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Posts from — setembro 2007

Nouvelle Vague no Sesc Pinheiros

O show do Nouvelle Vague ontem foi um belo coral indie. Ou, como diria uma amiga, “uma churrascaria de luxo”. A vocalista mais mignonzinha e de voz fofa era uma graça, mas as canções que comandou davam sono. Já a outra vocalista de alma black é um show a parte. Os músicos são bons, as músicas são boas, mas o tédio impera em mais de 80% da apresentação. Saem da monotonia a versão catártica de “Too Drunk To Fuck” (o mundo deveria ajoelhar toda vez que uma canção do Dead Kennedys fosse tocada) e o poderoso arranjo de “Bela Lugosi is Dead”. De resto, Ian Curtis deve ter se enforcado com raízes no fundo do túmulo após o coral que se seguiu a “Love Will Tear Us Apart”…

Aliás, falando em Joy, acabei trazendo para o trabalho os dois primeros CDs do box “Heart and Soul” para purificar a alma, e acabei esbarrando com o pré-release dos relançamentos remasterizados da banda..

Eu tinha mais coisas pra falar, mas meu péssimo humor não está ajudando. Volto assim que a nuvenzinha negra sair de cima da minha cabeça… ou assim que terminar de (re) assistir ao filme “Colcha de Retalhos”, com a Winona Ryder (durmi invejando o Spit, personagem do livro “O Clube dos Corações Solitários”, de André Takeda, que tinha um poster dela pendurado na parede de seu primeiro apartamento)…

setembro 14, 2007   No Comments

Cenas da vida em São Paulo: O acidente

Toca o telefone na casa Callegari Costa. Eu atendo:

– Alô
– Alô. É o Marcelo?
– Sou eu mesmo.

Do outro lado da linha, a pessoa parece gaguejar, mas continua:

– Oi, Marcelo. Aqui é o Antônio. Fui eu… que peguei você na Consolação… na sexta-feira.

Paro alguns segundos e começo a pensar: me pegou na Consolação? Será que eu peguei um taxi? Sexta? Mas eu voltei de Buenos Aires na quinta, e nem foi de taxi. Será que eu esqueci algo no ônibus? Será… ahhhh, o senhor que me atropelou…

– Oi seu Antonio!
– Oi, Marcelo! Eu estava ligando para o seu celular, mas a ligação não estava completando. Então peguei o seu telefone no boletim de ocorrência. Liguei hoje e a sua faxineira atendeu. Ela disse que você devia voltar bem tarde…
– Sim, sim.
– Eu até passei na sua rua, mas não encontrei o número do seu prédio…
– Eu acho que ainda estava meio grogue na hora que falei com o policial…
– É, pode ser. Está tudo bem com você? Não dormi direito esses últimos dias.
– Está tudo bem sim, seu Antonio. Uns arranhões, uns roxos, mas está tudo ótimo. Mais uns dias e estou inteiro…
– Que bom, que bom. Olha, eu dirijo desde 1973, e nunca tinha acontecido isso comigo. Rezei para que você estivesse bem…
– Também nunca aconteceu comigo, mas sem problema, estou me recuperando e o importante é que não quebrei nada…
– Fico mais aliviado, viu. Você está precisando de alguma coisa?
– Não, não, muito obrigado. Está tudo ótimo…
– Se precisar, pode ligar, viu. E eu ainda não sei dizer o que aconteceu…
– Não se preocupe, por favor. Estou bem mesmo. E tinha que acontecer. O importante é que não aconteceu nada mais grave.
– Isso é verdade. Então se cuide. Vou ligar daqui alguns dias para saber se você se recuperou bem.
– Pode ligar. Agradeço a sua preocupação!
– Fique com Deus.

setembro 10, 2007   No Comments

Resuminho

Bem, aproveitei o feriado para me dedicar ao descanso. Dormi bastante, terminei a estante de CDs, vi apenas um filme, vi apenas um show, bebi apenas uma taça de vinho, mas estou beeeem feliz. Mas vamos por partes, como diria o Jason, certo. Por isso, preciso voltar o calendário até terça-feira passada…

