CALMANTES COM CHAMPAGNE
Imitação Tosca de Um Blog - Página 1
Marcelo Costa

28/09/2004 - 8h33

Dia de folga, por aqui, é dia de trabalho. Aproveitei o dia para acertar as resenhas de Kill Bill Volume 2 e A Vila. Ainda tenho um novo texto de Leonardo Vinhas e textos sobre literatura de Leonardo Barbosa Rossato (que já escreveu sobre Pergunte ao Pó para o S&Y).

No fim das contas, não consegui finalizar os textos sobre o Wonkavision (entrevista com Grazy e Will) e Nação Zumbi (papo com Jorge, Lucio e Nino) nem ver os filmes que eu tinha alugado na locadora. Na verdade, encontrei tempo para um mergulho na piscina do Sesc e tentei encontrar a dupla Lado Z, Márcio e Alex, em vão.

O legal foi que, lá pelas 22h, perdido na Augusta esperando os amigos, acabei achando alguns CDs que eu estava atrás há muito tempo. O primeiro foi o Atrás do Porto Tem Uma Cidade, terceiro álbum da carreira de Rita Lee, de 1974, e, a rigor, primeiro álbum realmente solo dela (sem a participação de nenhum mutante). Este disco estava fora de catalago, custando cerca de R$ 40 na Galeria do Rock, mas acabou de ser relançado (assim como o primeirão dos Mutantes e o clássico Lóki do Arnaldo Baptista). Estão custando na faixa de R$ 15 nas lojas honestas. Com Atrás do Porto Tem Uma Cidade completo a minha coleção da titia Rita. É, provavelmente, o disco mais rock dela, amparado em Stones, Beatles e maconha.

Outra aquisição bacana foi A Banda dos Contentes, último disco da fase hippie de Erasmo Carlos. Eu também queria o Carlos, Erasmo, mas está complicado achar esse e comprar o box do cara é foda (complicado aguentar a carreira dele nos anos 80). A Banda dos Contentes traz a matadora Filho Único, a excelente Paralelas de Belchior, algumas parcerias com o Rei Roberto e três faixas bônus nesta reedição.

Por último, peguei um duplo do Frank Zappa que eu namorava há tempos. The Best Band You Never Heard In Your Life é um álbum duplo ao vivo que registra alguns shows da turnê européia de Zappa de 87/88. Traz, entre outras coisas, as malucas e surreais versões do mestre para Sunshine of Your Love, Purple Haze e, mama mia, Stairway To Heaven. São 28 músicas por... R$ 24. :_)

Supla e Paulo Miklos fizeram os shows mais fracos do projeto Um Banquinho e Rock'n'Roll, no CCBB. Enquanto Leo Jaime contou piadas, Kiko Zambianchi mostrou exímia técnica ao violão, Clemente tocou hinos punk ao violão, Marcelo Nova mostrou a inédita (e matadora) Balada do Perdedor, Fábio Golfetti não falou nada e Edgard Scandurra relembrou carreira solo e Rolling Stones, em uma pungente versão de As Tears Go By, Supla entrou lembrando Elvis (Trouble), fez uma versão emocore ao violão de Imagine (Lennon), encarnou Billy Idol em Dancing With Myself e relembrou os anos 80 com duas boas versões acústicas de Humanos e Garota de Berlim. Papai Suplicy olhava tudo atento, umas duas fileiras a frente. Já Paulo Miklos mostrou apenas canções de seu primeiro (e cult) disco solo que, a rigor, só tem quatro faixas boas. Dessa forma, ele mostrou as boas A Mesma Praça, Ele Vai Se Vender e De Quem São As Cidades?, esquecendo a bela A Paz é Inútil Para Nós. No total, ponto para o CCBB, palco de grandes momentos do rock nacional neste setembro que termina com calor insuportável.


27/09/2004 - 11h14

Era para eu ter postado algo aqui na sexta-feira, mas enchi a cara com alguns amigos e a ressaca foi violenta no sábado. E eu estava de plantão (sente o drama).

Então, aproveito uma folga em uma plena terça-feira calorenta para dar uma passadinha aqui e deixar um oi.

Oi.

Se o Morrissey não vier para cá, estou afim de ir até a Argentina. Alguém tem dicas legais, preços de pacotes bacanas, coisas assim para me passar?

Em casa, Mariana Davies continua cantando bem. Logo teremos entrevista. Alias, conversei com a Nação Zumbi no meio da tarde da semana passada. Eles iriam fazer um show fechado no projeto Trama Universitário e eu cheguei atrasado para a entrevista. Resultado: vou ter que ter um bom ouvido para decifrar as respostas do Jorge e do Lucio em meio aos tambores na passagem de som. Mas foi legal.

Wonkavision é outra banda que deve aportar logo por aqui. Papo com Will e Grazy.

Neste exato momento ouço Libertines. Tô curtindo

E, continuando o box Elis Tranversal do Tempo, a bola da vez é Falso Brilhante, de 1976, talvez o disco mais roqueiro em concepção da Pimentinha. Abre com duas pérolas matadoras de Belchior (Como Nossos Pais e Velha Roupa Colorida), traz canções em castelhano (Los Hermanos e Gracias a La Vida), a versão de estúdio de Fascinação e a maravilhosa Tatuagem, de Chico Buarque e Ruy Guerra. Excelente.

O Blemish está reeditando o single King Kong, que agora traz uma bela arte e a inédita Hermit's Cocktail junto a faixa título e Broken Mirror. Só falta os caras aparecerem por aqui com o novo show. O Blemish é uma das melhores bandas brasileiras em cima de um palco. Grifo de quem já viu dezenas de shows dos caras.

Para fechar, assisti O Declínio do Império Americano, filme que deu origem As Invasões Bárbaras: ambos sensacionais.

Vou ali ver o Supla cantar com o Paulo Miklos no CCBB e já volto.


20/09/2004 - 10h01

Começo de semana punk por aqui, e não tem nada a ver com o show do Replicantes que eu vi no sábado...

Bem, cositas rápidas:

Mombojó - O show era para a gravação do DVD da banda. Foi muito bom, até melhor que o CD, embora ao vivo, o passeio do grupo por diversos estilos acabe soando caricato em alguns momentos. Gente bonita, o charme do teatro do Itaú Cultural, participação da vocalista do Comadre Fulozinha e versões para (a matadora) Juízo Final, de Nelson Cavaquinho, e Amor de Muito de Chico Science e Nação Zumbi.

