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Um dia corrido cheio de coisas

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Nosso terceiro dia em Paris foi, de longe, o mais bacana. Lili jah esta curtindo a cidade, feliz pelos museus, cafes e bistros. Fizemos tanta coisa hoje que nem vou entrar numa de fazer textao. Vamos por topicos mesmo:

-Museu do Louvre: fomos logo cedo e ficamos tres horas. Sai morto, mas valeu para rever algumas coisas legais que eu tinha gostado no ano passado. Se pudesse, Lili ficaria dias olhando os Escravos, de Michelangelo.

-Museu L’Orangerie: Ligilena, voce estava certissima. Esse eh o museu mais fofo e especial de Paris. Chapei com as imensas ninfeias, de Monet, que fiquei admirando por bastante tempo. Depois descemos para o acervo com coisas de Modigliani (que eu e Lili adoramos), varios Renoir e Cezanne alem de alguns Picasso e Matisse. Virou o meu museu preferido.

– Instituto do Mundo Arabe: obra interessante do arquiteto Jean Nouvel. Um dia antes jah tinhamos ido ver a Biblioteca Francois Mitterrand, outra obra interessante,

– Pantheon: adoramos o predio, mas ficamos decepcionados com o Pêndulo de Foucault. Lili acha aque eh culpa de Lost… risos

– Centre Pompidou: o complexo cultural que atrai mais gente em Paris (sim, mais do que a Torre Eiffel e o Louvre) eh outra interessante obra de arquitetura (assinada pelos italianos Renzo Piano e Richard Rogers). Tem uma belissima vista da cidade alem de um magnifico acervo de arte moderna. Duas controversas obras do genial Duchamp estao aqui: A Latrina e a Roda de Bicicleta. Mas eles tambem tem Picasso, Modigliani, Giacometti, Miroh, Matisse e Braque, entre muitos outros. Um lugar foda.

Terminamos o dia com as pernas arrebentadas e olhos e coracao felizes bebendo vinho barato frances no apartamento acompanhado de queijos da feirinha da Rua Montergueil, nosso lugar preferido na cidade. E eu viciei em framboesa, tipo a realeza dos morangos. Ainda tenho que falar das cervejas belgas, mas tento fazer isso amanha, sem falta…

Fotos da viagem:
http://www.flickr.com/photos/maccosta/
http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari/

julho 9, 2009   No Comments

Três horas de Leonard Cohen em Paris

O Palais Omnisport de Paris Bercy fica um pouco distante do centro, nada que três estações de metrô não resolvam em apenas dez minutos. Ele é um mostrengo de ferro e azulejos e foi construido para abrigar jogos de basquete e vôlei além de shows podendo receber um público de até 19 mil pessoas. Para esta noite, com cadeiras ao centro, Leonard Cohen levou 15 mil pessoas ao lugar, que está abarrotado. É a única data de Cohen em Paris neste ano, e os ingressos estão sold out.

O show estava marcado para às 20h, mas atrasou um pouco. Cohen e sua competente banda entraram quinze minutos depois, fizeram um pequeno intervalo às 21h20 e só deixaram o palco às 23h15 contabilizando três encores em três horas de apresentação (2h40 com a banda no palco, pois mesmo nos pedidos de bis, Leonard Cohen saia saltitando, a banda ameaçava sair, e logo ele voltava com o chapéu no peito e o local vinha abaixo).

O começo já bastou para deixar todo mundo feliz com “Dance Me To The End of Love” abrindo os trabalhos e os hits se sucederam: “Bird On The Wire”, “The Future”, “Ain’t No Cure For Love”, “Everybody Knows”, “Tower Of Song”, “Suzanne”, “Hallelujah”, “I’m Your Man”, “So Long, Marianne”, “First We Take Manhattan” e “Sisters Of Mercy”. “Chelsea Hotel” entrou no lugar de “Hey, That’s No Way To Say Goodbye”.

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Para alegria e loucura do franceses, ele introduzia varias canções declamando a letra em francês. Quando, no meio do show, cantou um longo trecho em francês em “The Partisan”, a audiência entrou em êxtase e aplaudiu longamente. É tudo perfeito, principalmente para quem está próximo ao palco – o que não era o nosso caso, infelizmente, e estar distante de Cohen, numa das fileiras de cadeiras superiores, faz com que se perca um pouco da espontaneidade da noite.

Nada que impeça de tornar esta noite em Paris inesquecível, afinal Leonard Cohen começou o show convidando todos a dançarem até o fim do amor, disse depois que o futuro era escuro e que ainda estava esperando por um milagre, mas quando voltou para o terceiro bis, com a perfeita ironia de “I Tried To Leave You” após quase três horas de show, comentou: “Boa noite, meu amor, eu espero que você esteja satisfeita”. Não tinha como não ficar.

Em um fórum sobre Cohen, fãs se deleitavam com as memórias desta noite e duas canções eram pérolas inesquecíveis: “Como de costume, ele começou a segunda parte com ‘Tower of Song'”, descreve o usuário britânico Pegasus4. “Então ele pegou a guitarra e começou a dedilhar algo que parecia ser ‘Suzanne’, mas na verdade era ‘Avalanche’, aquela grande canção sublime que eu havia invejado muitos por terem visto ao vivo, finalmente consegui vê-la”, e completou: “Obrigado, Leonard”. É só isso que podemos fazer: agradece-lo por esta noite memorável.

Primeira Parte
Dance Me To The End Of Love
The Future
Ain’t No Cure For Love
Bird On The Wire
Everybody Knows
In My Secret Life
Who By Fire
Chelsea Hotel
Waiting For The Miracle
Anthem

Segunda Parte
Tower Of Song
Avalache
Suzanne
Sisters Of Mercy
The Partisan
Boogie Street
Hallelujah
I’m Your Man
Take This Waltz

Bis
So Long, Marianne
First We Take Manhattan
Famous Blue Raincoat
If It Be Your Will
Closing Time
I Tried to Leave You
Whither Thou Goest

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Leia também:
– Um breve olhar sobre a discografia de Leonard Cohen (aqui)
– Leonard Cohen no Festival de Benicàssim (aqui)

julho 9, 2009   No Comments