Paulo, eu esperando o ônibus, imaginando o copo de leite e como eu queria dormir agora e acordar em agosto, mas ri ouvindo Little Ghost. Coisas que só a música pop faz por você.

Get Behind Me Satan, até onde eu ouvi, é o disco menos garageiro dos irmãos White. Preciso ouvir com mais cuidado, para opinar, mas achei interessante até agora. O que também pintou por aqui hoje e animou bastante foi The Bravery. O debute deles, homônimo, é um passo a frente do que faz o Interpol e um dedinho a mais do que faz o Killers. Na verdade, enquanto o Killers é mais melodioso, o Bravery é mais romântico. Acho que até tá para encaixotar essa turma toda numa nova leva de new romantics. Bravery é puro Duran Duran anos 2000. E é bem legal. Boas guitarras.

Domingo tem Bidê ou Balde e Ultramen no Projeto 2em1. Esse é quase certeza eu ir. No fim de semana São Paulo recebe a Festa da Música com shows legais em vários cantos da cidade. Tem Ludov, Relespública, Nação Zumbi, Gram e mais. Nesse eu não garanto. Estão tentando me convencer a ver os Astronautas na sexta, no CCSP. Não gostei do CD deles, quem sabe ao vivo, né. Talvez eu vá. Na verdade, preciso ajeitar umas coisinhas por aqui. Então não liga ser eu der uma sumida do blog. É bem legal ter um cantinho como este. Prometo que não vou me afundar na cerveja. No mínimo, alterno com o leite. Ah, o leite. Preciso terminar o copo. E dormir. zzzzzzzz

Vou escrever sobre o Lobão! Prometo!

21/06/2005 - 01h11
Bem, como eu já não tenho mais idade para ser junkie, e ainda desejo ser um adorável velhinho, tenho um copo de leite ao lado do teclado. Minha mãe iria se orgulhar de mim (e iria festejar as latinhas de cerveja que ainda estão na geladeira).

A revista Bizz vai voltar. Sim, exatamente daquele jeitinho que ela era, mensal, factual, mais barata que estes especiais que estão superlotando bancas. Quem dá as boas novas é o editor Ricardo Alexandre na comuna da revista no Orkut. Confere lá.

A proposito, gostei muito da atitude do Ricardo de abrir um tópico na comuna e falar da revista, ouvir sugestões, idéias, sonhos da turma. A comuna da Bizz no Orkut tem quase 1500 assinantes, a maioria deles formador de opinião. A atitude do Ricardo Alexandre é bastante louvável, corajosa e merece elogios.

Outros dois jornalistas divulgam o line-up do Campari Rock,festival que agitará SP no começo de agosto. Lúcio Ribeiro e André Barcinski estão por trás do projeto que trará aos paulistas a lenda MC5 (agora, MC3) e os novatos do The Kills. Leia mais.

Confesso que o primeiro gole do copo de leite desceu que foi uma maravilha, porém, o finalzinho está traumático. Argh. Vou de torradinhas e a gente se vê por ai.

20/06/2005 - 01h17
Estou bêbado, mas nada que um sorvete de flocos não cure. Espero.

A discotecagem no Projeto 2em1 foi beeeeem legal. No entanto, primeiro os shows: Macacos abriu a noite e o show foi mezzo. Falta a banda punch de palco. Saber o momento de sair. Eles tocaram muito e deixaram uma música apagada para o final, mas foi ok. Um show nota 7. Já o Ludov foi a mesma festa de sempre. Público cantando junto, comoção geral, instrumental impecável. Da Primeira Vez foi foda.

No meu set list, muita improvisação. Se o álcool não atrapalhar a memória, foi assim:

É Preciso Dar Vazão Aos Sentimentos, Bidê ou Balde
You Can't Hurry Love, The Concretes
Copersucar, Autoramas
Somethin' Hot, Afghan Whigs
Más Companias, Sex Beatles
Lugar do Caralho, Wander Wilder (ao vivo no Camalehon)
I Wanna Be Your Dog, Uncle Tupelo
Should I Stay Should I Go?, Mr. David Virner
Because The Night, Patti Smith
Hurt, Nine Inch Nails (Live Version)
Take Me Out, Scissor Sisters
Baby One More Time, Foutains of Wayne
I Fell A Little Space Out, Mutantes
Disco 2000, Nick Cave

Uma menina veio pedir Clash, e eu dei a ela essa versão de Should I Stay Should I Go? que já estava no set list. Outra, após ouvir Hurt, que foi bem festejada na pista, veio pedir Wish, também do Nine Inch Nails, para o Renato, que estava me acompanhando na balada. Dez. O empresário do Ludov ficou imensamente chapado ao ouvir Más Companias enquanto o próprio Habacuque veio perguntar o que era aquela versão de Disco 2000, com o Nick Cave. "Ouvi muito o Different Class", disse o guitarrista. Patti Smith, Wander Wildner e Afghan Whigs também foram celebrados, mas a música que mais trouxe gente às pick-ups foi Take Me Out.

Bem, vou acabar com a taça de sorvete e Casablanca vai ficar para amanhã. Estou bêbado e preciso dormir. Desculpe algum erro de digitação... conserto depois :_)

19/06/ 2005 - 18h46
Ressaca. A gente nunca aprende, né.

DVDs começaram a passear pelo aparelho. O duplo The Kids Are Alright do The Who prova, de uma vez por todas, que não existe e dificilmente irá existir uma banda tão fodaça sobre um palco como eles. Pete Townshend consegue arrancar arrepios só pela maneira com que ele toca um pandeiro em Baba O'Riley. E A Quick One, While He's Away, flagrada no especial Rock and Roll Circus dos Stones, é simplesmente um dos cinco momentos mais incendiários do rock vistos por uma tela. Sensacional.

Uma listinha com cinco tragédias românticas para se ver e aprender: Ligações Perigosas, A Época da Inocência, Minha Amada Imortal, Alta Fidelidade e Casablanca. Ok. Alta Fidelidade é uma comédia romântica, não uma tragédia, mas tem umas boas sacadas. Vou ali devolver os dois primeiros DVDs e dar uma passada no Avenida Clube para juntar, numa mesma discotecagem, Sinatra com Weezer, Terminal Guadalupe com Cowboys Junkies, The Concretes com Johnny Cash, Elvis Costello com Arcade Fire, Wander Wildner com Sex Beatles. Já volto.

Sorvete de flocos na geladeira... e cerveja... e mate com limão.

Para esta semana, entrevista com Mauricio Takara (Hurtmold) e M.I.A.