Os Replicantes - O Hangar 110 é um muquifo, mas o um muquifo estiloso pra caralho. Nas paredes do bar, cartazes de shows de 1981, 1982. Na galera, punks, skatistas, tatuados, tatuadas e tudo mais ouvem a avalanche de barulho que vem das caixas. Cheguei na metado do show do Biônica, engracadinho e só. Quando Os Replicantes pisaram no palco, a festa movida a pogo, copos d'agua para o alto e canções cantadas em coro começou a ganhar ares de antológico. Duas inéditas abriram o show e ferveram a molecada, mas quando a linha de baixo de Sandina se fez soar, a casa quase veio abaixo. A "fila" para subir ao palco e pular nos braços da galera não deu descanso aos assistentes do local. Wander Wildner mostrou entrosamento com o trio, interpretações alucinadas para as canções e muito pique para comandar a festa. "Eu queria dedicar a próxima música para as três bandas que tocaram antes de nós. Isso é que é uma festa. Quatro bandas de quatro estilos diferentes no mesmo lugar. Isso é rock'n'roll", elogiou o vocalista. Foi a deixa para que Festa Punk transformasse o local em uma área tão violenta quanto a faixa de Gaza. Lindo. Após a apresentação, nos camarins, Wander comemorava o fato da banda ter apresentado sete das vinte e uma músicas novas. "Dessas, 12 estão no novo disco", informa o vocalista, que ainda encontrou pique para elogiar o novo clipe da Bidê ou Balde ("Eles estão mais rock agora. Eu já gostava antes, imagina agora") e avisar que o Replicantes Em Teste será distribuido pela Trama Independete.

Ainda tinha Relespública tocando covers do The Who na Outs, Superphones se apresentando na Funhouse, e Wado e MQN juntos no Sesc Pompéia, mas eu já não tinha mais pique. Foi chegar em casa, quase 1h da manhã, pedir uma lazanha e dormir.

No domingo vi A Vila. Melhor que Sinais, pior que Corpo Fechado. Vale mais como metáfora do que como suspense.

Disco do fim de semana: I Smell Voodoo EP do Dawn of the Replicants, a melhor banda escocesa dos últimos anos (grifo do Lúcio Ribeiro em uma versão on paper do S&Y que eu assino embaixo). Mary Louise é do (sensacional) álbum 1 Head 2 Arms 2 Legs. As outras três faixas do EP são inéditas: uma demôniaca e ensandecida versão para Balad of a Thin Man (Dylan) e duas canções com acento mais soul (nos moldes do Afghan Whigs), Myrrh Tingle e Dual Converter. Matador.

Vou ali respirar, já volto.

17/09/2004 - 20h29

Cantem comigo: "Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja". Ops. Tá, passou o surto, mas vamos comemorar: fim de semana livre é algo raro por aqui. (depois ficam testemunhando no Orkut que eu ando desaparecido... sei, sei, sei) risos

Outro dia acordando próximo ao meio dia. Ufa, quase dormi no ônibus também, mas Neil Young não deixou. Everbody's Rockin' fez a festa em meu discman nesta tarde. Roooock. Após ter comprado o vinil, em 1991, e trocado um dia depois pelo Comes a Time (discaço), eis que Everbody's Rockin' volta ao meu mundo faiscando.

Também passou por aqui outro disco da Elis (vocês vão me ouvir falar da moça durante um booom tempo). O terceiro disco que ouvi do box Transversal do Tempo foi Elis (1977), um álbum que destaca uma produção e arranjos impecáveis, mas faltam canções. O disco abre com a excelente Caxanga, de Milton e Fernando Brant. Bituca dá uma força nos vocais do fim da canção. Colagem, a seguinte, é um country estilizado. As canções se sucedem, destacando mais os arranjos do que as interpretações e as letras.

Ironia das ironias: o grande sucesso do disco é Romaria, de e com Renato Teixeira. O arranjo é simples, contrastando com as outras músicas do disco e destacando a belíssima letra deste clássico caipira. A Dama do Apocalipse traz um lindo arranjo de violino e Ivan e Lucinha Lins participam da outra grande canção do álbum, Cartomante. O disco fecha com Transversal do Tempo, a música.

Hoje tirei uma hora para passear por sebos. Consegui achar o In The Attic do R.E.M., uma edição especial da EMI apenas com canções que sairam em singles e compilações durante a fase IRS do grupo de Michael Stipe. Vale por Dream (All I Have To Do (da trilha do filme Athens: GA Inside Out), Tired of Singing Trouble e versões acústicas de One I Love e Time After Time. Peguei ainda o Unplugged do Clapton (roubaram o meu) e I Just Wasn't Made For These Times do Brian Wilson.

Brian Wilson, PJ Harvey, Primal Scream, Picassos Falsos, Libertines, 2many DJs: a gente vai se ver no Tim Festival, não vai?

Neste fim de semana pretendo ver Wander e Mombojó. Se você ficar em casa, faz um favor: assiste o Altas Horas e vê o Arnaldo Baptista. O cara é uma das atrações do programa. E é uma lenda. :_)

Para terminar: estou com fome. Alguém ai quer pizza?


16/09/2004 - 23h11

Folgas e Shows

Não consegui ver A Vila ontem. Talvez no fim de semana, quem sabe. Após virar algumas madrugadas acordado, ontem o corpo pediu as contas. Entrei às 7h para abrir a lojinha no trabalho, o que significa que acordei às 5h30 lá no centro de São Paulo. Fui dormir, após a correria do dia, à 1h30 da manhã. Nesta quinta teriam duas cabines bacanas, entre elas, Depois do Entardecer, às 11h. Acordei ao meio dia. Porém, acordei ao meio dia inteiro, bem humorado. Do capítulo que versa sobre "Coisas que só uma noite bem dormida pode fazer por você".

Nada de muito legal hoje por aqui. Alguns CDs bacanas engordam a coleção: a dobradinha Just Enough Education To Perform e You Gotta Go Theme To Come Back do Stereophonics. O primeiro (terceiro deles na discografia oficial) todo mundo detona. O segundo (quarto) todo mundo elogia. Eu tinha parado no Cocktails, mas tanto gente me falou do último disco deles que resolvi pegar os dois. Se não gostar passo os quatro. (ok, o primeirão é bacana e eu fico).

Também peguei o Under The Western Freeway do Grandaddy que eu tinha em CDR (nada como um CD original). E minha coleção oficial do Neil Young está quase completa, com Everbody's Rockin' (1983). Eu já tinha comprado esse disco em vinil, uns quinze anos atrás, e devolvido. É um daqueles discos dos anos 80 em que o Neil Young pega uma banda de um estilo diferente do seu, se traveste de frontman, e manda bala. A banda, aqui, é a The Shoking Pinks. O estilo é o rockabilly. Na capa, Neil Young posa de guitarra e brilhantina. O disco traz covers para Mystery Train e Rainin' In My Heart e da última vez que ouvi, em 1991, não curti. Vamos ver agora. Com este disco, só faltam o Trans (o disco eletrônico do Neil) e o Arc (23 minutos de microfonia e só).

Também peguei o DVD de 24 Hours Party People...

Boa notícia: Leonardo Vinhas está voltando! Já sugeriu três pautas e logo tem texto dele na casa (clap clap clap). Alias, amanhã prometo postar matérias novas.

Agora, mais descansado (e com a conta no vermelho), é possível pensar nos agitos de fim de semana. O Mombojó faz duas apresentações gratuitas no Itaú Cultural da Avenida Paulista, nesta sexta e sábado. Tom Zé está inaugurando o espaço cultural da Galeria Olido (quase ao lado da Galeria do Rock) com quatro shows. Começou na quarta e vai até o sábado. E sábadão tem Os Replicantes no Hangar 110.
Devo ir no Mombojó no so sábado e, de lá, sair correndo para ver o Replicantes. Cruzo os dedos para que dê certo. Depois, uma balada para amaciar a alma, afinal, ESSE É O MEU FIM DE SEMANA DE FOLGA. (risos)

Descanse em paz, velho Johnny, descanse em paz


15/09/2004 - 14h45

Vi Colateral ontem e vou tentar ver A Vila hoje. Achava difícil eu gostar de Colateral, e estava certo. Os clichês batem ponto, apesar do diretor Michael Mann ter conseguido abrir mão de vários que podiam estar no filme, principalmente no final. Mesmo assim, nota 6. E o Tom Cruise até manda bem. Depois exponho melhor isso em uma resenha.

