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10 discos favoritos em 10 dias: Dia 8

Quando o Scream & Yell surgiu online, no segundo semestre de 2000, eu ouvia alt country no café da manhã, no almoço e no jantar, muito por “Being There” (1996) e “Summerteeth” (1999), que eu tinha “descoberto” juntos no final do século. Comecei a ir atrás de outras coisas, e logo cheguei primeiro ao bonito “Strangers Almanac” (1997) e depois a “Faithless Street” (1995), os dois discos de estúdio do Whiskeytown, e consequentemente ao maravilhoso “Heartbreaker” (2000), estreia solo de Ryan Adams, que seria um dos grandes nomes de 2001 com o álbum “Gold”. Quando “Love is Hell” (2004) voltou a me fazer prestar atenção em Ryan Adams, junto a ele veio este “Pneumonia”, e fiquei “doente” novamente. Gravado em uma antiga igreja em Woodstock convertida em estúdio (o Dreamland) em 1999 por Ethan Johns (filho da lenda Glyn Johns, que ainda produziria os dois primeiros solos de Ryan), “Pneumonia” foi engavetado assim que a gravadora Outpost Records deixou de existir em meio à fusão das majors Polygram e Universal. Após dois discos elogiados, mas de vendagem tímida, o Whiskeytown queria fugir do gueto alt country produzindo um disco duplo de pop songs clássicas que os distanciasse da combinação Uncle Tupelo + Replacements (principalmente do disco de estreia). Com Ryan Adams no piano, a entrada do multi-instrumentista Mike Daly na banda (que divide 7 das 15 canções do álbum com Ryan) e participações de James Iha (Smashing Pumpkins) e Tommy Stinson (Replacements), “Pneumonia” flagra um Whiskeytown já despedaçado (só dois integrantes da formação original permaneceram após a malfadada turnê de divulgação de “Strangers Almanac”: Ryan e Caitlin Cary) que começava a abrir caminho para a carreira solo de Adams num disco pungente e melancólico cujo titulo buscava algo que simbolizasse se apaixonar e sucumbir ao amor. Lançado em 2001 (a banda havia terminado em 1999) como uma esquenta (que passou meio batido) para o segundo solo de Ryan, o platinado “Gold”, este “Pneumonia” merecia sorte melhor, mas resiste brilhantemente à passagem do tempo com faixas bonitas como “Don’t Be Sad”, “Crazy About You”, “Mirror Mirror”, “Don’t Wanna Know Why”, a havaiana “Paper Moon” e a baladaça “What the Devil Wanted” partindo corações.

10 discos favoritos

 

agosto 19, 2018   No Comments