17/06/2005 - 13h01
Setênios

Assim como as estações marcam o ritmo do planeta, a cada sete anos começam novos ciclos em nossas vidas e eles trazem desafios especiais. Estar em sintonia com eles torna mais fácil aceitar o passado, viver o presente e traçar metas para o futuro. Acordei pensando nisso, hoje. Completo 35 em breve, e meu mundo já está virando de cabeça para baixo. Assusta um pouco, mas também é vital para manter a mente sã, o coração palpitante e a alma jovem. Mudanças. A primeira grande mudança aconteceu, claro, aos 7 anos: a escola. Como bem definiu Alvin L em 21, "as melhores acontecem na escola, mas não na sala de aula". Aos 14 eu consegui meu primeiro emprego. Na verdade era um bico, um trabalho de ajudante em uma banca de revistas na velha rodoviária de Taubaté. Registrado mesmo só foi aos 16, mas trabalhar aos 14 me permitiu comprar meus primeiros discos, e ter meu próprio dinheiro. Saca aquele clichê do primeiro salário? Então, é aquilo. Um dinheiro seu, todinho seu. Lógico que não era uma fortuna, mas deu para ajudar em casa e comprar minhas primeiras coisas totalmente minhas (risos). 7 anos depois, aos 21, eu estava me formando no colegial, após ter parado um ano para servir o exército. Porém, a formatura não foi a coisa mais importante daquele ano. Aos 21 eu quase me casei com a primeira namorada, quase fui pai, e ganhei a gastrite que me acompanha até hoje. Aquilo me levou ao mundo dos adultos pela primeira vez. Fiquei três anos sem estudar e voltei aos 24 para me formar aos 28. Neste mesmo ano voltei a editar uma versão em papel do que hoje é este site. Foi uma das maiores mudanças da minha vida. Um ano de completa dedicação ao S&Y rendeu um convite de trabalho em SP. E aqui estou, as vésperas de fechar mais um ciclo. E começar outro. Sinto saudade dos meus 7 anos, mas eles estão no lugar em que deveriam realmente estar: na memória. Tenho repetido incessamente nos últimos tempos que "viver é acumular tristezas". Porém, preciso dizer que estar vivo é realmente ótimo. E que abrindo este próximo ciclo de 7 anos, quero ter direito ao menos a mais 8 ciclos...

Esse papo todo de ciclos é uma teoria criada pela médica, terapeuta e escritora Gudrun Burkhard com base na antroposofia, a ciência espiritual fundada pelo médico austríaco Rudolf Steiner (1861-1925). Os ciclos de sete anos se chamam setênios...

Ok, ok, ok. Eu bebi demais ontem... só isso.

16/06/2005 - 00h01
Shows, shows e mais shows

Dose dupla do mestre Wander Wildner. Nesta quinta, Wander se apresenta ali na rua paralela a da minha casa, no Café Camalehon. Ele irá se apresentar ao lado da banda Amor Veneris, que conta com a querida Clarah Averbuck. O lugar é super fácil de chegar, o couvert é R$ 10 e se eu conseguir sair a tempo, assisto. Wander disse que o barulho começa à meia-noite. Saiba mais aqui.

Na sexta, Wander Wildner participa do Chat Show do Terra, que é mais ou menos o seguinte: ele toca umas músicas, responde aos internautas, toca outras músicas, responde mais alguns internautas e tal. O show será no estúdio do Terra, às 16h, e dá para assistir por aqui.

No domingo tem Ludov e Macacos no projeto 2em1 do Avenida Clube. Ludov ao vivo contagia pacas. E, de quebra, vou colocar umas baladas no intervalo dos shows só para dar um clima, já que o som é meio ambiente mesmo. Anotou?

Ps: Três novos colaboradores marcam presença no S&Y nesta semana. E como eu descobri que tem gente que vem direto ler o blog, e de vez em quando dá uma passada pelo site, vai a propaganda:

Danilo Corci é um dos editores do Speculum, um dos sites mais interessantes que eu conheço, que além de se dedicarem a falar de cultura pop, também falam de arte e literatura e fotografia, e muito bem. Danilo estréia no S&Y com uma entrevista com a badalada Rádio de Outono. Leia a entrevista e conheça o Speculum.

Gabriela Froes é tradutora e Mestranda em Literaturas de Língua Inglesa. Ótimo papo, a Gabi chega com referência de ser amiga da querídissima colunista S&Y Flávia. Ela estréia com um texto sobre o filme Old Boy, que eu ainda quero ver. Gabi vê algumas semelhanças do filme japônes com o clássico Laranja Mecanica. Leia aqui.

Por fim, Bruno Ondei trabalha na redação do Último Segundo, no iG. Eu já tinha fechado meu texto sobre Batman Begins quando ele ofereceu um texto completíssimo, profissional. Como o filme é bom pacas, e merece ser visto, mesmo que você não curta quadrinhos, decidi publicar as duas resenhas - a minha e a dele - juntas. Por falta de espaço na capa do site, que está cheia de coisas novas, os textos serão destacados só nesta quinta à noite, mas já podem ser lidos aqui.

Por fim, tem coluna nova da querida Dulce Quental no ar. Aqui, ó. :_)

15/06/2005 - 02h59
Mais lançamentos aportam por aqui:

O Jonas foi perfeito quando definiu elogiosamente o novo do Oasis, Don't Believe The Truth, como um disco de rock burro. Não vou dizer que gostei pra caramba do disco, mas é bom. Só achei que faltou um verniz pop. :_) Mesmo assim, Let There Be Love, a baladinha do disco, é melhor que X&Y inteiro. E será que o Lou Reed vai receber uma grana por Mucky Fingers? Putz, ela é pura I Waiting For My Man...

Mighty Rearranger, novo do Robert Plant, não me convenceu. Queria deixar registrado que amo Led Zeppelin. Aprendi a gostar de música ouvindo Led, e dá até para dizer que ouvi primeiro o velho Led do que Clash e Pistols. Tenho um respeito fudido por esse cara, além dele ter realizado um dos dez melhores shows de rock que vi na vida (com Jimmy Page, num desses Hollywood Rock da vida). Porém, esse disco novo é chato. A voz do cara continua ótima, a banda toca certinho, e ele continua com sua fixação por indianas (mulheres e melodias), mas o disco não convence.

Tank, o nome do Asian Dub Foundation, é fodaço.

Porém, o melhor disco de 2005 ainda é Canções Dentro Da Noite Escura do Lobão.

Vi Batman Begins de novo... s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l

Sabe que é a primeira vez na minha vida que eu escrevo sensacional assim? Clichê...

13/06/2005 - 01h09
Mais Coldplay:

Uma das mais sucintas definições sobre a última parte da saga "Star Wars" veio de alguém da Redação: é um dos poucos filmes em que ninguém bebe, ninguém fuma, ninguém faz sexo, ninguém tem vícios. Este "X&Y", terceiro álbum do Coldplay, é o "Star Wars" do pop: não arrisca, não agride, não ofende... e deve arrecadar milhões. "Star Wars", pelo menos, vem com Darth Vader. "X&Y" vem com Chris Martin, sujeito que não bebe, não fuma, não come carne, é casado com Gwyneth Paltrow, tem uma filha chamada Apple e era virgem até os 22 anos. Nada contra o vegetarianismo, o celibato ou o bom-mocismo do Coldplay, mas após a maciça repercussão de "Parachutes" (2000) e "A Rush of Blood to the Head" (2002), esperava-se mais da banda. Martin chegou a dizer, meses atrás, que, com o novo álbum, eles "reinventariam a roda". Mas "X&Y" é um disco quadrado.
Thiago Ney, da Folha de São Paulo. Leia a integra aqui.

Bem, só me resta aplaudir o Thiago. Sou fã dele lá no Orkut (hehehe).

Também quero aproveitar para fazer um mea culpa. Em novembro do ano passado, quando estive em Buenos Aires, ao voltar trouxe na mala um pacote de CDs, muitos que ainda não haviam sido lançados por aqui. Entre eles estava Hot Fuss, do The Killers, que eu deixei passar desapercebido, e o Leo Vinhas traduziu bem em palavras aqui no S&Y. Porém, nesta semana, Hot Fuss caiu novamente no meu disc-man, e viciei. Se eu tivesse ouvido o disco com mais cuidado da primeira vez, com certeza faixas como Jenny Was a Friend of Mine, Mr. Brightside e Somebody Told Me brigariam para entrar na minha listinha de melhores músicas de 2004.

Domingo que vem discotecarei no Avenida Clube, shows de Ludov e Macacos.