Chega às bancas na próxima sexta-feira o primeiro número da revista Pipoca Moderna, de Marcel Plasse. Com enfoque em cinema e DVD, a revista traz Star Wars na capa e destaca Kill Bill, Alien vs. Predador, Pato Donald, Twin Peaks e Elvis Presley. Duas matérias minhas engordam a publicação: um especial sobre o box de cinco DVDs da Mulher Maravilha e uma resenha do novo CD do Prodigy.

Disco do dia: Transversal do Tempo, Elis Regina, 1978. Comprei a caixa de 21 CDs de mesmo nome e, assim como leio revistas, comecei a audição: de traz para frente. Elis Especial de 1979 é bonzinho, mas não me impressionou. Porém, Transversal do Tempo é sensacional. Além da ligação afetiva (me vejo menino vendo meus pais ouvirem e cantarem esse disco), Transversal do Tempo é musicalmente imperdível. Abre com a famosa versão de Elis para Fascinação, segue com três faixas afiadas e contundentes (Sinal Fechado, Deus Lhe Pague e O Rancho da Goiabada, com excertos de Construção) e quando entra Saudosa Maloca, é difícil de conter as lágrimas. Gravado ao vivo nos dias 06 e 09 de abril de 1978, Tranversal do Tempo é clássico e imperdível.

Outracoisa com Arnaldo Baptista nas bancas. Escrevi algo para o Terra. Confira.

14/09/2004 - 00h25
Insônia

Depois de passar dois dias virando madrugada em coberturas de festivais (Pop Rock, em MG - Sonarsound, em SP) e dormindo de dia, fica difícil colocar o sono no lugar certo: no travesseiro. Passei a noite passada como um zumbi e, lá pelas tantas, desisti: peguei o DVD do filme Trapaceiros, do Woody Allen, e fui rever. É interessante quando a gente despe o olhar crítico e assiste o filme por assistir. Ainda o acho um filme banal, mas é divertido.

Dia cansativo, um pouco de açai (yep, eu adoro), quase nada de música, e pequenas curiosidades para colocar o S&Y nos eixos. A capa principal está atualizada, mas a lista de texto é a do ano passado e as subcapas continuam nas mesmas. Vou arrumando enquanto a insônia me visita, prometo. No mais, curiosidades legais: na comunidade S&Y do Orkut, os novos discos de Wilco e Morrissey estão sendo apontados como os Melhores de 2004, enquanto Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças disparou na lista de Melhor filme da temporada. Um tópico interessante foram os dos textos preferidos de cada pessoa aqui no S&Y. Abaixo segue uma listinha dos mais citados, tá.

A Teoria de Alison, por Miguel F. Luna
Brincando de Seduzir, por Marcelo Costa
As Teorias do Mestre Opala, por Eduardo Palandi
S&Y Copa Awards, por Juliano Costa e Martín Fernandez
"Alternativo" A QUÊ?, de Leonardo Vinhas
Quando o Rock Fala ao Coração, Álvaro Pereira Jr.
Neil Young no Rock in Rio 3, por Marcelo Costa
Um adolescente nos anos 80, por André Takeda
Ohana, por Flávia B. Boudou
Uma Década em Quinze Filmes, por Marcelo Costa
Buffalo Tom, por Leonardo Vinhas
Eu Queria Entender o Silêncio, por Marcelo Costa

13/09/2004 - 00h54
Colocando ordem na casa

Estou quebrado. É sério. Tô de saco cheio do trabalho, mas como a grande maioria, preciso trabalhar para pagar o aluguel, a comida e os vícios. São quase 1h da manhã de domingo para segunda e, bem, decidi colocar em prática o plano de voltar a capa do S&Y ao modo antigo. Isso se deu mais por eu estar publicando resenhas longas no blog, ao invés de ficar postando notinhas. Aqueles textos mereciam um espaço só deles e, bem, lá estão. Assim, este espaço deverá funcionar realmente como um blog, algo que nunca tive. Então se prepare para ouvir dezenas de reclamações... eu ando ranzinza pacas. Porém, com certeza, alguma coisa útil deve aparecer por aqui. Eu ainda devo tar uma arrumada neste espaço. As resenhas de CDs devem ir para a parte de resenhas. Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças ganhará um texto digno ao filme maravilhoso que é. Falando nisso, as próximas coisas que devem pintar por aqui são Hanif Kureishi (O Corpo e Outras Histórias: começou bom, tá mezzo), Wonkavision (estou absurdamente viciado no début da banda), uma entrevista com o DJ Anderson Soares, e Nação Zumbi (o DVD), Nervoso (Saudade Das Minhas Lembranças), o filme sobre a turnê dos Doces Bárbaros (beeeem legal), e mais uma ou outra cosita, tá.

NOVIDADES
Música
Em Casa
Always Outnumbered, Never Outgunned, Prodigy
Faithless Street, Whiskeytown
Daydream Nation, Sonic Youth

No Disc Man
Tranversal do Tempo, Elis Regina
Tyrannosaurus Hives, The Hives
Wonkavision, Wonkavision

Música do Momento
O Bom Veneno, Nervoso
Spitfire, Prodigy
Comprimidos, Wonkavision

Filmes
Os Dóces Bárbaros (CINEMA) – Boas músicas, algumas viagens e grandes histórias.
Propagando, Nação Zumbi (DVD) - Eu apareço em uns dois trechos... (risos)

Livros
O Corpo e Outras Histórias, Hanif Kureishi - Bom romance, contos medianos.
O Banquete, Caco Galhardo e Marcelo Mirisola - Aninha, Ângela e Eugênia... ufa.

02/08/2004 - 21h40
CURTINHAS
Lasciva Lula lança clipe de Olívia Lik
Terminal Guadalupe pode regravar Perla em novo CD
Bidê ou Balde finaliza gravações do terceiro álbum
Hurtmold lança novo CD e agenda shows
Wander Wildner e Replicantes gravam novo CD

27/07/2004 - 00h15
NOVIDADES
Música
Em Casa
In Exile Deo, Juliana Hatfield
Seychelles, Seychelles
Melhor Assim, Poléxia

No Disc Man
Nadadenovo, Mombojó
Enchante, Margaret Doll Rod
Tramplin, Patti Smith

Música do Momento
Papel, Seychelles
O Bom Veneno, Nervoso
A Visita, Nervoso

Filmes
Shrek 2 (CINEMA) – Eu acho que eu vi um gatinho...
Estranhas Ligações (CINEMA) – David Lynch à espanhola
Pelé Eterno (CINEMA) – Se fossem só os gols...
Cazuza – O Tempo Não Pára (CINEMA) – Deveria ser Cazuza – Exagerado
O Outro Lado da Cama (DVD) – Sexo, amor, traição e canções
Dolls (DVD) – A vida é um teatro (de bonecos)
Shrek 1 (DVD) – Vale ver de novo só pelos extras...
Aniversário de Casamento (DVD) – Com quantos E se faz uma festa de arromba
Introduzindo a Drum Bass no Brasil (DVD) – Uma aula de boas idéias

