Balada de Drummond
de Marcelo SIlva Costa
 

Que confusão de coisas ao crepúsculo!
Chove
e vai chover.
vai chover saudade.
gostaria de ver você. 
a melancolia me invade,
e o sol se vai levando o céu azul
deixando o amor entre neblina e vento...
 

Que confusão de coisas ao crepúsculo!
Caminhando na chuva encontrei Drummond
e pus-me a discorrer sobre o amor e você,
sobre e saudade e a impossibilidade de lhe ver,
e sorrindo ele me disse que não era Shakespeare
e que rimar amor com dor 
não seria para mim uma solução
mas que amar o perdido deixa confuso o coração!
 

Que confusão de coisas ao crepúsculo!
Minha sorte é o desamor
é uma cerveja que me espera...
(quem me dera fosse ela)
Quem me dera encontrar a sua boca
no meio dessa neblina...
O amor é mesmo uma aposta maluca
e minha razão há algum tempo está perdida...

Me perco nesta vasta solidão, te procurando!