Pra fechar: o Terminal Guadalupe estréia site novo e coloca o excelente álbum Vc Vai Perder o Chão para download, na integra. Dá para comprar o disco por R$ 5,00 lá.

11/06/2005 - 15h03
Estava pensando cá com meus botões: com o advento do punk, as fábricas de teclados, pianos e sintetizadores devem ter dado uma balançada, afinal, nada mais antirock em 1977 que tocar em uma banda de rock progressivo. Nada contra o instrumento, mas sim contra a maneira que ele possa ser usado. Corte para junho de 2005: as fábricas devem estar felizes com X&Y, terceiro álbum de inéditas do Coldplay, que mais parece um amontoado de teclados sobre sintetizadores sobre pianos. Nos últimos três dias tentei ouvir o álbum ao menos cinco vezes, e em todas não consegui ouvir na integra. Meloso, pomposo e grandiloqüente até não poder mais, X&Y enjoa, induz ao sono e pode render pesadelos. Uma boa estratégia de marketing seria a marca Prozac colocar junto com uma caixa do produto o CD de brinde, e a recomendação: "Tome um calmente e coloque o disco. Se antes da faixa três você não estiver dormindo, procure um médico. Seu caso é sério". Nas cinco vezes que tentei ouvir o disco, parei na faixa 8, A Message, que pinta ser uma das melhores do álbum, por ser conduzida por inéditos violões. Só que quando chega o refrão, uma avalanche de teclados entra em cena. Dá vontade de malhar o CD na parede. X&Y é sonifero dos bons, e vai vender milhões de cópias. Fará pelo COldplay o que The Joshua Tree fez pelo U2, mas até que Bono e companhia ainda conseguiram cravar uns bons rocks (como Exit) e countrys entre as baladas (e eram boas as baladas) daquele disco. Em X&Y nem isso, nem isso. Decepcionante.

08/06/2005 - 02h03
O Sr. e a Sra. Smith, com Angelina Jolie e Brad Pitt, mais do que um filmaço divertido para a Tela Quente, é uma metáfora perfeita da imperfeição do casamento. Vou tentar colocar as idéias em ordem, após ter passado o dia inteiro visualizando a Angelina, para postar uma resenha do filme que explique melhor a primeira frase.

O amigo Mauricio Teixeira avisa que tem coluna nova lá no iG Jovem. Bem, o Mauricio torce para o São Paulo, e apesar deste pequeno defeito bambi, é um grande cara e manda muito bem em suas colunas sobre futebol, na verdade, um pouco além das quatro linhas. Foi meu boss na minha segunda passagem pelo iG, que, numa comparação bacana, tinha uma redação desencanada e divertida nos moldes do bom e velho NP (sem aquelas chamadas de capa maravilhosas, uma pena). Um sonho se comparado aos dias de jornalismo atuais que tenho vivido. :) Porém, é mais ou menos sobre isso que o Mauricio escreve em sua coluna desta semana: nostalgia. Isso mesmo. Essa mania que temos de achar que o presente é uma porcaria e que o passado é que era bom. Na música pop, porém, os nostalgicos que acham que nunca vai existir uma banda como Beatles tem que dividir espaço com aqueles que acham que a bandinha desconhecida da Groenlândia vai salvar o mundo e é melhor que Beatles e Stones, juntos. Exagero das duas partes, porém, é bom saber que vivemos este momento, e que ele é tão valioso (e muito vezes mais) que os que a gente já viveu. É legal, por exemplo, escrever o que escrevi uns posts atrás sobre o Lobão, dizendo que Canções Dentro da Noite Escura é o melhor disco de sua carreira. É bom saber que o Lobão não parou no tempo, como muito de seus fãs que ainda exigem que ele cante Me Chama nos shows. Nostalgia é um assunto extenso, tanto na música quanto no futebol, mas o Mauricio mandou muito bem em sua coluna, como quando diz que para quem gosta de música, "o rock do Jack White, é muito melhor quando você vê ao vivo, acontecendo". Clap Clap Clap. Dá uma conferida lá.

Mas e a seleção de 82? É nostalgia ou um sonho de que a gente não acordou?

Músicas do momento
O Peso do Mundo, Terminal Guadalupe
Love Is Not Enough, Nine Inch Nails
Tangled Up In Plaid, Queens on The Stone Age
Blanquet, Bloc Party
Boa Noite Cinderela, Lobão

A propósito, sobre lançamentos de CDs, ainda não vai ser desta vez que o dual disc aporta nas lojas brasileiras. Devil & Dust, do Bruce Springsteen, que lá fora só foi lançado no formato dual disc, chega ao País duplo, com a parte de vídeo que viria no dual transportada para um DVD. Isso é bom? Não. Saca o preço: R$ 50. Bom, também aportaram nas lojas os dois álbuns duplos ao vivo de David Bowie da década de 70. A versão nacional, porém, mata a beleza da caixinha de papelão e transporta os disquinhos para a embalagem normal de acrilico. Tá por R$ 50 também. Barato estão os novos de Pato Fu e White Stripes: Mais que R$ 24 é roubo, ok.

Ahhhh, Angelina Jolie.

07/06/2005 - 05h40
A vista está começando a embaçar, o sono tá vindo, mas eu queria vir dar um oi. Dia estranho hoje, dia estranho, e cansativo. Preciso dormir...

O final de semana foi super sossegado. Assisti ao jogo do Brasil ("É amigo, eu dizia"), e ao ótimo Sob o Domínio do Medo, do Sam Peckinpah, com Dustin Hoffman novinho e Susan George deslumbrante. Uma cena de estupro impressiona.

Não fui ao White Stripes no sábado. Eu tinha direito a apenas uma credencial e... credenciei um cinegrafista para o show. Sacumé, o trabalho na frente da diversão. E até acredito que foi tão bacana quanto estão falando por ai. O show que vi no Tim Festival 2003 foi mezzo. Esse deve ter sido melhor, mesmo porque o público de um show em SP é muito melhor do que o público de um show no RJ. É fato. Porém, ainda não ouvi nadica de nada do disco novo. Devo pegar o Get Behid Me Satan nesta terça-feira e a gente conversa depois.

O que já chegou por aqui foi o novo do Nine Inch Nails (With Teeth) e o Lullabies To Paralyze, do Queens on Teh Stone Age. O NIN é bem bom e tô gostando cada vez mais. O QOTSA novo é inferior ao Songs For The Draf, mas ainda assim é muito bom, destacando excelentes riffs de guitarra. Estes dois discos mais os novos de Lobão e Terminal Guadalupe foram a trilha sonora dos últimos dias.

Peguei o ônibus à noite meia-noite e quinze para vir pra casa do trabalho. Atrás de mim, dois caras cantavamCinema Novo, do Gil, no álbum Tropicália 2. "Cara, que letra", dizia um. "Putz, é preciso ouvir muito para entender", comenta o outro. Surpresa total, mesmo. Eu quase sempre ouço pagode de quinta categoria ou então sertanejo romântico nos ônibus. Dia estranho. Paro na única padoca 24 horas da Consolação, pertinho aqui de casa, para pegar duas coxinhas de frango para comer em casa, e lá no fundo do boteco, todos os Cachorro Grande promovem um papo geral. Se não fosse segunda até que eu aparecia lá para uns tragos. Dia estranho.

Gargalhadas improváveis com Marcelo. Emérito bebedor de álcool, como o carrão do Vincent. Mais de três décadas de canalhices simpáticas. É o tipo de cara que poderia engravidar minha irmã virgem, fugir no dia do casamento, aparecer seis meses depois com um bordel, e ainda acharia esse sujeito divertido. Me fez sair da redação cantando "Always look on the bright side of life..."