25/07/2004 - 23h10

The Who 4, Roberto Carlos 2, Ira! 1
A passagem dos curitibanos da Relespública por São Paulo foi celebrada com doses cavalares do bom e velho rock and roll. O trio Fabio Elias (vocal e guitarra), Emanuel Moon (bateria) e Ricardo Bastos (baixo) mostrou as canções do excelente álbum As Histórias São Iguais, com destaque para Garoa e Solidão, Nunca Mais, Boatos de Bar e A Fumaça é Melhor Que o Ar, cover para uma música dos primórdios do Ira!, nunca lançada pelo grupo paulista. A Reles ainda incendiou o público com uma dobradinha do Rei Roberto, Eu Sou Terrível e Se Você Pensa, está última com participação de Rafael, vocalista do Acústicos e Valvulados. E, para o bis, um quarteto matador de canções do The Who para ficar na história da Funhouse, em São Paulo: My Generation, Shakin Over, A Quick One While He’s Away e Won't Get Fooled Again encerraram, com chave de ouro, um show matador.

O rock de Curitiba em dez discos


13/07/2004 - 5h30

Walverdes prepara novo disco
A banda gaúcha Walverdes está finalizando o novo CD, sucessor do elogiado Anticontrole, lançado pela Monstro Discos em 2002. Em entrevista ao Terra, o vocalista/guitarrista Gustavo "Mini" Bittencourt disse que o trabalho está bem avançado. "Já estamos com 80% do disco novo composto. Estamos terminando mais umas 3 ou 4 músicas", contou Mini.
Saiba mais e ouça a matadora Refrões ao Lado/Classe Média Baixa Records.

Wander Wildner
A passagem de Wander Wildner por SP, neste último fim de semana, me deixou rouco, uma ressaca de cerveja no plantão de domingo, uma foto nova para o Orkut (essa abaixo) e um rombo de R$ 60 pilas no cartão de crédito da amada. Mas foi divertidamente rock and roll. Wander tocou com a banda que o acompanhou em Bueno Dias, o que quer dizer que mestre Jimi Joe estava presente. O som estava muito bom e a decoração do bar do Hotel Cambridge é excelente para shows de rock. Parabéns para a Fernanda, que organiza shows no espaço. Faltaram muitas músicas (sempre faltam, não?), mas foi bacanaço. O amigo André, da banda McQuade, contou que a apresentação de Wander em Araraquara também foi de tirar o chapéu.


Compromisso em Araraquara
Na sexta-feira, este que vos escreve aporta em Araraquara para um bate papo sobre a cena independente brasileira. O evento, que faz parte do excelente festival Araraquara Rock 2004 (e que contou com shows de Wander Wildner, Inocentes e Cachorro Grande, entre outras muitas bandas bacanas) está acontecendo no teatro do Sesc Araraquara. Na minha pauta, um dedinho de prosa sobre fanzines, e-zines e imprensa musical. Barbara Lopes e Katia Abreu, do Bscene, já liberaram alguns exemplares da versão impressa do site. Devo levar alguns Cardoso On Paper (versão impressa do Cardoso Online) e outros badulaques. O evento está sendo organizado pela Secretaria Municipal de Cultura de Araraquara - FUNDART.

06/07/2004 - 08h51


Eu sou um cara passional, fudidamente passional. Em música, então, nem se fale. Tenho CDs de bandas que desgosto teoricamente, mas servem para matar o tempo (todos vocês sabem que na prática, a teoria é outra, certo) entre uma taça de vinho, uma noite mal-dormida e a eterna vontade de mandar as obrigações para o espaço. Entretenimento, manja? Bem, tudo vai por água abaixo quando me apaixono por um disco. Apaixonar-se por um disco, hoje em dia, é algo tão raro quanto encontrar uma nota de R$ 10 perdida na rua. E o melhor é que, ao contrário da analogia, você não fica pensando no azarado que perdeu a grana: você apenas sorri, aperta o repeat e flutua em sua órbita pessoal. Todas essas bobagens que eu disse (e que dariam para encher um caminhão, segundo Nei Lisboa) estão ancoradas em apenas um motivo: eu estou apaixonado por um disco. Não é um disco novo, destes que você vai esbarrar nas bancas de jornais, nem na capa da NME. É um disco de 2000, que não foi lançado no Brasil, que não lembro de ter ganhado muito destaque naquele ano e que passou totalmente desapercebido para mim. Lembro que, quase dois anos atrás, vi um show deles, aqui em São Paulo, sentado na primeira fila do teatro do Sesc Vila Mariana. A apresentação foi belíssima, com um toque inesquecível que, naqueles dias estranhos, não conseguiu ser totalmente decifrada pelo meu coração, eternamente atropelado pelo mundo moderno. O cara, loirinho, fazia piadas a todo o momento, contrastando com a melancolia de sua voz... e das músicas. A garota, morena, alternava-se entre o baixo, um harmonium e o microfone, enquanto um guitarrista japonês soltava riffs abafados que flutuavam pelo ar como fumaça de cigarro sob uma névoa de luzes. O loirinho atende pelo nome de Damon Krukowski. A garota se chama Naomi Yang. Juntos, eles formam o Damon & Naomi. Michio Kurihara, guitarrista do grupo Ghost, estava excursionando com o duo, que mostrava canções do álbum singelamente chamado Damon & Naomi With Ghost. Lançado em 2000 pela Sub Pop, Damon & Naomi With Ghost é de uma beleza rara na música pop. A melancolia transborda das caixas de som, sem resvalar um momento que seja na pieguice. The Mirror Phase, a faixa que abre o disco, é de uma covardia atroz. Como é que esses caras fazem uma música dessas e o mundo não derrete como flocos de neve nas calçadas de Ipanema? O melhor momento de guitarras surge na longa Tanka, com um crescendo mortífero. E tem cover do Big Star (a baladinha Blue Moon, do cultuado Third/Sister Lovers). E tem uma belíssima capa. E tem a vantagem de ser atemporal. Foi gravado quatro anos atrás, mas poderia ter sido ontem. Ou amanhã. O tempo não importa. O que importa é a música. Eu já devo ter te perguntado isso, caro leitor, mas não custa nada perguntar de novo: você já se apaixonou por um disco?

