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Europa 2013: Londres, Berlim e Oslo

Estou chegando à metade da viagem e sei que estou em débito de histórias. Não que não tenha acontecido nada interessante até agora, muito pelo contrário, mas o momento pessoal é de silêncio e reflexão, uma tentativa de entender o caos ou ao menos se proteger da tempestade que virá. Ainda assim, esta viagem está sendo bastante proveitosa e servindo para tirar o ranço de vez de cidades com quem não me dei tão bem numa primeira vez. Ao contrário do que possa parecer, essa viagem está sendo leve e calma. E estou curtindo isso.

Londres foi especialíssima. Lembro que antes de ir pra lá na primeira vez, amigos previam que eu iria enlouquecer na capital pop do mundo. Vindo de Barcelona e Paris, no entanto, Londres não me pegou de primeira, mas a relação foi amaciando nos anos seguintes, a ponto de, nesta vez, apenas acompanhar amigos, sem se preocupar em ter que ver isso e aquilo. Deixar se levar pelas ruas e pubs pelo simples prazer de estar em uma cidade instigante repleta de coisas para fazer. Definitivamente, Londres tornou-se uma parceria querida e quero sempre voltar.

Com Berlim, o buraco é mais embaixo. Foi a quarta vez que passei pela cidade, e a melhor, mas os fantasmas da guerra ainda me incomodam. Mesmo assim, impossível não se deslumbrar com essa cidade que sobrevive andando sobre escombros de sua própria história trágica. Adorei o bairro em que fiquei (Prenzlauer Berg) e me deslumbrei com a animação de um povo que sai enlouquecido para a rua numa terça-feira de madrugada. Deu vontade de ficar mais. Acho que, com o tempo, acostumaria com a cicatriz, embora ela permanecesse sempre ali.

Cheguei em Oslo às 22h45 de ontem, e a primeira impressão foi uma enorme surpresa. Aluguei um hotel novo, perto da estação central de trens, fiz check in, desfiz a mala e, passado da meia-noite, sai pra retirar dinheiro e comprar algo pra comer. Surpresa: essa área do centro de Oslo parece o Baixo Augusta dez anos atrás, bem tenso (não que o Baixo Augusta tenha deixado de ficar tenso, mas melhorou bastante nesse tempo) com prostituição, drogas e gente estranha. Quem diria que o primeiro local tenso da viagem seria na Noruega…

Agora é hora de decidir os próximos passos. Os preços de Oslo assustaram a minha cambaleante economia, então estou pensando seriamente em deixar Estocolmo de lado e procurar um lugar mais calmo (e mais barato). E vou optar pelo Best Kept Secret, na Holanda, ao South Side, na Alemanha. Precisar acertar estes últimos detalhes para seguir em frente. Depois, sair para a rua e ver como Oslo é de dia. E me preparar para perder o show de Nick Cave (com Band of Horses abrindo) amanhã aqui já que o ingresso custa R$ 285…

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