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Festival Casarão, Porto Velho: Dia 2

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Apesar de a Lícia confirmar (via comentários) a neve até o final do festival, o segundo dia em Porto Velho foi marcado novamente por um calor desértico, mas nada tão grave assim: dois dias na cidade e a gente começa a se acostumar com o sol a pino e o pouco vento. E o calor até que foi camarada com os forasteiros na noitada, graças ao ar-condicionado e às cervejas geladas. No som, uma pequena ode ao rock do período paleolítico (para o bem e para o mal).

Os Últimos foram os primeiros (piada besta, mas imperdível). De Ariquemes, uma cidade a 200 quilômetros de Porto Velho, o trio abriu o Festival Casarão com um bom show, que foi prejudicado pelo som (normal em começo do festival): só foi possível entender o que o vocalista Keverton estava cantando na última música, e por mais que ele siga a escola “vocal chorado” dos Los Hermanos, o trio tem muito potencial (com destaque para a boa pegada de Laura na bateria e o baixo seguro de Rogério). Uma banda que vale acompanhar.

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Na sequencia, a local Theoria das Cordas subiu ao palco com um hippie hard rock do século passado (ou retrasado) que une vocal performático, solos metalizados de guitarra e letras messiânicas que analisam / questionam os problemas da sociedade. Também na vibe retrô, o Cassino Supernova, de Brasília, se saiu melhor com uma apresentação vigorosa que honra o lema “It’s Only Rock ‘n Roll (But I Like It)”. Saíram merecidamente ovacionados em um dos grandes shows da noite.

De Boa Vista, em Roraima, veio o Veludo Branco, um trio que honra o trinômio “mulher, álcool e rock” e tem estofo para conquistar a meia dúzia de fãs do Dr. Sin, embora corra o risco de abrir falência se tiver que pagar os royalties de todos os riffs “emprestados”. A quinta atração da noite foi a cantora Kali Tourinho acompanhada pelos Kalhordas (a Theoria das Cordas sem o guitarrista), e nada como uma mulher para colocar ordem na casa: o som que mescla MPB, pop e bossa divergiu (felizmente) do coro rock and roll numa boa promessa da cena local.

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Fechando a primeira noite oficial do Festival Casarão 2012, o Cachorro Grande (em sua terceira visita a Porto Velho) fez um show potente e experiente, com os hits muito bem dispostos em um set list que visitou todas as fases do grupo. Abriram com as pedradas “Você Não sabe o Que Perdeu” e “Hey Amigo!”, cantadas em coro por uma casa cheia e entregue. “Que Loucura!”, outra da primeira fase dos gaúchos, surgiu envolvente. Impressiona o pique de Beto Bruno, responsável no palco por manter todo mundo ligado e no clima.

Ali pelo meio, com uma pegada mais psicodélica, duas novas surgiram para representar o sexto álbum, “Baixo Augusta” , enquanto o quinteto preparava o voo para o trecho final, que trouxe “Sinceramente” (que a plateia cantou e gritou quase inteira) e os hits do primeiro álbum, de 2001, “Lunático” e “Sexperienced”. No bis, “Um Dia Perfeito” e uma cover potente de “My Generation” encerraram uma noite consagradora. O Festival Casarão segue nesta sexta com mais cinco bandas (Jam, Sub Pop, Os Descordantes, Versalle e Sinais Invertidos de Um Mágico) esquentando a noite para o Pouco Vogal. Será que neva?

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Fotos por Marcelo Costa (exceto foto 3, por Douglas Diógenes)

Leia também:
– Cobertura completa do Festival Casarão 2012, por Mac (aqui)
– Três perguntas para Vinicius Lemos, do Festival Casarão (aqui)
– Os destaques do Festival Casarão 2010, por Tiago Agostini (aqui)

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