Show do Damon & Naomi With Ghost em São Paulo

No Pique de Nova York
Eu sei, o título não ajuda. Se eu disser que é uma tola comédia de costumes, talvez você pare de ler exatamente aqui, certo. Eu precisava correr o risco. Embora o título chinfrim e o formato "mais pose que conteúdo"não credenciem, New York Minute é uma deliciosa comédia teen novaiorquina. Estrelado pelas irmãs Olsen (Ashley e Mary-Kate – sim, esta última é a que foi internada por anorexia dias atrás), o filme consegue se safar do roteiro banal por não se levar a sério. As doses de exagero em New York Minute salvam o filme da mesmice. E divertem. A história é aquilo de sempre: irmã CDF não suporta irmã PREGUIÇA. Irmã CDF tem um discurso que vale uma bolsa para Oxford. Irmã PREGUIÇA tem a gravação de um clipe de uma das bandas do momento. Nisso, as duas acabam se enroscando uma no dia-a-dia da outra e, bingo, temos uma comédia de costumes. A distribuidora deverá vender o filme no Brasil como a estréia cinematográfica de Jack Osbourne. Não leve a sério. Ele faz só uma pontinha de nada. A dupla dinâmica Olsen vale a pipoca desta deliciosa e tola comédia pop. Afinal, o mundo não é feito apenas de Dogville...

Mais
Caetano, Paulinho da Viola e Los Hermanos cantam hinos de futebol
Franz Ferdinand ganha remix do Daft Punk

NOVIDADES
No Disc Man
Shibuya-Kei, coletânea by Bárbara Lopes
Sonic Nurse, Sonic Youth

Em Casa
Damon & Naomi With Ghost, Damon & Naomi With Ghost
As Próximas Horas Serão Muito Boas, Cachorro Grande

Música do Momento
Take Me Out – Daft Punk Remix, Franz Ferdinand
Sal de Fruta/Burocracia Romântica, Poléxia com Dary Jr.

Livro
Adoniran, Uma Biografia, Celso de Campos Júnior

Filmes
Crepúsculos dos Deuses (CINEMA) – O sensacional Billy Wilder
Escola do Rock (DVD) – Esperava mais, mais, bem mais
Encantadora de Baleias (DVD) – Não me encantou
Os Vigaristas (DVD) – Filme menor de Nicolas Cage e Ridley Scott
Profissão de Risco (DVD) – A boca de drogas do Zé Pequeno, versão EUA

02/07/2004 - 20h10
O rock nacional renasce em Curitiba
Quase onze anos atrás, em setembro de 1993, uma matéria de quatro páginas na principal revista de música do país (a finada Bizz) atestava que Curitiba estava inundando de sangue fresco o rock nacional. Apelidada de "Novos Vampiros", a cena curitibana de 93 acabou ficando à margem, enquanto surgia o mangue beat (atraindo a mídia) e o forrocore dos Raimundos se transformava em sucesso de vendas (atraindo o público). Muita coisa aconteceu desde então, e em tempos de maré braba na indústria, as luzes voltam-se para a "cidade modelo" novamente. Vários grupos da cidade - da MPB ao punk, do reggae ao psychobilly - conseguem mostrar que ainda é possível fazer boa música no Brasil.
Confira um dossiê sobre a cena curitibana, com entrevistas, videoclipes, áudio de músicas e mais. Clique aqui


22/06/2004 - 22h42
Pixies, Pixies e mais Pixes

1) Bam Thwok, a primeira música inédita do Pixies em 13 anos, já está na Web. A música foi lançada na terça-feira, apenas para venda no site iTunes Music Store, da Apple, por 99 centavos de dólar. Como o serviço só é operado nos Estados Unidos, só residentes do território norte-americano podem comprar a música. Leia mais

2) Desde que Black Francis (Frank Black) e Kim Deal decidiram reviver os bons tempos do Pixies, a banda já se apresentou 17 vezes. A primeira aconteceu no Fine Line Music Café, em Minneapolis, nos Estados Unidos, dia 13 de abril. A última no festival brasileiro Curitiba Pop Festival, dia 05 de maio. Destes 17 shows, 16 foram gravados em CDs duplos e vendidos para o público logo após o show, com tiragem de mil cópias. Apenas o show do Brasil não foi 'vendido' e o show do Festival Coachella teve uma tiragem superior, de duas mil cópias. Leia mais


NOVIDADES
No discman
Loaded - Fully Loaded Version do Velvet Underground
Gigante do Capital Inicial
Velvet Revolver do Velvet Revolver

Em Casa
Gilberto Gil 1968 do Gilberto Gil
Third/Sister Lovers do Big Star
Set do ALex Chilton

Músicas do Momento
Homem Mosca do Criaturas
Metida Demais do Faichecleres

Livro
Adoniran de Celso de Campos Jr.

Filme
O Homem Que Não Estava Lá (DVD) - Irmãos Coen voltam no tempo.
Plata Quemada (DVD) - Pior que Nove Rainhas, melhor que Kamchatka.


16/06/2004 - 11h45

NOVIDADES
No discman
Jupiter Maça e os Pereiras Azuiz do Jupiter Maça
Loose Screw do Pretenders
Novos Sons Fora do Eixo Vol. 1, coletânea com bandas de Curitiba

Em Casa
Franz Ferdinand do Franz Ferdinand
As Histórias São Iguais da Relespública
Polly A Olympia, da Polly Jean Harvey

Músicas do Momento
Céu Sem Cor da Pelebrói Não Sei?
O Bêbado de Ulisses da Terminal Guadalupe
Hurt com Johnyy Cash

Livro
Adoniran de Celso de Campos Jr.

Filme
Samba Riachão (cinema) - Toda a beleza do samba.
Diários de Motocicleta (cinema) - Poderia ser menos piegas.
O Sentido da Vida (DVD) - É Monty Python. Precisa dizer mais?


15/06/2004 - 6h59
Ludov
Uma das maiores sensações do meio independente nacional da atualidade, com shows lotados e público cantando junto as canções do grupo, o Ludov começa a chamar a atenção das rádios e da MTV. Canções como Dois a Rodar e Trânsito já figuram na programação de emissoras como a Brasil 2000 e o videoclipe de Princesa está em sétimo lugar no Disk MTV, parada diária da emissora. Veja o videoclipe e confira, ainda, três vídeos do Ludov ao vivo no Blen Blen, em São Paulo. Leia mais.


26/04/2004 - 06h37
Skol Beats

Neste final de semana rolou o Skol Beats em São Paulo. Basement Jaxx mostrou suíngue enquanto o Fischerspooner trouxe roupas, ironias e dançarinas. Bem, eu fico com a música, combinado. Muito embora, não tenha jeito: para mim, Marky será eternamente o nome do festival. A primeira vez que o vi no Skol Beats, acho que em 2002, foi lindo (o cara fez chover - mesmo - dentro da tenda). Um set dançante, suave, e com excelenets viradas. Este ano ele veio muito mais porrada. O começo da discotecagem, com o público urrando e pulando muito, já entrou para os momentos inesquecíveis que a música me proporcionou na vida. Arrepiante.
Saiba mais

César Camargo Mariano

Andei conversando com o pianista César Camargo Mariano. Quando estava indo para a entrevista, marcada para às 18h de uma quarta-feira, imaginava um papo rápido de, no máximo 20 minutos. A conversa durou 1 hora e meia e foi muuuuuuito legal. O primeiro link que vou colocar abaixo é o do primeiro trecho da entrevista em vídeo (publiquei nove trechos). Depois, o material em texto, tá.

PS - Ainda faltam alguns trechos em vídeo que devem ir ao ar nesta semana, sobre o relançamento do clássico Elis e Tom, um dos dez discos mais importantes da MPB.