A divertida definição acima sobre este que vos escreve é do Renato, parceirão meu no Terra, que é conhecido por Moikano e, neste momento, está com o cabelo lilás. Eu queria guardar aqui... :)

No mais, tem um tonelada de CDs bacanas aportando no pedaço. Só hoje, vi nas lojas os novos do Coldplay, Oasis, Raveonettes e Pato Fu. Haja dinheiro e download.

Um copo de sorvete e um Itaipava e eu prometo que vou dormir.

04/06/2005 - 05h40
Bem bom esse novo disco do Nine Inch Nails, bem bom...

03/06/2005 - 02h12
Esqueça tudo que você havia visto de Batman no cinema. Batman Begins coloca todos os outros filmes juntos no chinelo. Pra ter uma idéia, este é um dos poucos filmes em que e saio da sessão para jornalistas querendo ver de novo. E pior: eu não manjo nada de quadrinhos!!! Filmaço, filmaço, filmaço!

02/06/2005 - 03h52
Vou tentar ser direto e rápido, pois tem sessão do novo Batman às 10h e já são quase 4h! Não tô muito afim de dormir no cinema não...

Então, na correria, escrevi um editorial novo para comemorar os 108 mil page views alcançados no mês de maio pelo site.

Tô correndo pra cima e pra baixo ouvindo o novo do Lobão. Repito: disco do ano.

Desculpa não falar do show do White Stripes, mas acho que vou ficar em casa...

E o Dapieve hein? Nas duas últimas semanas ele simplesmente escreveu duas colunas sensacionais para o NoMinimo. A primeira versava sobre o novo disco do Weezer de uma forma tão apaixonada que eu, que estava pensando em sarrear o álbum, encolhi a caneta e passei a bola. Agora ele escreve magistralmente sobre o Audioslave, uma banda que confesso que deixei passar batido no primeiro álbum. Os dois primeiros páragrafos do texto "Isto sim é uma faca" são matadores. Confere. O texto "A nova bênção do Weezer" está na caixa a direita na tela que diz "outras colunas". Vale!

Estou descobrindo o System of a Down. Eles são um Toy Dolls meio doidinho, não?

Pra finalizar, estou há mais ou menos 10 dias para falar sobre o número 64 da revista Rock Press, que acaba de chegar às bancas. Colaborei com a revista durante um bom tempo, ganhando umas capas aqui (REM no Rock In Rio) outras ali (entrevista com Ian McCulloch), sempre sendo recebido de braços abertos. E é com imenso orgulho que escrevo que está Rock Press 64 é uma das melhores edições da revista em sua história. Começa com a capa: "Hurtmold, a melhor banda indie do Brasil". Eu nem gosto tanto de Hurtmold (aliás, sou um dos poucos), mas achei extremamente bacana a Rock Press ter dado capa à eles. Porque para uma revista independente, como é o caso da Rock Press e de várias outras, dar um medalhão na capa ou uma banda nova não vai fazer diferença no fim do mês. Banda famosa não vende revistas, a não ser que a revista esteja sendo anunciada em horário nobre na Globo, ou tenho um esquemão Abril de divulgação (Outdooors, manchetes em outras revistas, cartazes em bancas). Quem compra revista de música no Brasil hoje em dia é gente que gosta e entende de música. É um público fiel, como acredito que é o que a Rock Press tenha. Desta forma, destacar para todo mundo ver o trabalho de uma banda indie não é só louvável como tem ares de revolução. Imagina um chefão de major e um programador de rádio movida a jabá parados em uma banca e olhando pra revista: "Hurt o que?". Uma capa dessas mostra o quanto as grandes gravadoras e os rádios do País estão distantes da música que importa. E o quanto uma revista batalhadora e independente está próxima de seu desejo maior, que é de informar o público sobre coisas legais que fogem do esquemão. E não é só a capa: a banda é destacada em um entrevistão bacana de seis páginas. Além, como sempre, a revista mapeia o bom rock em todo o mundo, passando por Mars Volta, Beck, Kings of Leon e Elvis Costello (com discos dissecados por Carlos Eduardo Lima), pelo New Order (por Marco Antônio Barbosa), por Fiery Furnaces (por Ricardo Schott), Nancyta montando um repertório para um CD (com AC/DC, Patife Band e Stooges, entre outros), e as duas matérias mais bacanas da publicação: João Eduardo Veiga contando a história do Velvet Underground e André Mansur colocando o Defalla na parede para um entrevistão sobre a volta que rendeu OITO páginas. Saca o começo da entrevista:
RP - Vamos lá, Edu. Curto e grosso.
Edu - É o meu.
RP - É por dinheiro ou por amor?
Edu - Nem um nem outro. É por diversão cara...

A revista tá custando R$ 4,90. Ou seja, R$ 10 a menos que a Bizz, e não fala só do passado. Vale. Dá uma sacada na banca da vizinhança, ou dá uma passada na Velvet CDs, ou fala com o pessoal da Rock Press na comunidade da revista no Orkut.

Ufa. Acho que hoje eu durmo feliz...

31/05/2005 - 02h12
Acaba de chegar às lojas, ou melhor, às bancas, o melhor álbum do rock nacional em 2005 até o momento: Canções Dentro da Noite Escura, de Lobão, é denso, tenso, violento e furioso. É quase um A Vida é Doce dentro de um caldeirão de guitarradas metal. A sensacional O Homem-Bomba é a música mais barulhenta do rock nacional nos últimos anos. Boa Noite Cinderela homenageia Cássia Eller com uma letra fodaça:

Um centavo só por uma alma
Uma orquídea por um desalento
Uma abóbora por um detalhe
Um silêncio por qualquer silêncio

Uma cara ao menos por um tapa
Uma rosa por algum espinho
Uma vida só por uma noite
Uma noite por algum carinho

O terror agora é minha fúria
E essa fúria agora é minha malandragem
O terror é minha carroça
Tirando chinfra de carruagem

Por favor, depressa, já é tarde
Teu desejo agora é meu silêncio
Eu só preciso de mais um pouco
Pra me curar desse deserto

Por favor, depressa, já é cedo
Teu silêncio agora é o meu desejo
Eu só queria cantar mais um pouco,
só pra te ter mais um pouco
mais um pouco, um pouco mais
Nessa noite escura

Canções Dentro da Noite Escura periga ser o melhor disco de toda carreira de Lobão. Depois eu falo mais sobre e letra inédita de Cazuza ("Bob Dylan você está invisível", canta Lobão em Seda), da inédita de Júlio Barroso (Quente), da versão de linda Não Quero Seu Perdão (também de Júlio Barroso, que o Barão chegou a gravar no álbum Declare Guerra, de 1984), e das outras dez faixas, todas de Lobão, música e letra.

Disco do ano

Aliás, é possível obter "a coleção completa" da Outracoisa em uma banquinha da 24 de Maio, rua da Galeria do Rock. É a única banca da 24 de Maio, ali na República, mas custa nada dizer que é em frente ao número 188. Todas as edições estão ali pelo preço de capa. Mas as revistas podem ser encomendadas no site oficial...

30/05/20045 - 03h21
Eu tinha um punhado de coisas preparadas para este feriadão de quatro dias que caiu sobre o meu calendário, porém, fui abençoado com a falta de dinheiro. Resultado: acabei ficando em casa, dei uma olhada em uns DVDs, ouvi uns CDs e tomei bastante sorvete. Visitas ao interior vão ficar para os próximos dias.

