Scream & Yell - Autoramas no Manifesto

Um templo "heavy metal". Fazia tempo que eu não entrava em um bar de "metaleiros". O Manifesto é um típico "boteco de metaleiros", o que é extremamente bacana. O palco é pequeno (comentários entre amigos diziam que a Bidê ou Balde não caberia ali inteira), mas aconchegante. Eu que cresci entre discos punk em casa e amizades heavy nos botecos de Taubaté, me senti em casa. Várias fotos de cabeludos na parede e, sensacional, uma jukebox trash metal. Uau. Sem contar a cerveja, da boa e gelada.

Eu estava me sentindo em casa, mas queria saber se o Autoramas se sentiria assim também. Queria ver como Gabriel, Simone e Bacalhau se portariam frente ao público cabeludo da casa e, bem, foi divertido. Divulgando o novo álbum, Vida Real (Universal Music), o trio preencheu o pequeno ambiente do Manifesto com uma mistura rocker de surf music, jovem guarda, power pop, psychobilly e punk.

Começaram com uma dobradinha do novo álbum, a instrumental Magma e Paciência. Na levada emendaram duas do primeiro disco, que reaparecem em Vida Real: a genial Carinha Triste e a destruidora Autodestruição. O público olhava, admira o jeito rocker de Simone tocar baixo e Bacalhau descendo porrada na bateria. Eu Era Pop, do novo álbum, chama a atenção com o refrão grudento e legal e Fale Mal de Mim" fechou o mini show da banda, um perfeito aquecimento para a apresentação da banda no festival London Burning. No fim, como resumo, as palavras de Gabriel, "Poxa, o pessoal gostou", e o sorriso de Simone para fechar a noite. Dez.