Em vídeo - César Camargo Mariano fala sobre o DVD Piano e Voz
Em texto - César Camargo Mariano analisa a carreira de Maria Rita
Em texto - "Sinto saudade de botequim", diz César Camargo Mariano


19/04/2004 - 19h38
São Paulo teve neste fim de semana um excelente festival de rock. Tudo bem que tinha mais purpurina que atitude, que tinha mais tatuagens que guitarras. O que vale é a excelente idéia da Prefeitura de São Paulo abrir espaço para a cena. O que fica? O harcore continua mandando bala. Deu baile nos rock setentistas com o Nitrominds, embora o Thee Butchers' Orchestra tenha feito seu básico e excelente show bagaceiro e rock em alto volume. E o Los Pirata também mandou bem na abertura, mas, impossível não ressaltar que a banda esteja presa no som que está fazendo. Eles tocam muito mais que aquilo, mas estão se prendendo na caricatura. Mesmo assim, é muito cedo para dizer se isso é bom ou ruim. O que é certo é que tanto Me Gusta, Paloma quanto a cover de Blackbird valeram o show.

Cena independente celebra o rock e a chuva em SP
Leia mais e veja fotos


11/04/2004 - 07h51
Entrevista com Ciro, baixista da banda goiana NEM


06/04/2004 - 06h42
Eric Burdon grava três canções de Marcelo Nova em novo disco

04/04/2004 - 02h21
Mundo Livre S/A, Piores do Ano e Lars Von Trier


O Mundo Livre S/A, um dos três grupos fundamentais da música brasileira em atividade (independente de qual sejam os outros dois) colocou uma música nova para download gratuíto no site da Trama. É a versão demo de Dogville, Coleiras e Bombeiros, canção inspirada em uma correlação do maravilhoso filme de Lars Von Trier com a não menos maravilhosa Luma de Oliveira. "Quando assisti Dogville, percebi uma coincidência", explica Fred Zeroquatro, líder da banda. "Quando o Lars Von Trier criou a personagem da Nicole Kidman, nunca ia imaginar que uma pessoa da alta sociedade brasileira se exibisse publicamente usando uma coleira", comenta. A música, climática, suave, dançante, gostosa e abrasileirada, está liberada para download gratuíto até o dia 14/04. Vai lá, baixa.

Um dos sites mais bacanas da internet brasileira, o Abacaxi Atômico já começou a recolher votos para a tão aguardada eleição de PIORES DO ANO. Eu votei, mesmo sabendo que os Engenheiros do Hawaii devem papar a maioria dos prêmios. Quero deixar registrado aqui meu protesto. (hehehe) O disco Dançando no Campo Minado não é dos melhores trabalhos da banda, mas traz de três a cinco faixas muito boas. Preta Gil, Carlito Marrom e Tihuana são bem piores. Mesmo assim, vota lá vai. :o)

Para fechar os posts desta madrugada, Dogville. Eu devo fazer parte da minoria esmagadora de pessas que não saiu chorando da sala de cinema após ver Dançando no Escuro, filme anterior de Lars Von Trier, que trazia Bjork no papel principal. Cheguei até a ironizar alguns lacrimosos na minha sessão. Depois fiquei pensando no que tinha acontecido com meu coração. E cheguei a conclusão que meu coração estava perfeitamente no mesmo estado de sempre (a saber, esburacado, cheio de cicatrizes e batendo aos trancos e barrancos, mas isso é outra história). Ou seja, o problema era mesmo o filme, um pastiche musical buscando mostrar onde a inocência, a fé nas pessoas, no Estado e, principalmente, na sociedade como um todo podem levar uma pessoa. A idéia era ilustre. O resultado deixou a desejar, muito porque EU NÃO GOSTO DE MUSICAIS. Desculpe. Com isso, fui com os dois pés (os dois braços, o tronco, os membros e tudo mais que eu tinha direito) atrás ver Dogville. De cara, algo assusta: o filme não tem cenário, apenas riscos no chão que indicam onde deveriam ser as paredes das casas (o que, em uma cena capital, a do estupro, funciona de maneira assustadoramente arrebatadora). A divisão por capítulos, no entanto, dá à trama um poder narrativo que não cansa o espectador, mesmo com a obra beirando as três horas de duração. Passado o desconforto pré-inicial, Trier nos acomoda neste conto de fadas às avessas, uma típica história americana. Dogville é uma pacata cidadezinha do Colorado, que vive da mineração. A calma do local será abalada pela chegada de Grace (Nicole Kidman), que aparentemente está fugindo de bandidos e quer se esconder na cidade. Graças à ajuda de Tom (Paul Bettany), os moradores decidem acolher a fugitiva. Tom sugere que, em troca, Grace preste alguns serviços gratuitamente aos moradores. Desse ponto em diante, Grace será adorada, usada, abusada, escravizada e violentada pela sociedade que a acolheu. Não estranha Nicole Kidman não ter aceitado continuar trabalhando com Trier no segundo filme (Smalville) desta trilogia norte-americana que o diretor deseja filmar. Trier leva Kidman até o mais fundo do poço das humilhações, ressurgindo, com ela, com uma história perturbadora, inteligente e vingativa. Nunca Kidman esteve tão linda como está em algumas passagens de Dogville. Paradoxalmente, nunca encarou um papel tão humilhante e devastador quanto este de Grace. O resultado deste pequeno compêndio sobre os Estados Unidos da América é enebriante. Em um mundo afundando em blockbusters, em que uma fábula bem filmada/adaptada (e só isso) leva onze estatuetas de Oscar para casa, fica difícil classificar uma obra como Dogville. Provavelmente, o texto especial que Hector Babenco escreveu para o Estadão consiga explicar melhor o valor desse filme. Leia, veja o filme e tire suas próprias conclusões. Eu não podia deixar passar a chance de falar sobre esse filme, você entende?

01/04/2004 - 22h07

Shows

A Lasciva Lula, uma das bandas mais admiradas pelo S&Y conseguiu reunir outras três bandas legais e armar uma mini-turnê pelo sul do país. O Lasciva Lula irá tocar ao lado do Relespública em Curitiba (02/04), do Pipodélica em Florianópolis (03/04) e do Wonkavision em Porto Alegre (05/04). Depois a banda descansa uma semana para voltar aos palcos, desta vez em São Paulo, na casa Funhouse (17/04). Confira matéria e ouça Olívia Lik.
Leia aqui


Organizando o acervo de textos
- LOS PIRATA APOSTA NA MPB MEXICANA
- BLEMISH LANÇA KING KONG E PLANEJA PRIMEIRO DISCO
- OUTRACOISA - WANDER WILDNER
- INKER, PB E SUITE MINIMAL
- NAÇÃO ZUMBI GRAVA DVD
- MUNDO LIVRE S/A RETORNA EXPERIMENTAL
- ELBOW RETORNA CARREGADO DE TRISTEZA
- THE DATSUNS PAGA TRIBUTO AO AC/DC E AO LED ZEP EM ESTRÉIA
- BELLE AND SEBASTIAN CONTA SUA HISTÓRIA EM DVD
- BARFLY ESTRÉIA COM CD EMPOLGANTE PELA MONSTRO
- COLETÂNEA DO TEENAGE FANCLUB CHEGA AO BRASIL
- DISCO POLÍTICO DE JOYCE É RELANÇADO NO PAÍS
- TIM FESTIVAL EM FOTOS, TEXTOS e VÍDEOS