Entre os DVDs, assisti End of the Century, dito documentário oficial do Ramones, que acaba de ganhar edição nacional. É comovente. Tem horas ali que o coração aperta, e olha que somos todos punks. Esse é daqueles que não basta ver, tem que se ter em casa. Obrigatório. Ainda vou escrever sobre ele.

Também corrigi um erro grosseiro que foi ter perdido Elefante, de Gus Van Sant, no cinema. Assisti ao DVD, adorei a fotografia e gostei muito do filme. Não sei se entraria na minha lista Top Five de 2004, mas é um filmaço. Ainda esbarrei com o bacana Prenda-Me Se For Capaz, de Spilberg, no Telecine, e com o excelente Sexo, Mentiras e Videotape, do Soderbergh, em DVD. Tudo gira em torno de sexo?

Bem, queria escrever mais. Devo um texto caprichado sobre o DVD MTV Apresenta Bandas Gaúchas, que é muito bom, e resenhas curtas de vários CDs, entre eles o bacana tributo ao cantor Alejandro Escovedo, que está saindo no Brasil via Sum Records, e é uma reunião da nata do altcountry. Também tem uma resenha do Cabra-Cega perdida por ai. E entrevista com o Charme Chulo, já feita, só faltando ser editada. Na parte dos livros, dei uma rápida pausa no Paul Auster para me aventurar no futuro livro de uma amiga. Jô Soares já bateu na estante. E ainda tem Avenida Dropsie, do Will Eisner, pedindo espaço. E muitos outros. E preciso dormir.

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Ps. Aproveitei algumas horas livres do feriado para dar uma arrumada em um canto do quarto que já estava me deixando nervoso. Dezenas de caixas cheias de papéis ocupavam o espaço desorganizadamente. Joguei um saco imenso com quilos de papel, que, traduzindo, eram recortes de textos legais de jornais que eu tinha separado entre 1995 e 2003. Foi muita coisa bacana, mas eu preciso dar uma limpada na minha vida. Ainda guardei vários textos, inclusive, quase todos os da seção MATÉRIAS ANTOLÓGICAS. E ainda achei alguns que devem entrar ali. Ainda falta organizar as poesias (são muitas, 80% delas ruins), e milhares de páginas A4 com trocas de emails, anotações, textos e memórias. Isso sem contar as cartas... Como guardamos coisas! Viver é acumular tristezas, derrotas e papéis.

Meu humor está melhorando, mas lembre-se que já já volto ao trabalho. :/

25/05/2005 - 14h42
Tem gente que deve me achar o cara mais estranho do mundo. Virei a madrugada atolado na edição especial do maravilhoso Dirty, do Sonic Youth, que além de oito b-sides, ainda traz doze faixas inéditas, de sessões em 91/92, mesma época do álbum. Porém, acordei com Educação Sentimental, do Kid Abelha, que chegou aqui em casa via Lojas Americanas. O álbum, que estava fora de catálogo em digital há anos, acaba de ser reeditado. Eu tenho o vinil e uma versão tosca em CD que junta os dois primeiros discos, mas me rendi a este relançamento, que reproduz a arte original do disco, e traz as ótimas letras de Leoni. Vou abrir um parágrafo a parte, tá.

Educação Sentimental, lançado em 1986, entra fácil fácil numa lista de melhores discos do rock nacional em todos os tempos. Eu, os amigos Leonardo Vinhas, Racer X (irmão e colunista da versão on paper do S&Y) e Dary Jr., do Terminal Guadalupe, garantimos. Poucos álbuns foram tão fundo nas encanações adolescentes quanto Educação Sentimental, a obra prima de Leoni, que deixou a banda no auge do sucesso do disco. O álbum traz sucessos inquestionáveis (que até pessoas que odeiam a banda sabem as letras de cor) como Lágrimas e Chuva (que falava de suícidio), Os Outros (que rendeu uma belíssima coluna do jornalista Carlos Eduardo Lima aqui no S&Y), Educação Sentimental II (que clona na cara de pau a música London Calling do Clash), e uma versão leve e deliciosa para A Fórmula do Amor, parceria de Leoni com Leo Jaime, que havia ganho as paradas em uma versão do cantor goiano. Porém, sucessos de lado, Educação Sentimental é um disco de ótimas canções renegadas a lados b (tanto na carreira do Kid Abelha quanto de Leoni). As leis de Murphy são o tema de Conspiração Internacional ("A fila que eu escolho vai sempre andar mais devagar / E o troco acaba bem na hora em que vou pagar", canta Leoni), e Um Dia em Cem traz Claudio Infante descendo a mão na bateria para marcar a batida de um funkaço à la Pretenders. A faixa título é um breve resumo de temores adolescentes narrados com maestria por Leoni: "Eu ando tão nervoso pra te escrever os versos mais profundos / Eu roço no seu braço e passo sem mexer, feliz por um segundo / É sempre a mesma cena, é só te ver no corredor, esqueço do meu texto, eu fracasso como ator / Só dou vexame, fico olhando pros seus peitos / Escorrego na escada, acho que assim não vai dar jeito". Duas baladas bonitas (Garotos e Uniformes, esta última outra parceria de Leoni com Leo Jaime), e a grande música do álbum, uma das preferidas de Renato Russo, e minha também:

Amor por Retribuição
"Ovos quentes e café na cama
As suas lágrimas no meu pijama
Você não pode me cobrar
Pelo que deu de graça

Sempre inventando mais provas de amor
E só me abraça pra sentir o efeito
Acho que a sua inspiração
Está em livros de Direito

Talvez eu tenha ganho
Mais que eu tenha dado
Mas contas de amor
Sempre dão errado

Você me lembra histórias do passado
E tudo mais pra eu me sentir culpado...

Amor por retribuição
você só pode estar de brincadeira
Pinguins em cima de geladeiras
Valem tanto quanto um beijo por compaixão
...

É, eu sou um cara estranho. E adoro isso. :)

Acaba de aportar aqui em casa, também, o DVD MTV Apresenta Bandas Gaúchas. Eu já tinha assistindo ao especial, que estréia no domingo, na versão em VHS, que reproduz exatamente o que será passado na telinha. Porém, o DVD traz extras bacanas, e muitas músicas a mais. Vou tentar dissecar rapidamente, tá.

Meu mundo pessoal está um inferno, mas estou feliz, eu acho...
(é, o coração ainda tenta enganar a razão)

24/05/2005 - 01h38
Por que o fim de semana passa tão rápido? Alguns pedaços de torta Miss Daisy, alguns goles de Tubaina (não é Joaninha, mas quebra um galho), pães com mortadela (do barzinho ao lado de casa, o melhor pão com mortadela da cidade), alguns filmes, um episódio de Friends, colo, bolachinhas com patê, biscoitinhos, um golinho de nada em um vinho e toneladas de coca cola, e já era o fim de semana. Ah, ok: também teve compra na FNAC: o DVD Nevermind, do Nirvana, da série Classic Albuns, e a coleção completa (ou seja, os três volumes) da série Deus, do Laerte. E acabou. :/

A Dona Vilma, a mãe mais maravilhosa do mundo, andou tendo pesadelos terríveis com o filho rebelde dela. Ei, alguém em cima, tem como jogar uma luz aqui embaixo? Ao menos, deixem a mãe de fora. Mãe é mãe, mas vamos dar um folguinha pra ela.