O uruguaio Jorge Drexler fez um show impecável no charmoso teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo, terça-feira passada. No repertório, além de canções próprias, Drexler apresentou covers pungentes de Radiohead (”High and Dry”, presente no álbum mais recente do cantor), Leonard Cohen (”Dance Me to the End of Love”), Titãs (a boa “Disneylandia”) e Caetano Veloso (”Sampa”). Esta última rendeu um dos momentos mais divertidos do show. Drexler contou que pensou em tocar a canção assim que desceu em São Paulo, após viajar de Nova York para Madri, e de lá para a capital paulistana. Chegando na cidade, pensou em tocar o clássico de Caetano, e foi procurar no Youtube uma versão para tirar os acordes corretos. Deu de cara com João Gilberto interpretando a música. “Era um delírio de acordes maravilhosos e complicados que quase desisti”, comentou o músico, que por fim encontrou um vídeo com um cara de pijama ensinando a tocar a canção. “Agradeço a esse músico anônimo”, brincou, para depois fazer um interpretação – com toques de milonga – da música que homenageia a cidade.

A versão de Drexler ficou bastante interessante, principalmente por flagrar o olhar de um montevidiano sobre essa selva de pedra que assusta e encanta. Fui atrás do vídeo no Youtube, e o mais próximo do cara de pijama que encontrei foi este vídeo abaixo. Como completemento, o registro de “Sampa” na voz de Drexler. De arrepiar…

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Na quarta-feira teve viagem para Araraquara, para o bate papo com a turma de jornalismo da Uniara, na 7ª Semana de Jornalismo da faculdade. O amigo Itaici me recebeu, e como cheguei meio em cima da hora, deu tempo para um banho rápido e só. Na faculdade, até me senti uma celebridade. Várias entrevistinhas rápidas dos alunos, e um longo bate papo no teatro contando minha história no jornalismo, e principalmente minha visão sobre o jornalismo na web, tema principal do bate papo. Preciso dizer que não foi a melhor das palestras (apesar de ter sido a minha melhor palestra), mas o pessoal participou fazendo perguntas, rindo das piadinhas ínfames (necessárias em qualquer boa palestra que se preze) e ouvindo meu breve resumo de oito anos atuando na área. Agradecimentos especiais ao Prof. Martineli, dono da cadeira Jornalismo Online na Uniara, a professora Marina Amaral, coordenadora dos cursos de webdesigner da faculdade, e ao amigo Itaici, que fez a loucura de me levar pra lá (mas no fim das contas, valeu a pena, vai).

Depois da palestra, e de um bom prato de gnhoqui, discotecagem no Caibar. Não vou, de maneira alguma, lembrar o set list, ainda mais que as Pipetes 🙂 foram dançar e me deixaram discotecando, discotecando, discotecando (como se fosse ruim, sabe – hehe), mas o que eu lembro é isso ai embaixo:

Slow Wands Brit Remix, Interpol
Head On, Pixies
I Love Rock and Roll, Jesus and Mary Chain
Bang Bang Your Dead, Dirty Pretty Things
Can’t Stand Me Now, Libertines
Sparky’s Dream, Teenage Fanclub
Teddy Picker, Arctic Monkeys
The Good Life, Weezer
Henrietta, The Fratelis
When You Were Young, Killers
Thissssss Fire, Franz Ferdinand
Dashboard, Modest Mouse
Honk Kong Garden, Siouxie and The Banshees
One Way or Another, CSS
LOndon Calling, Clash
Damaged Gods, Gang of Four
Berlin, BRMC
Somethin’ Hot, Afghan Whigs
Please Mr. Postman, Backbeat
Pull Shapes, The Pipettes
Can’t Take My Eyes Off You, Manic Street Preachers
Smile (Version Mark Ronson), Lily Allen
Young Folks, Peter, Bjorn & John
Out Of Time, Ramones
Walk Like An Egyptian, The Feelings
Magick, Klaxons
All Rights Reserved, Chemical Brothers
Out of Control Remix, Chemical Brothers
No One Knows Remix, QOTSA
Let’s Dance, The Futureheads
Run, Run, Run, Echo and The Bunnymen
I Wanna Be Your Dog, Iggy Pop
Disco 2000 Pub Version, Nick Cave
Shuffle Your Feet, BRMC
Suicide Sally, Primal Scream
Don Gon Do It, Rapture
Lovely 2 C U, Goldfrapp
Standing In The Way Of Control, The Gossip
Gold Lion Diplo Remix, Yeah Yeah Yeahs