01/04/2004 - 15h29


Entrevistas

Edgard Scandurra, guitarrista do Ira!, fala do Acústico MTV que a banda lança em maio, conta como surgiu a canção Gritos na Multidão, fala da paixão da banda pelo The Clash e muito mais.
Leia aqui

Marcelo Nova, vocalista do Camisa de Vênus, fala do DVD que a banda gravou e relembra como foi compor Deus me dê Grana e Simca Chambord. O vocalista também fala de seu próximo disco solo, que começa a ser gravado no próximo dia dezenove. Leia aqui

31/03/2004 - 0h29

Livros, livros e mais livros
Brincando de Matar Monstros (Conrad) de Gerald Jones é o meu livro do momento. Estava lendo há mais de três semanas e adorando, mas... emperrou. O autor defende - de maneira inteligente - que as crianças precisam de videogames, desenhos animados, armas de brinquedo e violência de faz de conta, em um contra ataque a todos aqueles que acusam a mídia por casos como o de Columbine. Estou na página 72 e quero (tenho) escrever uma resenha, então aguardem (até rabisquei paralelos com Nick Hornby e o André Barcinski de Barulho). O fato é que nos últimos seis dias, dei folga ao Gerald Jones e li outros dois livros.

Em noventa e seis horas devorei o novo livro do grande Fábio Massari. Muito mais acessível que (o também bacana) Rumo à Estação Islândia (Conrad), o novo Emissões Noturnas - Cadernos Radiofônicos de FM (Grinta Cultural) compila material de arquivo do bom e saudoso Rock Report, programa que Massari comandou na rádio 89FM de São Paulo, entre 1991 e 1996. Jornalismo rock de imensa qualidade, estes recortes ora soam confusos (como na entrevista com Justin Sullivan, vocalista do New Model Army), quase sempre soam geniais (como as entrevistas com Nick Cave e Bobby Gillespie, do Primal Scream, na época lançando o divisor de águas Screamadelica) e vez ou outra tocam o terreno do antológico (a entrevista com Kim Gordon do Sonic Youth é inesquecível). Particularmente, o livro já serviu para me tirar o ranço de um álbum que eu sempre quis ter, mas sempre deixei de lado porque me diziam que era estranho demais: Citizen Wayne do ex-MC5 Wayne Kramer. A entrevista com o cara fecha o livro e é matadora. E eu sempre esbarro nesse CD em sebos, agora já tenho um motivo para comprar. E do capítulo quase sempre esquecido "elogio para quem merece", o trabalho de projeto, produção gráfica e design, assinado pelo Daniel Motta, é simplesmente acachapante. Sei que o Daniel já me detonou por ai algumas vezes (talvez duas, não menos, provavelmente mais), mas não vou ficar lamentando sobre o uísque derramado, afinal, nesse mundinho repleto de injustiças, crédito para quem faz. Parabéns ao Massari e ao Daniel pelo excelente trabalho.

Após o livro do Massari, uma leitura rápida: Cartas na Rua (Brasiliense) do Bukowski, apenas para alimentar meu lado junkie que está hibernando (durma em paz, cara). Antes que alguém cool, com a conta bancária no azul, perfumado e de banho tomado apareça para cagar regras, tenho que dizer que gosto muito da literatura do velho safado. É ótimo sair do mundo de Salman Rushdie, Lygia Fagundes Telles e José Saramago e pisar o território de Bukowski, assim, sem regras, apenas pelo prazer da leitura e das paisagens que essa leitura traz. Mas se eu precisasse fazer uma lista de escritores prediletos, um TOP TEN, Bukowski provavelmente ficasse para a segunda ou terceira turma. Sinceridade acima de tudo, sempre.

São 00h07m e fiquei em frente a estante escolhendo o próximo livro. Por alguns segundos pensei em pegar O Inventor da Solidão (Best Seller) de Paul Auster (ainda impressionado pela grandeza literária e emocional de No País das Últimas Coisas - Editora José Olympio), mas acabei optando pelos fantasmas de Intimidade de Hanif Kureishi (Companhia das Letras). Ganhei esse livro há quase quatro anos (o tempo voa, sim) e já tentei lê-lo pelo menos cinco vezes (não menos, talvez mais), mas sempre me perco em algum canto (quarto) dessa noite longa e interminável. Da última tentativa resta um marcador de livro (uma propaganda do filme Bicho de Sete Cabeças) marcando a página 50 (são 114 no total) e uma citação que acompanha meu e-mail, vez em quando: "Nunca me ensinaram a arte da solidão, tive de aprendê-la sozinho. Ela se tornou tão necessária para mim quanto Beatles, tanto quanto beijos na nuca e carinho" (página 42). Vou tentar ir mais adiante dessa vez. Quem sabe até o final, quem sabe. Segue o trecho inicial:

"É a noite mais triste, pois estou indo embora e não vou voltar. Amanhã de manhã, quando a mulher com quem vivi durante seis anos sair de bicicleta para o trabalho e as crianças forem jogar bola no parque, arrumarei a mala, deixarei minha casa levando pouca coisa, torcendo para que não me vejam, e pegarei o metrô até onde Victor mora. Lá, dormirei no chão por um período indeterminado, no quartinho que ele me ofereceu gentilmente, ao lado da cozinha. Devolverei o fino colchão de solteiro ao guarda-louça, todas as manhãs. Guardarei o acolchoado malcheiroso numa caixa. Ajeitarei as almofadas de volta no sofá.

Não retornarei a esta vida. Talvez deva deixar um bilhete informando: "Cara Susan, não vou voltar...". Talvez seja melhor telefonar amanhã de tarde. Ou fazer uma visita no fim de semana. Ainda não resolvi os detalhes. Mas tenho quase certeza de que hoje à tarde ou à noite não revelarei minhas intenções. Adiarei. Por quê? Porque palavras são atos e provocam acontecimentos. Depois que saem não se pode recolhê-las. Algo irrevogável terá sido feito, e eu estou temeroso e inseguro. A bem da verdade, trêmulo. Passei a tarde assim, o dia inteiro.

Portanto, esta pode ser nossa última noite como uma família inocente, completa, ideal; minha última noite com uma mulher a quem conheço há dez anos, uma mulher sobre a qual sei quase tudo e de quem não quero mais saber. Logo seremos dois estranhos. Não, jamais chegaremos a tanto. Ferir alguém é um ato de relutante intimidade. Seremos perigosos conhecidos com um passado em comum. Naquela primeira vez em que ela segurou meu braço, preferia ter me afastado. Por que não fiz isso? Desperdício; desperdício de tempo e de sentimento. Ela disse algo parecido a meu respeito. Falávamos a sério?"

30/03/2004 - 8h02

O fim de semana teve teatro, rave e cinema. De traz para frente, do melhor para o pior, combinado.