Filmes: foram dois em DVD (e tem o Elefante bobeando por aqui). Viagem do Coração (Bon Voyage) foi o primeiro. No verso do DVD, uma informação avisava que ele tinha sido indicado a 11 Cesar (ganhou três). Na boa, não merecia tudo isso não. A história é bonitinha, mas tremendamente ordinária, tendo como pano de fundo a invasão da França pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. O filme é vendido como um drama, mas é um pastiche de comédia romântica. Todos os personagens foram desenhados de forma caricata, e ai não tem Isabelle Adjani e Gérard Depardieu que salvem o filme. Nem a presença de Virginie Ledoyen (a deusa francesinha de A Praia) coloca a trama nos trilhos. Logo na seqüência encarei o senhor Alfred Hitchcock. O Homem Que Sabia Demais, de 1956, é sublime. Hitchcock conduz o espectador por uma história cheia de nuances, que abre espaço para trechos cômicos, mas centra foco no suspense. Bom texto, bela trilha sonora, e ótimas passagens. Nota dez.

A versão especial do sensacional Dirty, do Sonic Youth, é a trilha sonora do caos.
E o Weezer, hein. Resolveu pagar tributo ao Queen em Make Believe
Também vi trechos dos DVDs do Chemical Brothers (Singles) e Moby (18).
Dois clipes para entrar numa listinha Top Ten: Let Forever Be e In This World.

Os paulistanos do Headphone também baixaram no CD player. Um rock com influências de power pop extremamente bem tocado e bem produzido. Guitarras que não se calam para a voz e boas letras marcam o EP homônimo de estréia da banda, que tem à frente Daniel Dias, autor do documentário Música de Trabalho, que foi lançado pela Monstro Discos. A excelente Contradição e Me Perder (Viajar) podem ser baixadas no site oficial do grupo, que ainda traz uma versão ao vivo de Ano Novo e uma cover de Happy, do Travis, ao vivo. http://www.headphoneonline.com.br/ Ainda vou falar mais deles...

21/05/2005 - 01h29
Por que demora tanto para chegar o fim de semana? Lá no fundo da memória ouço Renato Russo cantando Música de Trabalho, faixa do Tempestade, disco proibido para se ouvir em deprê. Eu não o estou ouvindo, mas mesmo assim a canção vem.

Deixa eu corrigir um erro que eu cometi quando falava do EP do Pipodélica. Ele não está em download mais no Senhor F, mas pode ser baixado gratuitamente, no mesmo esquema (com capinha e tal), no site oficial da banda. Acabei de baixar:
http://www.pipodelica.com.br

Tem muito site novo pintando. Dei uma atualizada na capa do S&Y e coloquei lá embaixo links de bandas. Dicas rápidas: O Defalla estréia site novo, bonito pacas, e com várias MP3 para download. Biscoito fino como a versão da banda para Sossego, do Tim Maia, Não Me Mande Flores e Repelente. http://www.defalla.com.br

A queridissima Mariana Davies está colocando seu site no ar. De cara, dá para ouvir os dois álbuns na integra. S&Y recomenda: http://www.marianadavies.com

O melhor álbum de 2004 segundo o Top Seven S&Y também está inteirinho para download no site oficial do Mombojó. http://www.mombojo.com.br

Bem, é isso. Domingo tem Pipodélica e Akira S e as Garotas Que Erraram no Avenida Clube. A gente se encontra lá?

19/05/2005 - 01h57
Febre, mas deixa pra lá. Não nos é dado o direito de ficar chorando sobre o uisque derramado dois dias seguidos. Então, vamos falar de coisas legais.

Os Irmãos Panarotto, novamente travestidos como banda Repolho, estão lançando um EP virtual pela Senhor F Discos. O negócio é simples: você vai no endereço que vai estar no final deste parágrafo, baixa as três músicas, a arte da capa, do selo do CD, e tchantchantchan, você acabará de ter adquirido gratuitamente o EP Single 1, da banda Repolho. Eu já fiz tudo isso ai de cima, mas ainda não ouvi as três cançonetas. Mas faço a indicação apoiado nas opiniões sensatas de Bárbara Lopes e Juliana Zambelo, do site Bscene. Na votação de Melhores de 2004 aqui do S&Y, as duas mocinhas destacaram em suas listas os Irmãos Panarotto. Estou com elas. Porém, detalhe pertinente: o disquinho foi colocado para download no dia 15 e fica disponível gratuitamente até o dia 30. Não vai fazer como eu e lamentar por não ter baixado o da Pipodélica, que está na mesma página, mas o download já era.
http://www.senhorf.com.br/agencia/main-senhorf_virtual_40.jsp

Você já ouviu falar em um tributo especial para o cantor Odair José? Então, bati um papo rápido por email com Sandro Bello, da Allegro Discos, que irá lançar o material. O projeto pinta ser luxuoso e a escalação de bandas é surpreendente. Vinte nomes já estão confirmados, entre eles, Pato Fu, Mundo Livre S/A, Mombojó, Los Pirata, Jumbo Elektro e Picassos Falsos. Tem mais sobre isso aqui. Até agora são 20 bandas fechadas. No entanto, caiu em minha caixa postal uma vigésima primeira dia desses, que foi oferecida aos produtores, e pode pintar no pacote. Uma versão deliciosamente punk pop de Que Saudade de Você. Tomara que entre.

Por fim, em dias de Star Wars III prestes a estrear, retorno ao meu texto sobre o segundo episódio e vejo que é aquilo mesmo, sem tirar nem por. Na verdade, é possível por algo a mais no texto sim: Star Wars é uma fábula dos tempos modernos. O resto eu escrevi três anos atrás. Aqui.

Sabe, até que gostei desse tal de Bloc Party...

18/05/2005 - 03h18
Senta que lá vem história.

Funciona mais ou menos assim. O mau humor aparece, não diz bom dia, se instala, detona o corpo, dá um passeio pelo estômago, faz a cabeça quase explodir, o sono se perder e tudo acaba em melancolia. E tudo que era ira se transforma em tristeza.

A semana começou tremendamente melancólica. Logo na segunda, de manhã, eu estava na fila do caixa eletrônico, na rua de casa, quando uma voz perguntou:
- O que é isso sobre Deus?
A pergunta em questão foi devido ao livro que eu carregava, o maravilhoso Achei Que Meu Passei Fosse DEUS, com histórias coletadas pelo escritor Paul Auster.
- É um livro de contos, respondi.
- Ah, achei que fosse outra coisa, disse a senhora, com olhos que poderiam ser azuis, mas destacavam muito mais o vermelho de um vista cansada e perdida.
- Mas não é um livro de contos normal. Ele junta contos de pessoas comuns, como eu e a senhora, pessoas que não costumam escrever, mas tem algo a dizer.
- Que interessante. Eu tenho muitas histórias para contar. Você já leu esse conto que dá nome ao livro?, perguntou.
- Não, ainda não cheguei nele.
- Achei o título interessante...
- A senhora acredita em Deus?

- Não, meu filho. Como eu posso acreditar em Deus estando no estado em que estou? Eu não tenho nada na minha vida, nunca tive. Na verdade, eu já morri. Só esqueci de morrer. Só esqueci de morrer. Esqueci.
Na voz dela, nenhum rancor. Apenas lamento. Naquele instante, senti algo se quebrar dentro de mim. Por mais que eu quisesse ajudar, o que eu poderia fazer? Nada me veio a cabeça, e tirar uma nota da carteira me pareceu a coisa mais abjeta a se fazer, como se eu fizesse parte daquele grupo de pessoas que paga para não ser incomodado pela miséria do mundo. Dinheiro não compra nem paga a felicidade. Ela havia acabado de me confessar algo sério. E um pouco de mim morreu ali ao lado dela, devagarinho. Ela continuou a conversar com alguém que estava atrás de mim. Algo sobre Deus. É possível acreditar em Deus?