A balada acabou 3 e pouco da manhã, quase 4. Entre bate papos e despedidas, fui chegar no hotel 4h30, e apagar ás 5, para levantar às 7 e voltar para São Paulo e encarar uma edição de capa até às 21h. Isso explica o sumiço, né? 🙂 Bem, apaguei na madrugada de quinta. Acordamos, eu e Lili, pós meio-dia no feriadão, e fui terminar os ajustes da estante, que só foram finalizados realmente na madrugada desta segunda-feira. Assim que der, posto uma foto aqui. Sai pouco de casa no feriado. Fui ver o show matador que o Terminal Guadalupe fez no Inferno (pruns dez gatos pingados, mas a apresentação foi profissa), terminei a segunda temporada do Friends e assisti a comédia romântica “Amor aos Pedaços”, fofinha mas dispensável se você está feliz e não tá ligando muito pra esse papo de coração partido. Acho que na outra vez que vi eu devia estar melancólico, mas o filme vale.

setembro 4, 2007   No Comments

Disco da Semana: Josh Rouse

Josh Rouse novamente com disco da semana.

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O fim de semana foi daqueles. Não rolou a discotecagem de sábado devido a uma mistura exagerada de vódega, energético e Itaipava (Focka, foi mal ae, sorry). :/ Foi daqueles porres que vai me deixar no mínimo uns doze meses bem longe de destilados. E o domingo inteiro ficou comprometido pela ressaca que se seguiu. Mas conseguimos – eu e Lili – quase terminar os quatro módulos da estante de CDs que Lili desenhou. Agora só falta uns detalhes de acabamento e a fixação na parede, que deve acontecer no próximo fim de semana. Assim que terminar, posto algumas fotos aqui.

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Próxima parada: Araraquara, bate papo na Uniara sobre jornalismo na web na 7ª Semana de Comunicação da faculdade. Vai ter balada (movida a coca-cola zero) e vou levar uns CDs para trocar por lá, mas posto aqui mais infos no decorrer do periodo. Por fim, o set list que eu tinha preparado para sábado:

“Hong Kong Garden”, Siouxie and The Banshees
“Dancing”, Bauhaus
“Digital”, Joy Division
“10:15 Saturday Night”, The Cure
“Slow Hands Remix”, Interpol
“Hunting For Witches – Single Version”, Bloc Party
“Nobody Move, Nobody Get Hurt”, We Are Scientists
“Playhouses”, TV On The Radio
“Sexy Boy”, Franz Ferdinand
“Keep The Car Running”, The Arcade Fire
“When You Were Young”, The Killers
“Henrietta”, The Fratellis
“Walk Like in Egyptian”, The Fellings
“This Charming Man”, Death cab For Cutie
“(What’s So Funny ‘Bout) Peace, Love, and Understanding”, Elvis Costello
“Head On”, Pixies
“I Love Rock and Roll”, Jesus and Mary Chain
“Anyway, Anyhow, Anywhere”, David Bowie
“Run, Run, Run”, Echo and The Bunnymen
“Somethin’ Hot”, Afghan Whigs
“Cure For Pain”, Morphine
“A Shot in The Arm”, Wilco

Extras
“Pull Shapes”, The Pipettes

setembro 3, 2007   No Comments