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Três vídeos: Wado e Marcelo Camelo


Com a Ponta dos Dedos


Copacabana


Pavão Macaco

Havia Ringo Starr no Credicard Hall, Eddie lançando disco novo no Sesc Pompéia e Nevilton no Sesc Ipiranga. Além, havia a primeira noite do SWU Music and Arts em Paulínia, e ainda assim um bom público compareceu ao segundo show de Wado lançando “Samba 808” em São Paulo. Na noite anterior, uma sexta-feira quente, o público esgotou os ingressos da apresentação que contou com a presença de Zeca Baleiro e Marcelo Camelo.

“Samba 808”, sexto disco do compositor, conta com a presença não só de Marcelo Camelo e Zeca Baleiro, mas também de Curumin, Fábio Goes, Chico César, Mallu Magalhães e André Abujamra, entre outros (tem resenha minha na nova Rolling Stone, com Jô Soares na capa, mas você também pode ler aqui) e, assim como os álbuns anteriores, foi disponibilizado para download gratuito na internet: www.wado.com.br.

No palco, o quinteto instrumental comandado por Wado (levemente alterado) ainda parece inseguro, principalmente com as canções novas, o que de forma alguma atrapalha o andamento de números como “Surdos de Escolas de Samba”, “Esqueleto” e a belíssima “Recompensa”, mas elas (e outras como “Si Próprio” e “Portas São Para Conter Ou Deixar Passar” além da velha e ótima canção nova “Não Para”) ainda podem (e devem) crescer muito ao vivo.

O show é dividido em pequenos sets que conquistam a plateia. Primeiro de sambas (“Alguma Coisa Mais Pra Frente”, “Se Vacilar o Jacaré Abraça”, “Uma Raiz, Uma Flor”), depois um festejado set de afoxés (“Estrada”, “Cavaleiro de Aruanda”, “Martelo de Ogum”) e, pra fechar, influências rap e reggaeton (“Rap da Guerra do Iraque”, “Teta”, “Reforma Agraria do Ar”). Entre elas, pérolas como “Tarja Preta”, “Melhor”, “Vai Querer?” e “Tormenta” (em grande versão).

Marcelo Camelo foi chamado para um set que começou com “Na Ponta dos Dedos”, um dos carros chefes do disco novo, seguiu com “Copacabana” (que Wado já cantava no Bloco dos Bairros Distantes, grupo carnavalesco de Maceió) e a linda “Pavão Macaco” fechando com “Ôô”, do segundo disco solo de Camelo. Não parou por ai. O ex-Los Hermanos voltou ao palco para cantar e tocar “Fortalece Ai” e “Estrada”.

“Ontem eu aumentei o som da minha guitarra e atrapalhei um pouco o show”, brincou Camelo assim que pisou no palco. “Hoje eu até tinha abaixado, mas aumentei de novo”, comentou se desculpando (e a guitarra estava mesmo mais alta). Wado, por sua vez, não economizou nos elogios ao parceiro: “Marcelo é o maior nome da minha geração… e olha que ele ainda é mais novo do que eu”. O clima no palco era de devoção mútua.

A noite agradável poderia, fácil, continuar por mais uma hora e tanto com Wado e Marcelo Camelo alternando canções, sambas e baladas (faltaram, por exemplo, “Ontem Eu Sambei”, “Sotaque”, “Carteiro de Favela”, “Fita Bruta”, “Cordão de Isolamento” e “Frágil” – sem contar as raras “Amor e Restos Humanos” e “Deserto de Sal”, que não entram no set list há um bom tempo), que o público que bateu ponto (e cantou várias canções, mesmo as novas) no Sesc Belenzinho não iria reclamar.

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Foto: Marcelo Costa

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