Viver é acumular derrotas e tristezas. E saber conviver dignamente com isso.

Me desculpa a tristeza, caro leitor.

Quase no final de Jerry Maguire, uma sensacional comédia romântica para homens, o grande Cameron Crowe faz Tom Cruise se declarar a Renée Zellweger em uma cena de fazer partir corações (e vários diálogos são replicados sobre uma versão esplendorosa de Secret Garden, de Bruce Springesteen). Porém, quase no final da cena, o personagem de Cruise, com câmera focando os olhos, declara: "Vivemos em um mundo cínico. Um mundo cínico. E trabalhamos em um ramo concorrido". A narrativa pára. O personagem desiste de completa-la. É uma das centenas de passagens do cinema que guardo comigo. "Vivemos em um mundo cínico".

Estou cansando do meu trabalho. Estou cansado de pessoas idiotas. Entrego a minha alma numa bandeja e não basta. Nunca basta. E é isso que faz o corpo ceder. Primeiro o mau humor se instala. Depois a impotência em relação as coisas faz a tristeza tomar conta. É fodidamente ciclíco. E é bom que seja assim. Essa é uma maneira de manter os sonhos vivos, de não se render a idiotia, de não fazer o jogo deles. Mas dói, pacas. Mas passa, sempre passa. Demora alguns dias, mas, em tempos de Guerra nas Estrelas chegando aos cinemas, nada melhor a dizer do que "a força está conosco". Hoje estou fraco, e assumo com os olhos marejados. Porém, sei que amanhã estarei sorrindo, buscando um novo caminho, que me tire deste lugar infeliz em que estou. A magia é acreditar sempre. Não desistir. E sonhar. Sonhar...

PAUSA

Estou me encaminhando para o final de Achei Que Meu Passei Fosse Deus, que já é um dos cinco livros mais especiais de tudo que li na vida. Estou em um capítulo traiçoeiro, cuja temática é a MORTE, e assumo que, no auge dessa trsiteza que tomou conta de mim desde que acordei hoje, ao ler um dos contos no ponto de ônibus nesta tarde fui obrigado a recorrer ao "cisco no olho". Porém, não se assuste com o tema MORTE. Antes dele, passei pela tema ANIMAIS (que traz o meu conto preferido até agora, Rascal), OBJETOS, FAMÍLIAS, SLAPSTICK (explico quando escrever a resenha), ESTRANHOS, GUERRA e AMOR. Ainda tenho pela frente dois capítulos: SONHOS e MEDITAÇÕES. E escolhi, das 212 histórias do livro (e dentre as 170 que li até o momento) uma de AMOR para fechar este post. Ela é simples, como o próprio livro, e como a vida deveria ser, se não complicássemos tanto o mundo.

Uma Lição de Amor

Minha primeira garota foi Doris Sherman. Ela era uma verdadeira beleza, com cabelos pretos crespos e olhos negros faiscantes. Suas longas madeixas flutuavam e dançavam ao vento sempre que eu corria atrás dela no playground durante o recreio da escola rural que freqüentávamos. Tínhamos sete anos de idade e éramos supervisionados pela srta. Bridges, que batia em nossos rostos pela mais mínima infração.

Aos meus olhos, Doris era a garota mais atraente da minha classe de primeiro e segundo graus combinados e decidi conquistar seu coração da maneira febril de um enamorado de sete anos. A competição pelo afeto de Doris era forte. Mas eu era destemido e fui finalmente recompensado por minha persistência.

Em um dia perfumado de primavera, achei um distintivo de lata no playground. Deveria ser um distintivo de eleição (talvez de F.D.R.). A frente ainda estava brilhante e lustrosa mas no outro lado já havia sinais de ferrugem. Com pouca hesitação, decidi oferecer o tesouro recém-descoberto a Doris como prova do meu amor. Ao oferecer o distintivo (com o lado brilhante para cima) com a palma da mão aberta, pude perceber que ela ficou impressionada. Seus olhos negros brilharam e ela o tomou rapidamente da minha mão. Então vieram estas palavras memoráveis. Olhando direto nos meus olhos e sussurando em tom solene, ela disse: "Alvin, se você quiser que eu seja a sua garota, a partir de agora você deve me dar tudo o que achar".

Lembro de ter meditado sobre aquilo. Em 1935, um único centavo era uma pequena fortuna para um menino da minha idade e circunstância. E se eu achasse alguma coisa realmente importante, como uma moeda de cinco centavos? Poderia escondê-la de Doris, ou lhe diria que achara um centavo e guardaria um lucro de quatro centavos para mim? Será que Doris fizera o mesmo trato com meus rivais? Ela poderia se tornar a garota mais rica da escola.

Diante de todas essas questões, minha consideração por Doris sofreu um lento declínio. Se ela tivesse pedido cinqüenta por cento, poderíamos negociar. Mas sua exigência imperiosa de tudo em um momento tão precoce do nosso relacionamento cortou-o pela raiz.

Então, Doris, onde quer quer você esteja e quem quer que você seja, eu gostaria de agradecer por minhas primeiras lições de amor - e, o que é mais importante, por aquele complicado equilíbrio da equação amor-economia. Também quero que você saiba que, de vez em quando, ao cochilar, uma vez mais corro atrás de você no pátio da escola, tentando agarrar suas madeixas negras e dançantes.

Alvin Rosser
Sparta, Nova Jersey

***

Bem, desculpa pelo desabafo, obrigado pela companhia, hora de dormir.

16/05/2005 - 12h33
Ivan Santos, do OAEOZ, avisa: Dizem foi disponibilizada para download junto a entrevista que a banda concedeu a Fernando Rosa, do Senhor F. Vai lá, confere a entrevista e ouça a melhor balada do ano. Senhor F e Scream & Yell recomendam.

Sono e péssimo humor rondam a casa. Tá foda, muito foda.

14/05/2005 - 23h16
Uma das coisas que mais me orgulham é quando publico um texto que realmente me chapa. Gosto de praticamente tudo que publico aqui no Scream, mas vez em quando alguns textos especiais acabam funcionando como uma válvula de escape, exibindo coisas que penso, mas que não escrevi. É quando eu sinto que este pequeno veículo de informação em que se transformou o site Scream & Yell tem muita coisa legal a acrescentar nesse mundão de Deus. Nos últimos dias, dois textos me conquistaram de certa maneira que me pego pensando neles sempre. Primeiro foi a coluna da queridissima Dulce Quental, um misto de poesia e sonhos e lucidez que comove. Segundo foi o texto que o amigo Drex escreveu sobre A Cruzada. Ainda não vi o filme, mas a maneira com que o Drex argumenta é brilhante. Com a razão em primeiro plano, ele escreve um dos melhores textos de cinema postados neste site.
Dois textos para serem lidos:

A Cruzada, por Drex Alvarez
Em Paris, Cancun ou Rio, a revolução somos nós!, por Dulce Quental

Post Perdido
Quando criei a página 4 deste blog, no começo do mês, perdi um post. Recrio ele aqui com a memória falhando, mas lembrando que era um post sobre downloads.

O Poléxia, uma das melhores bandas de Curitiba em um ano que o rock de Curitiba promete ser o melhor do País, libera a integra de seu álbum de estréia, O Avesso, para download no site oficial da banda. A definição, logo na página de abertura do site, diz muita coisa: "pop alternativo". http://www.polexia.com.br/
O caminho é simples. Entra no site, clica no item 2, e a página que abre já traz um link para o download das 14 músicas. Dicas: Aos Garotos de Aluguel e Melhor Assim.