Como as novidades na telona não me fizeram ter muita vontade de encarar uma sessão (yep, ainda não vi A Paixão de Cristo e nem sei se vou ver), a saída foi se deliciar com uma volta ao passado. Em cartaz apenas no Top Cine, na Av. Paulista, o delicioso Um Tiro no Escuro conta com Petter Sellers em excelente forma e direção perfeita de Blake Edwards. Na mansão de um milionário, um assassinato é cometido no meio da noite. Por engano é enviado ao local o atrapalhado inspetor Clouseau, a fim de solucionar o mistério. O mote abre espaço para dezenas de gags divertidíssimas. O filme, alías, chega em versão remasterizada como prévia da caixa com seis DVDs em homenagem a Pantera-Cor-de-Rosa, desde já, sonho de consumo.

Na madrugada de sexta para sábado aconteceu no bacana Blue Space, mais uma das raves Circuito, organizada pelo jornalista André Barcinski. A produção excelente da casa, contando com duas pistas, boa cerveja gelada, iluminação perfeita e som alto e pesado resultaram em uma deliciosa madrugada barulhenta, melhor ainda para aqueles que dançam (sorry, eu só danço de vez em quando). Não me lembro do nome dos DJs que tocaram, mas foi uma noite pra lá de legal, muito mais porrada que bandinhas pseudo hardcore emo que andam fazendo shows pela cidade.

Por fim, sábado também teve teatro. Era a última semana de Homens, Santos e Desertores, a dita peça séria de Mário Bortolloto. E eu não gostei. O texto deixa vácuos, a peça é teatralizada demais, as boas tiradas são poucas e tudo soa óbvio demais. Para quem foi empolgado por ter conferido a pré-estréia de Getsêmani, uma semana antes, foi uma balde de cubos de gelo. Mas nem tudo é ruim. A trilha é bem escolhida (e casa com as passagens) e a atuação de Gabriel Pinheiro é excelente. No entanto, a obviedade do texto não permite elogios.

Isso tudo não desmerece Getsêmani, peça de Bortolloto que estréia esta semana no mesmo Teatro Alfredo Mesquita, casa da Cia Cemitério de Automóveis. Divertida, inteligente e nada óbvia, a peça conta a história de um seqüestro de um editor de livros de auto-ajuda, capturado por quatro jovens com jeito de terroristas e nome de apóstolos: Tomé, Pedro, Tadeu e Mateus. O plano dos seqüestradores é dividido em duas etapas: Primeiro, obrigar o editor a publicar livros decentes (Rimbaud, por exemplo). Após publicados, os quatro planejam assaltar as livrarias, roubando os livros para distribuí-los de graça entre os jovens carentes. Com isso, o teatro de Bortolloto fica no empate aqui em casa: uma legal, outra não. Isso tudo me faz lembrar de Felipe Hirsh. Eu adorei as duas primeiras peças dele que assisti: a antológica A Vida é Cheia de Som e Fúria e a bela Nostalgia. Depois, nada me agradou. Achei Os Solitários (com Marieta Severo e Marco Nanini) tremendamente óbvia. E Memória da Água tinha passagens muito boas, mas a atuação de Andréa Beltrão pôs tudo a perder. Desde então, estou dando cano nas peças do cara (que, diga-se de passagem, é uma pessoa extremamente bacana). Deixei o placar em 2 a 2. Nesta semana estréia nova peça dele em São Paulo: Como aprendi a dirigir um carro, no Teatro Vivo, com Andréa Beltrão e Marco Nanini. Jogo de desempate a vista. :_)

26/03/2004 - 18h45

Dias atrás, eu, sentado na segunda fila de um teatro, com Jorge Mautner a minha frente em um palco (e Jacobina do outro lado), fiquei pensando que precisava arrumar um jeito de voltar a escrever as bobagens que eu adoro escrever. Ponto primordial é que tinha ser algo de fácil atualização, já que as 24 horas que compõe o dia já não me bastam (fico pensando se algum dia bastaram). Paralelamente, muitos amigos perguntavam se o S&Y não iria nascer de novo. Entre um extremo e outro, decide voltar com essa coluna em formato blorre, blog + porre = bobagens em doses. Ainda acredito que as coisas que escrevo não interessam para muita gente, mas, na pior das hipóteses, isso pode funcionar como um diário, já que a minha memória se foi e eu não vou lembrar de nada que estou escrevendo agora, na semana que vem. Assim, vou assinalando as minhas impressões sobre o mundo. E sobre tudo. E sobre nada. Sobre o que eu tava falando mesmo? Bem, vamos as primeiras impressões:

A idéia disso daqui surgiu durante um show do Mautner no evento "Underground, Passado e Presente", que aconteceu no Sesc Consolação, exatamente ao lado da minha casa. O show foi muito bom, com destaque para as canções que ele gravou no álbum com Caetano: A marcha-rancho Eu Não Peço Desculpas, Manjar de Reis e a melhor da noite, Tarado, com coreografia especial (hehehehe). Ainda teve espaço para o Samba dos Animais (o Lulu Santos gravou quando o Jacobina estava dando aula para ele) Vampiro ("Meu primeiro sucesso, gravado por Wanderléa") e Maracatu Atômico, inferior a forte versão de Chico Science com a Nação Zumbi. Nos happenings cheios de citações, como Pipoca À Meia-Noite, a guitarra de Nelson Jacobina deixou marcas psicodélicas no ar. No meio do show já deu vontade de contar para alguém. Agora sabemos porque estou aqui (conexão distante: foi mais ou menos assim que nasceu o S&Y: a maldita vontade de contar para alguém que Carnaval na Obra era um PUTA DISCO.)

E essa semana teve muita coisa legal que era para ser contado mais detalhado. Na terça-feira, um show tosco do 365 (também no Sesc Consolação) que mostrou que eles ainda não aprenderam a tocar, mas que bastou começar Grandola, Vila Morena para me deixar arrepiado e chegar a conclusão que eles são precursores do emocore. Saiba mais aqui

Na mesma noite do 365 eu conheci o teatro de Mário Bortolloto. Se Jesus and Mary Chain fosse teatro, eles seriam a Cemitério de Automóveis, compania do Bortolloto. A conclusão surgiu após assistir a peça Getsêmani, que teve pré-estréia nos porões do Sesc. Muuuito legal. Saiba mais aqui

Tão legal, mas tão legal, que me animei a conferir outra peça deles, Homens, Santos e Desertores, cuja temporada irá terminar neste fim de semana. A peça está em cartaz no Teatro Alfredo Mesquita. Se tiver afim de ir, liga lá: 6221-8887. Saiba mais aqui.

Para finalizar estes posts toscos, tem show (sexta e sábado) da banda curitibana Cores D Flores, novo projeto de Mariele Loyola (ex-Escola de Escândalo, ex-Arte no Escuro e ex-Volkana). Ela irá tocar no Outs (nesta sexta) e no Sub Jazz neste sábado. Confira, aqui, um bate papo com a Mariele e ouça uma das músicas do CD. Tem muita coisa para falar ainda. O livro do Massari, o Curitiba Pop Festival, o novo do Morrissey, o DVD do Belle and Sebastian, show do Lobão, Ludov, Marcelo Rubens Paiva no caminho... vixi... eu vou ali na esquina comprar um cigarro, e eu tento voltar, tá. No caminho, eu tento encontrar um html legal para isso tudo, prometo.

maccosta@hotmail.com