Ainda em Curitiba, aproveite e conheça a banda Charme Chulo, que preguicosamente pode ser resumida como "Smiths + viola caipira". Eles são mais que isso, e você pode conferir pelas cinco faixas do EP Você Sabe Muito Bem Onde Eu Estou, que está disponível na integra no Trama Virtual. http://www.tramavirtual.com.br/charme
Dicas: as excelentes Piada Cruel e Polaca Azeda.

Já que estamos ganhando MP3 de bandas curitibanas na faixa, aproveita e de uma passada no Trama Virtual e baixe Esquimó por Acidente, uma das melhores músicas de 2005 até o momento, e primeiro single do álbum Vc Vai Perder o Chão, do Terminal Guadalupe. http://www.tramavirtual.com.br/terminal

Por fim, chegue no OAEOZ, baixe a roqueira Lembranças (Não Valem Nada), e, se gostar, escreve pro Ivan e pede para ele disponibilizar também a balada mais linda deste primeiro semestre, Dizem. http://www.tramavirtual.com.br/oaeoz.

09/05/2005 - 14h33
Eu queria contar com mais detalhes como foi a divertídissima entrega do Prêmio Claro de Música Independente, mas isso é conversa de boteco. O S&Y não ganhou, nem ficou entre os cinco primeiros, mas estar ali foi bem divertido. A quantidade de micos, a variedade de gafes, e as hilariantes performances dos premiados valeram a noite, que terminou em vodka, muita vodka. Acredite: pela primeira vez em meus 34 anos precisei recorrer a glicose na veia para levantar e trabalhar no dia seguinte. Rock. De resto, Lobão fez a festa levando prêmio como Personalidade do Ano, pela melhor revista Outracoisa, e paralelamente com a vitória da Cachorro Grande na categoria rock. Tem mais algum prêmio paralelo ligado ao grande lobo, mas estou me esquecendo. Black Alien levou por disco de rap. O Angra por disco de metal. Zé Maria por disco de música eletrônica. O Alto Falante por melhor programa de TV. A Rádio Ipanema, de Porto Alegre, como melhor emissora. O Whiplash como melhor site. O Abril Pro Rock como melhor festival. O Hangar 100 como melhor casa de shows.

Ainda estou meio sequelado, não esquenta.

09/05/2003 - 14h33
Fim de semana de sopas e brownies. Continua frio.

Revi Full Frontal no DVD e ainda o acho um filme bem dos medianos, até confuso. Tão confuso que as cenas deletadas que engordam a edição em DVD explicam muito do filme. Aliás, a edição em DVD vem caprichada com várias coisas interessantes, mas o filme é mediano. Só.

Vi Cabra-Cega no cinema. Bem bom, bem bom!

Será que maio e junho vão ser os meses do rock na Billboard? Entre 23 de maio e 13 de junho aportam nas lojas mundiais (será que chega ao Brasil no mesmo dia?) cinco pesos-pesados da música mundial. No dia 23/05 será lançado Demon Days, do Gorillaz. No dia 30 será a vez de Don't Believe The Truth, do Oasis (mais de 185 pessoas estão na fila esperando o disco no Kazaa). No dia 06 de junho, White Stripes e Coldplay aportam nas lojas com Get Behind Me Satan e X&Y. Na semana seguinte, 13/06, será a vez do Foo Fighters mostrar ao mundo o duplo In Your Honor. Quer dar uma conferida na capa dos cinco discos? Olha aqui.

06/05/2005 - 21h25
Estou sendo atropelado pelos dias, mas passei para dar um oi. Oi! :_)

Peguei o CDR do Wander ao vivo no Camalehon. Vinte e uma músicas, voz e violão. Cool. E eu não fui ao show, mas já soube que teve muita coisa legal. Neste CDR tem clássicos de Wander solo, e, de brinde, Surfista Calhorda. Uma nota: dez.

Tava passeando pela web em busca do tal show do Franz Ferdinand que acompanha o primeiro CD e, não é que eu encotnrei um site com dezenas de MP3 da banda, incluindo a integra dos shows em Glastonburry e no sensacional programa francês Black Sessions. Tá aqui ó: http://www.franzferdinand.8k.com/v6/audio.html

04/05/2005 - 11h58
Eu estava fazendo uma busca para ver se encontrava novamente a música de Damon Rice, da trilha sonora de Closer - Perto Demais, e acabei encontrando um vídeo dele ao vivo, em um sessão da AOL. Está aqui.

04/05/2005 - 00h01
A partir desta data, passo a fazer parte do bacana núcleo de colaboradores do site Cinefília, aumentando uma parceira que já existe desde junho de 2003. Porém, o que era uma via de mão única, agora se torna mão dupla. Assim, além de ser possível ler textos do staff do Cinefília aqui no S&Y, como era praxe, agora o Cinefília terá textos deste que vos escreve. Uma das vantagens do Cinefilia é dedicar-se exclusivamente ao cinema, enquanto a gente tenta abraçar o mundo. Outra boa diferença é que lá é possível comentar os textos dos colaboradores, algo que faz muita falta aqui e só é resolvido por e-mail ou MSN. :_) Quero aproveitar e agradecer publicamente o amigo e xará Miranda pelo convite. Valeu meu caro. http://www.canalcinefilia.com.br/

As meninas do 2Neurônio avisam: "homens são adolescentes até os 35 anos". Isso quer dizer que eu só tenho alguns meses de molecagem? É sério? Sorry, baby. Não dá. Pode colocar mais uns cinco mil dias na minha conta... de bônus.

03/05/2004 - 02h34
Me desculpe. O mês de maio chegou e eu nem para dar as caras por aqui. No entanto, tô com frio, sono e dor de cabeça (e Lou Reed insiste em microfonar na caixa de som que fica exatamente ao lado do computador, em casa, catzo). :_)

Ordem no caos, e sem muitas novidades pra contar. A caixa negra de b-sides de Nick Cave comanda as coisas por estes lados depois que o Kid Abelha foi parar na estante com seu ótimo Pega Vida. Já passei da metade do livro de Paul Auster e a minha audição continua na mesma. Segundo os exames, apesar dos problemas que eu já conhecia, o resto continua tudo igual. Então posso continuar ouvindo meu discman em último volume pelas ruas de São Paulo.

Estou precisando aprender flash... catzo... eu queria só escrever...

Também estou fervendo de idéias conspiratórias, mas se desse caldeirão sair uma versão impressa do S&Y acompanhada de CD acho que está pra lá de bom.

Frio.

A Nicole Kidman é linda, hein.

Tô delirando, né. Tudo bem. Coisas sérias. O S&Y fechou o mês novamente em alta. Eu achei que fosse escrever este mês lá em cima na capa do site "Mais de 100 mil page views", mas ficará para o mês que vem, se tudo der certo. Neste mês alcançamos a importante marca de 40 mil usuários únicos (40.369, para ser mais exato, contra 36.891 de março). E tivemos 98.615 páginas vistas em abril contra 92.964 em março. Estou bêbado de sono, de frio e de vodka, e queria ainda escrever minhas impressões sobre a caixa do Nirvana, mas vai ficar para amanhã. Estou cansando, mas feliz. E queria poder me dedicar muito mais a este site. Será que chega o dia? Enquanto ele não chega, fique com o meu abraço. E o meu sonho. :_)


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